domingo, dezembro 16, 2007

Eu e os botecos da vida


Eu sou um cara que não tenho uma relação muito estreita com bares e botecos.

O primeiro motivo é prosaico: eu não bebo nada de álcool. Bem, para não dizer que eu não bebo naaaada, eu sou chegado a um espumante (de preferência que não seja brütt) que deve ser degustado em ocasiões especiais e gosto de um bom vinho. No entanto, para ter uma idéia da quantidade que eu ingiro estas bebidas, acho que eu não consumiria três garrafas de cada, ao ano.

Mas, voltando aos bares. Eu chego até a ter uma certa inveja de amigos e conhecidos que tratam um boteco como se fosse um templo. Para esses, é o máximo passar a noite inteira sentado, bebemorando, mordiscando petiscos, batendo longos papos ou filosofando, afinal, o bar é o berço das grandes resoluções...

Eu é que não sou muito dessa viagem. Pra começar, quem não bebe cerveja e sempre pede refrigerante para o garçom - como eu -, se sente pouco à vontade. E eu não posso beber o equivalente em refri o que meus amigos bebem em ceva. Alguém, em sã consciência, conseguiria ingerir, em apenas uma noite, 4 litros de pepsi ou guaraná?

Ao meu ver, o bar serve como uma escala, o local de aquecimento para algo mais grandioso ou apoteótico. Tipo, reunir a galera para sair. Um boteco é um bom ponto de reunião para depois se deslocar a uma festa, um show ou outra efeméride. Para mim, o bar é o meio, nunca um fim.
A duração ideal para que eu fique em um bar varia entre uma a duas horas. E deu. Eu não sairia de casa para passar a noite sentado em um bar. Não consigo. E, de quebra, ainda ter que levar pinguço para casa? Sem chance.

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