domingo, dezembro 31, 2006

Adeus Ano Velho! Que venha o feliz Ano Novo!!

Fim de ano é sempre motivo para aquelas manjadas retrospectivas e balanços sobre tudo o que ocorreu nos 365 dias anteriores.

Para a meia dúzia de pessoas que lêem estas mal-traçadas, eu não poderia deixar de fazer o mesmo e seria desleal com meus leitores hehe. Entre altos e baixos (ou entre cacos e cavacos, como diria Zeca Pagodinho) esse ano até que foi bom para mim, bem melhor do que foi o malfadado 2005. Tirei lições (algumas doloridas e amargas), conheci pessoas legais, que me valorizaram, soube de gente que reconheceu meu trabalho, minha saúde esteve ótima e pude passar mais tempo com as pessoas mais próximas e de quem gosto.

Infelizmente, também foi um ano de baixas. Logo no dia 1º de janeiro, em pleno comecinho de ano, a Mosa, vó da Leticia, nos deixou. Ironicamente, na capela ao lado, no Jardim da Paz, estava sendo velado o jornalista Clóvis Ott, minha primeira referência no Jornalismo, um cara que elegi como uma espécie de padrinho e "muso" inspirador. Em setembro, perdemos o Luciano Bauermann, amigão, gente boa e ex-colega dos tempos de Fabico e da gloriosa tchurma da Bandeirantes dos anos 90.

Passei por maus bocados este ano, mas mais do que nunca comecei a pôr em prática a mensagem presente no único verso de uma antiga canção do Walter Franco: tudo é uma questão de manter a mente esperta, a espinha ereta e o coração tranqüilo.

Criei o blog, uma válvula de escape para meus pensamentos, minhas aflições e ansiedades e uma maneira de que, se não podem me escutar, pelo menos que me leiam e que entendam o que eu penso e conheçam um pouco da maneira de ser deste tímido porém honesto capricorniano.

O trabalho sempre foi um caso à parte. Não tem como não ser, afinal, até então me tomava quase metade do meu dia. Fora o desgaste mental de ter que se preocupar com o dia seguinte e e de ser reponsabilizado por até coisas que eu não fiz. Não é fácil viver quatro anos com a corda esticada. Até os meus sonhos o trabalho invadiu. Exagero? Acho que muitas pessoas já passaram ou passam por esta amarga experiência. Resta resignarmos, já que obrigação e prazer não são necessariamente gêmeos univitelinos. Temos nossas contas a pagar. Esta é a maior motivação profissional que pode existir. Guilherme Arantes já cantava que infelizmente nem tudo é exatamente o que a gente quer. Cada vez eu concordo mais com essa assertiva.

O ano que se avizinha chega com algumas incógnitas. Novos ciclos, novos desafios, novas conquistas. Terei uma primeira resposta já neste primeiro dia de 2007. Há algumas propostas, sondagens, possibilidades. Preciso pensar em mim, lutar pela minha sobrevivência, pelo meu futuro, com estabilidade e algum conforto. E se eu não correr atrás, não lutar por isso, ninguém o fará por mim!!

Para 2007 eu só peço muita saúde (para mim e para as pessoas que gosto), paz, emprego (hehe), amigos e tudo de bom. Quero assistir ainda muitos DVDs, escutar muitas músicas, ver meu carnaval, andar muito de carro (será que ainda com o "brisamóvel"?) e conhecer gente legal. Acho que não é pedir muito. Ah, se eu tirar sozinho na Megasena eu também ficaria um pouquinho contente.

A todos nós: FELIZ 2007

domingo, dezembro 24, 2006

Nada pode ser maior

Eu li por aí uma versão que os colorados fizeram para a letra da chatérrima e manjada música "Querência amada". Segue, então, uma quadrinha dizendo umas verdades. Só para verem com quem estão falando hehehe.

Meu caro irmão
essa tal felicidade
que sentes aí no Japão
trouxe-me uma saudade

Porém, ao contrário de ti
Não preciso de viagem global
Chego na Azenha, ali
E visito o meu memorial

Há anos eu vejo essa taça
Banhada com sangue do De León
E recheada de suor e raça

Os meus passos seguiste tu
Mas eu com a técnica de Renato
E tu, com a sorte de Gabiru

Mas há algo que esquecestes
Estranho, pois deverias saber de cor
Se o momento te favoreces
Nem de longe és o maior.

Admito, mesmo que com pesar
Tua vitória de tirar o chapéu
Não queiras, porém, comparar
A grandeza de nossos troféus

Seguiremos sendo IMORTAIS!!!

GRÊMIO, NADA PODE SER MAIOR!!!!

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Saudações de um gremista a um colorado

Todo mundo sabe que eu sou gremista. Isso não significa ser anticolorado. É legal tocar uma flauta leve ou aquela corneta saudável com os mais próximos numa situação pontual. Ir além disso, puxar brigas, discussões, partir para a ignorância é lamentável e não é do meu feitio. O Inter venceu o todo-poderoso Barcelona, num exemplo de superação. Isso é inegável.

Mas vale a pena tirar uma lasquinha, através de um texto que me mandaram e eu achei a mensagem saborosa...

Este é meu sentimento e não poderia ser diferente: ver um filho ganhar o mundo deixa um pai sempre orgulhoso e contente. Afinal, foram 23 anos ensinando passo a passo. Relembro hoje, neste dia, tudo que passaste para chegar aqui como teu pai já o fez. Anos difíceis de convivência. Lembro do teu semblante quando ganhastes uma bicicleta, quando a Juventude atrapalhava teus passos e teus sonhos, que, por vezes, morriam pela Boca...

Fui eu que te ensinei, com exemplos (que, bem verdade, muitas vezes o eram ignorados por ti), e, talvez por isso, demoraste tanto para chegar aqui,no caminho do mundo. Mas um pai releva tudo isso. Sempre.

Sempre soube que o filho rivalizaria com o pai buscando provar seu valor e buscar seu espaço. Mesmo que para isso faças igualzinho a ele. Relembro do teu choro, quando por vezes papai viajava a trabalho pelo mundo e deixava-te no quintal de casa, voltando com novas lições. Sempre trazia uma lembrancinha. E hoje vejo que não foram em vão. Aquelas surras que levaste quando guri serviu-te para que hoje, possas dizer que, acima de tudo, tens um pai orgulhoso, para que possas cantar que o teu pai é o maior. Foi em casa, que aprendestes a lição mais valiosa, para hoje chegar ao mundo como o teu velho o fez e mesmo sem um "muito obrigado"...

Nem mesmo um simples obrigado, posso ver nos teus olhos, lá no fundo, coisa que só pai vê no olhar do filho que, acima de tudo, tu tens orgulho do teu velho. Ah, e avisa tua mãe, que ano que vem vou viajar para o Japão, de novo. Agora estás grandinho para ficar solito, te trago uma lembrancinha de lá...novamente.

Abraços do teu pai, GREMIO FOOTBALL PORTO ALEGRENSE.

NÃO BASTA SER FORTE, AGUERRIDO E BRAVO TEM QUE SER O GRÊMIO!

E como eu venho dizendo aos co-irmãos: bem-vindos ao clube dos campeões mundiais.

P.S.: A terra ainda é azul. O único planeta vermelho que eu conheço é Marte.

And so this is Christmas

Natal é bom pra quem é criança. Nada mais lúdico do que um velhinho de barbas brancas, botas pretas e roupas vermelhas guiando um trenó puxado por renas e que distribui presentes de casa em casa entrando nas chaminés das residências.

Só que o tempo passa, a gente cresce e a aproximação do Natal vira sinônimo de festas de final de ano na firma, os malfadados amigos-secretos, o programa anual do Roberto Carlos na TV Globo e o estresse de ir às lojas e os lotadérrimos shopping centers para comprar (na última hora, é claro) "lembrancinhas" para presentear a família e as pessoas que a gente gosta. Haja saco. E grana. E o espírito natalino? E muitas vezes esquecemos de felicitar o "cara aquele" que aniversaria no dia 25 de dezembro e que, dizem, morreu na cruz para nos salvar. Mas que nada...

Época de Natal também é tempo de nostalgia das propagandas de rádio e de tevê que eu ouvia durante a minha infância. Jingles bem construídos e fáceis de cantar e que até hoje circulam na minha memória. Alguém se lembra?

Na Mesbla
Na Mesbla
O maior Natal do Brasil
(jingle das lojas Mesbla, meados dos anos 70)

Se a gente for legal
O que o Papai Noel vai dar?
Pra toda a família um presentão
Das lojas HM no Natal
Para mamãe para o papai pra todos nós
Papai noel vai escolher o que convém
Um bom Natal e felicidade
Nas lojas HM tudo tem
Bléin, bléin, bléin, blein
Lojas HM
(jingle das lojas Hermes Macedo, início dos anos 80)

Natal tem que ser assim
Alegria em todos os corações
Natal tem que ser feliz
Muitas festas muitas emoções
Por isso as Lojas Alfred têm
Um Natal especial
Primeiro pagamento é só
Depois do carnaval
(jingle das Lojas Alfred)

Mas o mais bonito de todos, com certeza, é...

Estrela brasileira no céu azul
Iluminando de norte a sul
Mensagem de amor e paz nasceu Jesus, já é Natal
Papai Noel voando a jato pelo céu
Trazendo um natal de felicidade
E um Ano Novo cheio de prosperidade
Varig, Varig, Varig
Cruzeiro, Cruzeiro
(jingle de Natal da Varig)

Oh, my god! Como sou descuidado...

Tá certo. Eu não sou lá muito disciplinado com o meu blog. Pobre Blog du Brisa... Às vezes eu o deixo meio de escanteio, amarelescendo, juntando pó na superfície ou criando mofo. Se o meu blog fosse um dog (ui, que trocadilho cretino!), coitado do meu cachorrinho. Morreria de sede e de inanição. Ou então explodiria de vontade de fazer xixi, já que o incompetente do seu dono não o levaria para passear e nem para satisafazer as suas necessidades biológicas tais como um cocozinho no canteiro de uma praça ou uma trepadinha com uma cadela no cio. Se o meu blog fosse um tamagoshi então...

Mas na verdade, o blog é uma exteriorização das minhas sensações. As poucas pessoas que confessam a mim ler essas mal-traçadas já notaram quando eu estou eufórico, quando eu estou monossilábico, taciturno e meditabundo ou então quando eu estive numa deprê fudidaça.

Como eu não tenho grana pra encarar uma terapia (acho que tomar passe num centro espírita ou então num terreiro de pretos-velhos é mais eficiente e muito mais hype), eu aproveito e exorcizo alguns fantasmas ao escrever no blog.

A razão do atraso em atualizar o blog é muito prosaica. A tal da falta de tempo. Sei lá, mas como um capricorniano altamente cerebral, perfeccionista e cuidadoso com aquilo que falo e (principalmente) com o que eu escrevo, queria poder dedicar numerosos minutos para fazer um troço qualificado. Mas eu sempre estou pensando no que escrever. Seja no banho, na fila do banco, no carro e até quando estou acompanhando uma audiência no gabinete do governador (que o pessoal do Palácio não me leia neste momento hehehe).

Mas vou prometer ser mais presente no meu próprio blog. Promessas, promessas, promises... Quem vive de promessa é santo. E eu não sou santo, meu senhor.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Molho

Placa na garganta, 38 graus de febre, aftas na boca, feridas nos lábios, falta de apetite, indisposição e dores pelo corpo. Eu estou que é o quadro da dor nesta semana! Fora a irritação de estar assim. Não gosto de ficar doente nem de estar com a saúde debilitada. É muito ruim isso.

Amigo secreto

Eu não sou um incentivador desses eventos de final de ano, os quais convencionou-se chamá-los de amigo secreto.

Há quase uma década eu não participo desse ritual hipócrita de troca de presentes. Eu sempre faço um esforço além das minhas possibilidades de presentear uma outra pessoa com alguma coisa boa. Eu gosto de dar presentes e geralmente eu capricho. Só que o contrário não acontece. Da penúltima vez que eu entrei num amigo secreto, eu ganhei um relógio-bibelô, bem ao estilo dos que são vendidos em lojas de 1,99. O presente durou poucas horas na minha mão, tal a fragiliadade do material e a qualidade do mesmo.

E o motivo pelo qual me afastei dos amigos secretos foi que eu simplesmente entrei num e não levei presente. Todo mundo saiu presenteado e o meu amigo secreto alegou mil e um motivos - doença na família, mudança, pagamento do IPVA, etc - mas me garantiu que até o dia 5 do mês seguinte (janeiro) eu estaria com o meu presente na mão. Isso foi em 1999. Até hoje estou na espera.

Isso é falta de respeito e de consideração. Desde então, mantenho a política de até participar das festinhas de fim de ano com os colegas de trabalho, mas sem amigo secreto. Até para me preservar do constrangimento de ter que tirar alguém que eu não gosto, não vou com a cara ou que não conheça direito. Pode ser coisa de criança, mas que é bom receber presentes, ah isso é.