tag:blogger.com,1999:blog-254971272024-03-07T21:09:38.096-03:00Blog du BrisaVerdades, algumas meias-verdades e outras nem tão verdadeiras assim...
O que importa é o que interessa e o que não interessa não importa.
It's all true!!!Gerson Brisolarahttp://www.blogger.com/profile/16679373284767977930noreply@blogger.comBlogger261125tag:blogger.com,1999:blog-25497127.post-58559718448258651842023-01-09T17:22:00.005-03:002023-01-09T19:20:19.764-03:00Das coisas que mamãe e papai me ensinaram<p><span style="font-family: georgia;"><a href="https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2022/11/5051350-artigo-das-coisas-que-mamae-e-papai-me-ensinaram.html"> Link original</a></span></p><p><span style="font-family: georgia; font-size: 19.2px;">A cantora e compositora Leci Brandão tem em seu repertório um partido-alto animado, intitulado "As coisas que mamãe me ensinou". A letra é imbuída de ensinamentos que formaram muitas famílias negras. Coisas que sua mamãe, também de nome Lecy (com a letra Y no final), ensinou à menina carioca nascida e criada no bairro de Madureira e que veio a se identificar com a escola de samba Estação Primeira de Mangueira.</span></p><p><span color="rgba(0, 0, 0, 0.870588235294118)" style="font-family: georgia;"><span style="font-size: 19.2px;">Ao ritmo do cavaco e do tantã, ela desfila um rol de lembranças da infância, como receitas culinárias, dicas caseiras para curar doenças e ensinamentos de bons modos (um bom-dia, boa-tarde/ com licença, por favor/ tudo isso é resultado das coisas/ que mamãe me ensinou). Creio que Leci Brandão gostaria de ter falado de muito mais coisas que nos foram ensinadas pelos antigos, mas não couberam na gravação. Em especial, alertas para se defender do racismo institucional que assola o país desde sempre.</span></span></p><p><span color="rgba(0, 0, 0, 0.870588235294118)" style="font-family: georgia;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span color="rgba(0, 0, 0, 0.870588235294118)" style="font-family: georgia;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjL0YNkTpvKJEb5hvcBiHJaHOq91DoPMxde0RicNYNqajdbr01JkIdo_l74oBO8ACy7h_aZGPNPceJ15E2vW5gbF7dkSV6sGYelhe3y4uV8VvoRZELqQSmLPuJ_d_ricPUYfq-tnxdh00pfXj9Jm5351e8tnFrSEtesk5dXh-3CbqHo7gorMA/s1000/Leci-brandao-1.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="1000" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjL0YNkTpvKJEb5hvcBiHJaHOq91DoPMxde0RicNYNqajdbr01JkIdo_l74oBO8ACy7h_aZGPNPceJ15E2vW5gbF7dkSV6sGYelhe3y4uV8VvoRZELqQSmLPuJ_d_ricPUYfq-tnxdh00pfXj9Jm5351e8tnFrSEtesk5dXh-3CbqHo7gorMA/s320/Leci-brandao-1.jpg" width="320" /></a></span></div><p></p><p><span color="rgba(0, 0, 0, 0.870588235294118)" style="font-family: georgia;"><span style="font-size: 19.2px;"><b>Vai sair?</b> Leva um documento com foto. Quem foi adolescente na década de 1980, como é o meu caso, deve ter escutado muito isso. Minha geração era estimulada a amadurecer mais cedo. Aos onze, doze anos, eu e alguns coleguinhas já entrávamos sozinhos no transporte coletivo (sem a companhia dos pais) para ir à escola, jogar futebol etc. E aos meninos negros era recomendado levar algum documento de identificação com foto. Por ser filho de pai militar, eu tinha o RG emitido pelo Exército e, óbvio, carregava a carteira sempre comigo. Segundo meus pais, caso eu me perdesse, seria mais fácil me localizar e eu não iria parar na temida Febem, destino de quem não soubesse dizer onde morava ou se a autoridade desconfiasse que o garoto não tinha pai nem mãe.</span></span></p><p><span color="rgba(0, 0, 0, 0.870588235294118)" style="font-family: georgia;"><span style="font-size: 19.2px;"><b>Não mexe em nada!</b> Isso era praxe. Antes mesmo de entrar em algum comércio, eu já ouvia: "não fica colocando a mão nas mercadorias". Ainda mais se não fosse comprar nada. Ora, os negros já são observados (e perseguidos) naturalmente quando entram em loja, supermercado, armazém, padaria ou shopping center. Para um dono desses estabelecimentos (geralmente branco) acusar que a gente está roubando alguma coisa, pouco custa. Daí nossos pais recomendarem que não mexêssemos em nada das gôndolas ou prateleiras. Afinal, criança não tem dinheiro mesmo.</span></span></p><p><span color="rgba(0, 0, 0, 0.870588235294118)" style="font-family: georgia;"><span style="font-size: 19.2px;"><b>Guarda a nota fiscal!</b> Recomendação autoexplicativa. Temos visto diariamente "casos isolados" de agressões a jovens negros acusados de roubo em lojas, supermercados e shoppings. Por "coincidência", os seguranças desses centros de comércio tendem a confundir negros com criminosos, espancá-los e expulsá-los dos locais. Chegamos ao ponto que uma mera nota fiscal pode servir de carta de alforria.</span></span></p><p><span color="rgba(0, 0, 0, 0.870588235294118)" style="font-family: georgia;"><span style="font-size: 19.2px;"><b>Vai sair? Então te arruma bem!</b> Uma das grandes preocupações — ou incomodações — da população negra sempre foi com a aparência física. Esse aspecto tem um papel primordial na formação e no desenvolvimento dos estereótipos. As aparências vão ao encontro do status socioeconômico. Não há coisa mais aviltante para um afro-brasileiro do que ouvir a insinuação de ser um "negro sujo", como se a sujeira fosse a própria cor da pele. Os pais sempre querem que seu filho negro, ao sair na rua, esteja de banho tomado, perfumado, bem arrumado, com roupa limpa e bonita. E de cabelo penteado ou cortado, bem curto, à máquina.</span></span></p><p><span color="rgba(0, 0, 0, 0.870588235294118)" style="font-family: georgia;"><span style="font-size: 19.2px;">Assuntos como discriminação racial sempre fizeram parte da educação dos filhos de cidadãos afro-americanos. A discussão se acentuou nos lares das famílias negras nos Estados Unidos após o assassinato de George Floyd, estrangulado por um policial branco durante uma abordagem, em Minneapolis, em maio de 2020.</span></span></p><p><span color="rgba(0, 0, 0, 0.870588235294118)" style="font-family: georgia;"><span style="font-size: 19.2px;">No Brasil, falar sobre racismo com as crianças é primordial. Um dos maiores desserviços é dizer que "somos todos iguais", ressalta a organização americana The Counscious Kid. Para especialistas, os pais devem falar sobre racismo com as crianças desde cedo.</span></span></p><p><span color="rgba(0, 0, 0, 0.870588235294118)" style="font-family: georgia;"><span style="font-size: 19.2px;">Um bom início é buscar informação de qualidade para entender como funciona o racismo e como ele organiza a sociedade, assim como dizer a verdade às crianças. Mesmo que pegas de surpresa por assuntos delicados, as famílias devem se lembrar de respondê-las com honestidade. Conhecer artistas, políticos, ativistas e cientistas negros é ampliar o leque de referências positivas. Exemplos existem aos montes: Lázaro Ramos, Maju Coutinho, Emicida, Conceição Evaristo, Milton Santos...</span></span></p><p><span color="rgba(0, 0, 0, 0.870588235294118)" style="font-family: georgia;"><span style="font-size: 19.2px;">Por fim, defender a educação antirracista. A escola é um excelente meio de convivência com a diversidade. Pintou o bullying, é função da escola conversar, intervir. E a conversa deve continuar em casa. Com as coisas que papais e mamães devem ensinar.</span></span></p><p><span color="rgba(0, 0, 0, 0.870588235294118)" style="font-family: georgia;"><span style="font-size: 19.2px;">Tags: antirracista artigo george floyd opinião racismo</span></span></p><p><br /></p>Gerson Brisolarahttp://www.blogger.com/profile/16679373284767977930noreply@blogger.com0R. Joaquim Pôrto Vilanova, 401 - Jardim do Salso, Porto Alegre - RS, 90160-092, Brasil-30.0535056 -51.1592837-30.52777506825651 -51.70860010625 -29.579236131743492 -50.60996729375tag:blogger.com,1999:blog-25497127.post-10016641973491129502022-09-09T17:39:00.006-03:002022-09-10T10:15:43.271-03:00Comemorações: Sesquicentenário, 500 anos do Descobrimento e Bicentenário da Independência<p><span style="font-family: georgia;"><span></span></span></p><a name='more'></a><span style="font-family: georgia;">Frustrante. É a palavra para definir a comemoração de uma data tão marcante quanto os 200 anos da Independência do Brasil. O dia 7 de Setembro de 2022 foi mais do mesmo. Pela manhã, desfiles cívico-militares e as tradicionais passeatas do Grito dos Excluídos.</span><p></p><p><span style="font-family: georgia;">À tarde, as ruas de algumas das principais capitais se tornaram palanques para candidatos à Presidência da República. A orla de Copacabana foi tomada por admiradores do presidente Bolsonaro, que transformou um suposto evento militar em comemoração ao bicentenário em um comício.</span> </p><p>Eu tinha apenas 2 anos de idade quando foi comemorado o Sesquicentenário da Independência do Brasil, em 1972. O país vivia os anos de chumbo, sob a presiência do general Emílio Médici. Mas houve uma bela programação sobre os 150 anos da Independência, com a realização de seminários, lançamento de livros e até um minitorneio de futebol entre entre seleções, cuja final foi entre Brasil X Portugal, disputada no estádio do Maracanã. Jairzinho, o "Furacão da Copa de 70", marcou o gol que selou a vitória sobre nossos patrícios.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3-u5HOBl50EeIBMZgKJc0g-Zv-bXmMSOuULdngjLtbTrjXryOcE4CBaSaUY7IN0dyTkXt7hkEMQlBULUu3uez8vZptSfXkP7fJtxdUVwW-wpBI77b0sl2RRDOsSQcaMiLY4sBt-VK9TQlPaYxHH-rArolrTrFITBoKSzmJ_JVXK-Qen10hA/s768/jairzinho.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="431" data-original-width="768" height="144" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3-u5HOBl50EeIBMZgKJc0g-Zv-bXmMSOuULdngjLtbTrjXryOcE4CBaSaUY7IN0dyTkXt7hkEMQlBULUu3uez8vZptSfXkP7fJtxdUVwW-wpBI77b0sl2RRDOsSQcaMiLY4sBt-VK9TQlPaYxHH-rArolrTrFITBoKSzmJ_JVXK-Qen10hA/w257-h144/jairzinho.jpg" width="257" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><i>Jairzinho marca o gol da vitória da Seleção na final da Taça Independência</i></div><br /><p>No ano 2000 foi a vez dos 500 anos do Descobrimento do Brasil. A comemoração foi um tanto polêmica e controversa. O Brasil vivia sob o segundo governo de Fernando Henrique Cardoso. No dia 22 de abril de 2000, foram lembrados em manifestações artísticas em todos os estados, mas os festejos oficiais na Bahia redundaram em fracasso.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHqvhPAnaxu4fhfn8aCSQoweUF3ajlURGaBz7j5BRZ2Q1F_8pXTzH5w8dqTFgU_5Iw0njKTScRlZZ7Sdpl0PuZ83KRLuDjrPyNibrsHO2w5f1V5Ub_MqP0a7uNiSvK2YkKbJVZvQ6wEvdxzthPMA5LjmHbN1z_dLYuTXOswCYzyfHSLzUNvQ/s267/29109.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="189" data-original-width="267" height="189" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHqvhPAnaxu4fhfn8aCSQoweUF3ajlURGaBz7j5BRZ2Q1F_8pXTzH5w8dqTFgU_5Iw0njKTScRlZZ7Sdpl0PuZ83KRLuDjrPyNibrsHO2w5f1V5Ub_MqP0a7uNiSvK2YkKbJVZvQ6wEvdxzthPMA5LjmHbN1z_dLYuTXOswCYzyfHSLzUNvQ/s1600/29109.jpg" width="267" /></a></div><p>A grande festa preparada pelo governo em Porto Seguro, local do desembarque dos primeiros portugueses, foi prejudicada pelo confronto entre manifestantes e policiais militares. Muitos eventos programados foram cancelados.</p><p>O símbolo maior da comemoração — uma réplica das caravelas cabralinas — literalmente naufragou. A embarcação, que custara R$ 500 mil (mil reais para cada ano de História), não conseguiu zarpar de Salvador rumo a Porto Seguro. E ainda hoje, continua adernada, próxima ao porto de Vila Velha, no Espírito Santo.</p><p>Os confrontos envolveram índios pataxós, sem-terras e militantes políticos que anunciaram uma marcha para denunciar desigualdades. Nada de grave ocorreu enquanto parecia apenas um ato pacífico. Porém, quando os manifestantes se aproximaram mais do local onde estavam as autoridades, a PM da Bahia entrou em cena para dispersar a marcha. Bombas de gás lacrimogêneo, pedradas e até o disparo de flechas pioraram a situação, fazendo com que a festa tivesse uma repercussão vexatória, inclusive no exterior.</p><p>Nesta época, eu trabalhava em dois veículos de comunicação: era repórter da editoria de Geral do Jornal do Comércio, no turno da tarde, e pela manhã, era produtor/redator na Rádio Bandeirantes, que na época transmitia a mesma programação nos sinais AM e FM.</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwd0t_ZnoyJbLe8a-1WDMPxl1CEMUu8M6lzDkTPWW9BtrHXUCZt66KYVqCSIkLROiSRfFC8RC_kgx8lr5WEm7N-UJH3A-yXQOayBvQk1qK7glQCSMn92Hyx5bcCbhwSs0p52jVnprjjS4jsW1-df7PwT-wYHfHtS-VpjQVSQEdGlWnzH6Tew/s720/FB_IMG_1662755354528.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="431" data-original-width="720" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwd0t_ZnoyJbLe8a-1WDMPxl1CEMUu8M6lzDkTPWW9BtrHXUCZt66KYVqCSIkLROiSRfFC8RC_kgx8lr5WEm7N-UJH3A-yXQOayBvQk1qK7glQCSMn92Hyx5bcCbhwSs0p52jVnprjjS4jsW1-df7PwT-wYHfHtS-VpjQVSQEdGlWnzH6Tew/s320/FB_IMG_1662755354528.jpg" width="320" /></a></div><br /><i>Parte da galera que trabalhava na Band RS (rádio e TV) em 1999/2000.</i><p></p><p>O mês de abril se aproximava e a Band RS não havia se manifestado em fazer algum programa ou programação sobre os 500 Anos do Descobrimento. Uma bela manhã em um sábado de plantão na rádio tive a ideia de oferecer à direção de jornalismo da emissora uma série de cinco programas para serem transmitidos em cinco dias (entre 17 a 21 de abril) na semana dos 500 anos. E era uma semana rica pois abrangeria o dia do índio e o feriado de Tiradentes. O 22 de abril, consagrado como data oficial do Descobrimento, naquele ano caiu num sábado.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCByTbDCK0K87pHZxotdgJo_7plRD4mJwNgcJYazlN4JLkgPnCIzGUkgEYS-g2mFSthZBFvpm79R7ZTN3DxZg0799K5JuhmqRUc4prh3wjlgpt-MxHFtD2neu9nR2EqTkCqrKhNtlQAWQdn2q2F6dAihqoB-tFRhKuGnHIduMjrAQI8lI9Wg/s720/FB_IMG_1662755362104.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="561" data-original-width="720" height="249" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCByTbDCK0K87pHZxotdgJo_7plRD4mJwNgcJYazlN4JLkgPnCIzGUkgEYS-g2mFSthZBFvpm79R7ZTN3DxZg0799K5JuhmqRUc4prh3wjlgpt-MxHFtD2neu9nR2EqTkCqrKhNtlQAWQdn2q2F6dAihqoB-tFRhKuGnHIduMjrAQI8lI9Wg/s320/FB_IMG_1662755362104.jpg" width="320" /></a></div><i>Jornalistas, técnico-administrativos e equipe técnica reunida (+/- 1999)</i><p>Imaginei os programas como paineis de um grande seminário, dividido em cinco tópicos: mulheres, negros, povos indígenas, imigrantes e excluídos. O nome da série eu mesmo escolhi: <i>Brasil, 500 Anos - Que História é Essa? </i></p><p>Os programas foram ao ar das 14 horas às 15h30, com apresentação do jornalista Felipe Vieira e foram divididos assim:</p><p>17/04 - Mulher Brasileira em Primeiro Lugar</p><p>18/04 - Black is Beautiful - O Negro é Lindo</p><p>19/04 - Índios, os Donos da Terra</p><p>20/04 - Brasil, Berço dos Imigrantes</p><p>21/04 - Terra de Todos ou Pátria de Ninguém?</p><p>A brincadeira, à época, é que eu queria fazer um programa que não tivesse a participação dos jornalistas Eduardo Bueno e Walter Galvani, que lançaram livros alusivos à data naquele ano e eram os campeões em concederem entrevistas aos meios de comunicação.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4dEs_4MQ-Wfc1ItEQsOWwOCTfzevsHLP82IyjLjhxiTVHwDBy8kUYTt8_KIjPr3cctQ4CgRjQ84FqJl-zYcGpqrgVb6VC93_HksC6C3nmakSu3NUz0__ADJKAEr-v74Mx-3Ofhj24aO7MXpL7rHuw_cdInrnp9lO1V19XefYcebjDIAulSQ/s729/FB_IMG_1662755412122.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="729" data-original-width="720" height="209" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4dEs_4MQ-Wfc1ItEQsOWwOCTfzevsHLP82IyjLjhxiTVHwDBy8kUYTt8_KIjPr3cctQ4CgRjQ84FqJl-zYcGpqrgVb6VC93_HksC6C3nmakSu3NUz0__ADJKAEr-v74Mx-3Ofhj24aO7MXpL7rHuw_cdInrnp9lO1V19XefYcebjDIAulSQ/w206-h209/FB_IMG_1662755412122.jpg" width="206" /></a></div><p><i>A série "Que História é Essa?" teve apresentação do jornalista Felipe Vieira.</i></p><p>No dia da mulher conseguimos levar, entre outras convidadas, Ieda Maria Vargas, Miss Universo. Convidei uma socióloga da Ufrgs para dar um viés científico mas a mulher se inibiu, não falou nem 5 minutos e permaneceu calada o resto do tempo.</p><p>No dia do Índio, conseguimos que o líder indígena Ailton Krenak entrasse por telefone. No dia dos negros reunimos lideranças políticas, ativistas e intelectuais para falarmos sobre a causa. Para o dia dos imigrantes reunimos representações alemãs, italianas, árabes, portuguesas, judias e japonesas.</p><p>O dia mais fraco foi o último. Tentamos falar sobre excluídos em um feriado chuvoso e dois dos seis convidados não apareceram. Até o Felipe não foi, sendo substituído pelo João Garcia. Compareceram um ativista da causa LGBTQIA+, uma profissional do sexo, um egresso do sistema penitenciário e um representante da terceira idade (na verdade, um animador de festas para idosos). Os outros convidados, ao tomarem conhecimento de que iriam dividir a bancada com os representantes anteriormente mencionados se negaram a comparecer. Não lembro exatamente os segmentos, mas eu acho que eram representantes de aposentados e sem-teto ou sem-terra. </p><p>Foi trabalhoso, mas foi gratificante fazer e produzir a série dos programas. Daria para ter feito muita coisa legal neste bicentenário da Independência. Infelizmente, a emissora é outra, o tipo de fazer jornalismo é outro, o Brasil é outro.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUWF2ONbpgVfh5d6XnxOsJ7hA5QD6d64IV73S7DYhuqlm33K25_6DV6aWh3g3MjQnwvm284srceIDzMeg5XvLUulKHuDaVaqr4OgRBF_CUE_WLTFkN4QTbyYGIGODwOebELiR-A02AXImSOybVR8vK2pSoHdrX89KusT-9pqyAgDoRghu-oQ/s1086/bicbicentenario.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="652" data-original-width="1086" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUWF2ONbpgVfh5d6XnxOsJ7hA5QD6d64IV73S7DYhuqlm33K25_6DV6aWh3g3MjQnwvm284srceIDzMeg5XvLUulKHuDaVaqr4OgRBF_CUE_WLTFkN4QTbyYGIGODwOebELiR-A02AXImSOybVR8vK2pSoHdrX89KusT-9pqyAgDoRghu-oQ/s320/bicbicentenario.jpg" width="320" /></a></div><br /><p><br /></p>Gerson Brisolarahttp://www.blogger.com/profile/16679373284767977930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25497127.post-55331007969461258882022-08-23T15:31:00.003-03:002022-08-23T15:31:56.871-03:00Aventuras de um jornalista afromestiço em um castelo no meio do pampa (parte 1)<span style="font-size: 20px;">Das coisas que eu sinto saudades dos tempos quando eu trabalhava no Palácio Piratini eram as viagens para o interior do Estado. Percorri muitas cidades pelo Rio Grande do Sul afora e que se não fosse por trabalho, dificilmente eu teria conhecido aqueles municípios.</span>
<br /><br /><span style="font-size: 20px;">E foram vários. Acho que uns 50, num cálculo baixo, num período de quatro anos. Muito em função das tais interiorizações, que eram a transferência do gabinete do governador para uma cidade do interior, conforme a região. Geralmente isso acontecia uma ou duas vezes por mês.</span>
<br /><br /><span style="font-size: 20px;">Eu era o coordenador do serviço de rádio do Palácio Piratini. Liderava uma equipe de três pessoas (dois jornalistas CC's e um técnico operacional) mais dois estagiários. Eu respondia pelo estúdio de rádio, o local da histórica transmissão da Rede da Legalidade. Fazia transmissões ao vivo; acompanhava a agenda do governador para gerar notícias que resultavam em boletins gravados (nossos maiores "clientes" eram as rádios do interior e emissoras independentes); releases eletrônicos; mantinha contatos com os meios de comunicação; acompanhava entrevistas coletivas; produção de projetos especiais e mais uma gama de funções (quebra-galhos).</span>
<br /><br /><span style="font-size: 20px;">Voltando às interiorizações, das inúmeras que fiz, teve uma bem marcante: a visita ao </span><span style="font-size: 20px;"><b>castelo da família Assis Brasil</b></span><span style="font-size: 20px;">, em </span><span style="font-size: 20px;"><b>Pedras Altas</b></span><span style="font-size: 20px;">, cidade localizada a uns 300 quilômetros de Porto Alegre, em março de 2005.</span><div><span style="font-size: 20px;"><br /></span></div><div><span style="font-size: 20px;"></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIPsugVblNMN9iL8rT4Zt8-heGAI5UeGj0LSc8npPSez_VO_yKu4cDKURi_7cEDkQ0sS2sWzvCnTvVhOWIL4-eVcTJfI2h3ad-2DWPnJkcftt7aQbOOPw2nQbjFus6MrNf9BhJe0ltsFEmb2SShAvdwoo65hzgBTTjWz2FrjjTKF6Nkz64qw/s640/eu%20no%20castelo%20de%20pedras%20altas.JPG.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="480" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIPsugVblNMN9iL8rT4Zt8-heGAI5UeGj0LSc8npPSez_VO_yKu4cDKURi_7cEDkQ0sS2sWzvCnTvVhOWIL4-eVcTJfI2h3ad-2DWPnJkcftt7aQbOOPw2nQbjFus6MrNf9BhJe0ltsFEmb2SShAvdwoo65hzgBTTjWz2FrjjTKF6Nkz64qw/s320/eu%20no%20castelo%20de%20pedras%20altas.JPG.jpg" width="240" /></a></div><span style="font-size: 20px;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div>Foi marcante pelo caráter histórico e desafio profissional. Neste texto falo pelo sentido histórico. Numa segunda parte, falarei dos bastidores da transmissão que fiz para a rede de rádios da região sul do Estado.</span>
<br /><br /><span style="font-size: 20px;">O Castelo de Pedras Altas, idealizado por Joaquim Francisco de Assis Brasil, se localiza no município de mesmo nome, ao sul do Estado. </span><span style="font-size: 20px;">A construção, com traços medievais, durou de 1909 a 1913. Foi prova de amor de Assis Brasil à segunda esposa, Lídia Pereira Felício de São Mamede. Ele não mediu esforços para concretizar o projeto. Trouxe calceteiros da Espanha especialmente para erigir o castelo onde foi assinada a Paz de Pedras Altas, acordo que pôs fim à Revolução de 1923, repetição do confronto entre </span><span style="font-size: 20px;"><i>chimangos</i></span><span style="font-size: 20px;"> e </span><span style="font-size: 20px;"><i>maragatos</i></span><span style="font-size: 20px;">.</span>
<br /><br /><span style="font-size: 20px;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1XkucDz7Lh2LWwKjFWp0xvEjmM5ahB4hhhVlUi7emngQ1SSeH0oUQmTZf5mvworC7qsOOlY4LwQyIq58sMHprNs8UMpqZ4HHumsnYkHna1O63q3fsr26u2mIEOBsEFcNUnu0rzjRQ7lvhjvOwyLa3nYBZ1lmB-SCQZqHj4toN2X4rY4qFcA/s720/Screenshot_20220813-091311_Samsung%20Internet.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="555" data-original-width="720" height="247" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1XkucDz7Lh2LWwKjFWp0xvEjmM5ahB4hhhVlUi7emngQ1SSeH0oUQmTZf5mvworC7qsOOlY4LwQyIq58sMHprNs8UMpqZ4HHumsnYkHna1O63q3fsr26u2mIEOBsEFcNUnu0rzjRQ7lvhjvOwyLa3nYBZ1lmB-SCQZqHj4toN2X4rY4qFcA/s320/Screenshot_20220813-091311_Samsung%20Internet.jpg" width="320" /></a></div><br />Assis Brasil transformou a propriedade em espaço altamente produtivo que impulsionou a atrasada pecuária gaúcha. Promoveu a importação de matrizes das raças Jersey (da Inglaterra), além de touros Devon, cavalos árabes e ovelhas Karakuk e Ideal. Introduziu novas espécies de árvores, construiu estrebarias, galpões e porteiras que funcionam até hoje. Foi inventor de diversos utensílios, como a bomba de chimarrão de mil furos que jamais entope e leva o seu nome.</span>
<br /><br /><span style="font-size: 20px;">Na entrada da propriedade é possível ler, lapidada no piso, a frase: “</span><span style="font-size: 20px;"><i>Bem-vindo à mansão que encerra / Dura lida e doce calma / O arado que educa a terra / O livro que amanha a alma</i></span><span style="font-size: 20px;">”.</span>
<br /><br /><span style="font-size: 20px;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsfcgnbNFPK_n5e85L5fwsnZYaZq1hP0mLeW_7_Qa2idAdLjTSmB07OcI0z8xmJ4kRVo3K4G9ym_i6TKk77PGHz29VtVJ6nBEuzdIOXrgSrBYa4N8x296HgzA1YmhPLFirHOD_4TQLpKt0zjz-Za5EP6KECzCFOrp1_X8w_tnl5DT1xT4dwg/s1103/Digitalizar0040.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="727" data-original-width="1103" height="211" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsfcgnbNFPK_n5e85L5fwsnZYaZq1hP0mLeW_7_Qa2idAdLjTSmB07OcI0z8xmJ4kRVo3K4G9ym_i6TKk77PGHz29VtVJ6nBEuzdIOXrgSrBYa4N8x296HgzA1YmhPLFirHOD_4TQLpKt0zjz-Za5EP6KECzCFOrp1_X8w_tnl5DT1xT4dwg/s320/Digitalizar0040.jpg" width="320" /></a></div><br />A biblioteca é composta de 15 mil exemplares. O lugar abriga obras em inglês, francês, português e latim. O castelo mantém até hoje móveis trazidos de Nova Iorque. Foram instaladas 12 lareiras, espalhadas pelo prédio para enfrentar o rigoroso inverno do pampa gaúcho.</span><div><span style="font-size: 20px;"><br /></span></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEii6veSVKDd1tghfuYb2I3r5cI-EGErYKmiVnSRGfNaqeefH82b8AlpVAmeY6CTO87OnbkFy_AZWjXUa2hS_wSHt2rftySAW4T3U7SBQpWapYe5WNlN61B6yI72E8vs1_kvnk5lQPMTkvEX8vwWFt65rnJMBBUJimEaoi7FM4JnUfsyZIJtbQ/s1600/Biblioteca%20Assis%20Brasil%20A.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1071" data-original-width="1600" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEii6veSVKDd1tghfuYb2I3r5cI-EGErYKmiVnSRGfNaqeefH82b8AlpVAmeY6CTO87OnbkFy_AZWjXUa2hS_wSHt2rftySAW4T3U7SBQpWapYe5WNlN61B6yI72E8vs1_kvnk5lQPMTkvEX8vwWFt65rnJMBBUJimEaoi7FM4JnUfsyZIJtbQ/s320/Biblioteca%20Assis%20Brasil%20A.jpg" width="320" /></a></div><br /><span style="font-size: 20px;"><br /></span>
<span style="font-size: 20px;">Apesar de eu integrar a comitiva governamental, apenas o chefe do Executivo estadual e mais meia dúzia de seletíssimos convidados entraram na histórica edificação. Na época</span><span style="font-size: 20px;">, o imóvel estava fechado para visitações pois</span><span style="font-size: 20px;"> estava à venda. Foi oferecido ao município de Pedras Altas, ao Estado e à União. Os descendentes de Assis Brasil desistiram. O custo de conservação é muito elevado, impossível de ser coberto com a simples cobrança de ingressos. </span><br /><!--/data/user/0/com.samsung.android.app.notes/files/clipdata/clipdata_bodytext_220823_152127_409.sdocx--><p><span style="font-size: 20px;">Na próxima narrativa falarei sobre a transmissão da rede de rádios que fiz na interiorização em Pedras Altas.</span> </p></div></div>Gerson Brisolarahttp://www.blogger.com/profile/16679373284767977930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25497127.post-57429525554275268562022-07-27T14:45:00.003-03:002022-07-27T15:57:23.116-03:00Sim, fui demitido!<p style="text-align: center;"> <span style="font-family: "Bookman Old Style", "serif"; font-size: 14pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i>Demissões
no mercado de trabalho acontecem. Principalmente na iniciativa privada. É normal
de acontecer, são comuns e até certo modo são previsíveis. Mas há maneiras e
maneiras.</i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%;">Fui
demitido em janeiro de 2021 da empresa que trabalhei durante 10 anos já que não
supri as expectativas da instituição, que esperava que eu executasse a função
de quatro pessoas ao mesmo tempo (jornalista, roteirista, apresentador, produtor).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%;">No
mundo corporativo eles utilizam um termo em inglês bonitinho o famoso <i>hands on</i>, que não significa fazer o
trabalho de outras pessoas, mas no Brasil serve para justificar a sua
sobrecarga de trabalho. Um belo dia, fazendo um relatório sobre minhas funções fiquei
impressionado sobre o volume de trabalho que fiz em menos de um ano. Sozinho,
eu havia feito o trabalho de quatro profissionais. Detalhe: quando comecei a
trabalhar no setor, havia cinco jornalistas. Um a um, os colegas foram saindo,
por demissão ou por vontade própria.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%;">Eu fui permanecendo no emprego e no setor,
porém, o quadro funcional não foi sendo reposto ou ampliado. As vagas não foram
preenchidas, e as funções iam sendo distribuídas para os profissionais que
permaneciam trabalhando no setor. Até que o quadro foi reduzindo, reduzindo,
reduzindo, até sobrar o caboclo aqui. No início, só me restava dar conta, na
medida do possível. Só que o grau de exigência para um indivíduo era como se
fosse para uma equipe. Por dois anos e meio escutei a promessa por parte da
minha chefa de que ela não estava poupando esforços para negociar junto à
direção da empresa novas contratações para o setor. Dois anos e meio. Adivinhem
se houve aumento de salário para o profissional que sobrou no setor...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%;">Quando
você faz o seu trabalho e de mais outras pessoas, você precisa delegar, você
precisa de pessoas para ajudar, que na maioria das vezes estão esperando o
mundo acabar em barranco para se escorar essa é a verdade do mundo
corporativo, o problema é que nem todo mundo está na mesma sintonia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%;">Por
coincidência (ou não), meses antes da minha demissão eu mencionei em relatório para
a líder do setor que eu estava fazendo sozinho </span><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">ʺ</span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%;">a função de vários profissionais</span><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">ʺ</span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%;">, tendo ainda que ser
</span><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">ʺ</span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%;">criativo, rápido,
talentoso e eficiente</span><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">ʺ</span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%;">.
A chefa me encheu de desculpas colocando, claro, a culpa na empresa, que não
contratava, mas que ela via o meu esforço profissional e que </span><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">ʺ</span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%;">não estava medindo
esforços</span><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">ʺ</span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%;"> para tentar ampliar
a equipe.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%;">Quando
eu pensei que iriam me aliviar o volume de trabalho (que já era cavalar), qual
minha surpresa? A cada dia eu recebia MAIS TRABALHO AINDA, com cobranças e
exigências diárias, algumas até virulentas. Fora a participação de aspones que vivem
puxando o saco da chefia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGvhuNvVXDJBmAIMPUyS7ARkdiwCzhY3jo6NX3VO_p_CsphOuOrqpPrf0KJiU1d2bOKZSGYbc0wkivA2o6U_QhPJJuUiT48qQygSoh0M4hpBL1oDu1-G9Jm5goj9pUUvf9Bb5XVmV0cSXbzzjej58e4XbtbCixW0iah-X1Hd0kJln0ZKoi_w/s840/burnout.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="593" data-original-width="840" height="306" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGvhuNvVXDJBmAIMPUyS7ARkdiwCzhY3jo6NX3VO_p_CsphOuOrqpPrf0KJiU1d2bOKZSGYbc0wkivA2o6U_QhPJJuUiT48qQygSoh0M4hpBL1oDu1-G9Jm5goj9pUUvf9Bb5XVmV0cSXbzzjej58e4XbtbCixW0iah-X1Hd0kJln0ZKoi_w/w432-h306/burnout.jpg" width="432" /></a></div><br /><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%;">Falando
em chefia, casualmente ou não o grau de cobrança exigido a mim passou a ser
maior quando assumiu um diretor vindo de terra distante querendo mudar toda a
estrutura do setor. Por exigência do tal diretor, tivemos que nos mudar de
prédio e ele quis o término do trabalho em <i>home
office</i> (estávamos em plena pandemia e sequer havia iniciado a aplicação da
primeira dose da vacina contra a Covid-19 no Brasil). Meus gestores
passivamente e incontestes tal qual vaquinhas de presépio aderiram de primeira
hora às ideias do cara que mal conhecia Porto Alegre nem a realidade da instituição.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%;">Um
belo dia, após um período ensandecido de trabalho e de finalmente ter batido a
meta, fui chamado à salinha da chefa e fui comunicado de que meus serviços
estavam sendo dispensados naquele momento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%;">Respeito
muito todos os profissionais que trabalhei, mas me respeito muito mais, e sinto
bastante a falta de respeito com que fui tratado. Me chamaram para me demitir às
nove da manhã, na volta das férias obrigatórias de final de ano (aquele período
que abrange a semana anterior ao Natal e vai até a semana posterior ao Ano
Novo). Eu iria pedir para a minha chefa para sair um pouco mais cedo para uma
consulta médica. Dificilmente eu saía no meio do trabalho para esse tipo de
coisa. Nem atestado eu apresentava. Perdi as contas de quantas vezes fui
trabalhar doente, febril, e com a saúde descontada. Quando entrei na salinha notei
que ao lado da minha chefa estava a encomendada do RH. </span><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">ʺ</span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%;">Senta aí</span><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">ʺ</span><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%;">, disse a chefia.
Entendi tudo. Era só somar 2 + 2. Ao sentar, senti que estava na rua.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%;">De
certa forma, não fiquei surpreso com a demissão, mas com a forma. Ironicamente,
o diretor vindo de terra distante que chegou para revolucionar o setor foi
mandado embora poucas semanas depois de mim. Os colegas, arrancados do home office,
por ordem da direção suprema da empresa, voltaram a trabalhar de casa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%;">Mas
sabe a minha tranquilidade? Conheço o incrível profissional que eu sou. Sei o
que estudei, ralei, sofri, trabalhei para chegar onde estou. Sei do meu valor.
A instituição não me merecia.<o:p></o:p></span></p>
<span style="font-family: "Bookman Old Style","serif"; font-size: 14pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Sabemos que mentes pequenas
estão predestinadas a definhar em alguns anos! Vamos avante! Que venham os
próximos desafios.</span>Gerson Brisolarahttp://www.blogger.com/profile/16679373284767977930noreply@blogger.com0Porto Alegre, RS, Brasil-30.0368176 -51.2089887-56.4270963694022 -86.365238699999992 -3.6465388305977982 -16.0527387tag:blogger.com,1999:blog-25497127.post-1433429957885467322022-05-16T12:11:00.003-03:002022-05-16T12:16:47.899-03:00E fez-se a luz e o Carnaval!<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"><a href="http://www.aentrudeira.com.br/2022/05/carnavalporto.html" target="_blank">link original</a><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">Postado em A Entrudeira</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"> E finalmente fez-se a luz e o carnaval! Depois de um período pré-carnavalesco de 800 dias (!!!), o porto-alegrense pôde se reencontrar com a folia. Incrível imaginar que a última escola de samba que havia desfilado no Complexo Cultural do Porto Seco fora a Bambas da Orgia, na já longínqua manhã de 8 de março de 2020 (Dia Internacional da Mulher). Portanto, em um intervalo interminável de 800 dias!</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"> Logo após o final do carnaval de 2020 o planeta conheceu uma doença infecciosa surgida na China com graves consequências no contexto universal. No dia 11 de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia do novo coronavírus. A doença ganhou o nome de Covid-19 e o resto todos sabem o que aconteceu.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"> O cenário carnavalesco virou do avesso: desfiles fora de época cancelados em várias cidades, quadras de ensaios fechadas, eventos suspensos, trabalhadores (principalmente os da área artística e de eventos) sem trabalho. O ano de 2021 passou em branco em termos de desfiles e 2022 iniciou sem a garantia da realização da festa devido ao aumento de casos e internações por Covid-19.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"> Diante desse cenário, a decisão foi adiar os desfiles carnavalescos para o feriado de Tiradentes, no mês de abril (São Paulo e Rio de Janeiro) e dias 6, 7 e 8 de maio (Porto Alegre).</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"> E podemos dizer que Porto Alegre foi privilegiada nesse sentido. Dos 496 municípios que formam o estado do Rio Grande do Sul, apenas quatro cidades realizaram desfiles de escolas de samba: Santa Cruz do Sul, São Leopoldo, Cruz Alta e a capital gaúcha, que está comemorando 250 anos de fundação. E olha que polos importantes do interior suspenderam a folia, como Uruguaiana, Pelotas, Guaíba, Canoas, Tapes, Santa Maria, Santana do Livramento, Arroio do Sal, Jaguarão, Rio Grande, etc. Mas cá entre nós: não foi só por causa da Covid.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"> Enfim, a expectativa era grande para os desfiles de Porto Alegre em 2022! Às duas ligas gestoras do carnaval, UESPA e UECGAPA, somaram forças a duas empresas para a promoção da festa: a produtora Cubo Filmes (detentora dos direitos de transmissão em vídeo dos desfiles) e a 3M Eventos e Produções (responsável pela montagem da infraestrutura do sambódromo).</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"> Foi o carnaval da retomada, cheio de resistência e de luta. Três noites de empenho com as escolas levando para o Sambódromo garra e determinação entregando um belo espetáculo para a comunidade carnavalesca.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"> A Imperadores do Samba se sagrou campeã do Carnaval 2022, com o enredo “Imperadores do Samba Orgulhosamente Apresenta um Espetáculo entre os Palcos da Cidade”. Entre os destaques da vermelha e branca estavam carros alegóricos representando grandes palcos da capital gaúcha, como o Theatro São Pedro, o Anfiteatro Pôr-do-Sol e a Casa de Cultura Mario Quintana.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"> Com 159,9 pontos, a Imperadores conquistou o 21º título, seguida pelos Bambas da Orgia, em segundo lugar, com 159,6, e a Imperatriz Dona Leopoldina, em terceiro,com 158,4. A Império da Zona Norte, com 157,6 pontos, ficou em nono lugar e, conforme o regulamento do carnaval, foi rebaixada e vai desfilar na Série Prata em 2023.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"> A campeã do Grupo Prata foi a Realeza. Conhecida como a “Mimosa” do bairro Partenon, a escola abordou o tema “Eles Combinaram de Nos Matar, Nós Combinamos de Não Morrer”, sobre a resistência do povo preto, especialmente no Rio Grande do Sul, mencionando a participação dos Lanceiros Negros na Revolução Farroupilha e também evocou a religiosidade do negro gaúcho. O segundo lugar ficou com a Unidos Vila Isabel. As duas primeiras sobem para o Grupo Ouro em 2023, que contará com dez escolas de samba.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"> No Grupo Bronze, a vencedora foi a Filhos de Maria, que levou para o desfile a história de sucesso da Orquestra Villa-Lobos, escola musical sediada na Lomba do Pinheiro, na zona leste de Porto Alegre, mesmo bairro da entidade campeã. Protegidos da Princesa Isabel ficou em segundo, Mocidade Independente da Lomba Pinheiro em terceiro e Acadêmicos da Orgia em quarto lugar. As quatro ascendem ao Grupo Prata ano que vem, que terá dez agremiações.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"> Conforme o regulamento do Carnaval 2022 de Porto Alegre, a Série Bronze será extinta em 2023 e as duas últimas escolas posicionadas nesta categoria (Unidos do Guajuviras, de Canoas, e Academia de Samba Cohab-Santa Rita, de Guaíba) só voltarão a desfilar competitivamente na capital a partir de 2025.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"> Enfim, os repiques e os tamborins voltaram a soar, os cavacos voltaram a chorar, assim como os giros das alas de baianas e o bailar dos mestres-salas e porta-bandeiras. Que em 2023 voltemos ao calendário normal de desfiles. Parafraseando o enredo da Unidos da Viradouro, "<i>Não há tristeza que possa suportar tanta alegria</i>".</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"><b></b></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia;"><b><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9by0y8YDQ7Lt3cXNl4zDCVE8TcgNLue6ovUyEnQHg07OsiuYGSzMDJx0wKrcwEkwLlIkGiPlJgXfxf_06bQQAwnY94P6iRfjojxUj1YLaVNm5Fx0UuBeoNcvmTC-IhlUAW0gisKd096GaS8S3usJ39QvYD81rUdcTPlNfIwPKPPX0M4vh6w/s2048/foto_casal_mspb_bambas_2022.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1365" data-original-width="2048" height="348" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9by0y8YDQ7Lt3cXNl4zDCVE8TcgNLue6ovUyEnQHg07OsiuYGSzMDJx0wKrcwEkwLlIkGiPlJgXfxf_06bQQAwnY94P6iRfjojxUj1YLaVNm5Fx0UuBeoNcvmTC-IhlUAW0gisKd096GaS8S3usJ39QvYD81rUdcTPlNfIwPKPPX0M4vh6w/w523-h348/foto_casal_mspb_bambas_2022.jpg" width="523" /></a></b></span></div><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><i>Fabiana Almeida e Robson Jardim, 1º Casal Mestre-Sala e Porta-Bandeira de Bambas da Orgia - Carnaval Enfoco/Japa Fotografia</i></div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"><b><br />CARNAVAL 2022 – CLASSIFICAÇÃO FINAL</b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"><b>Série Ouro</b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">1. Imperadores do Samba 159,9 pts</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">2. Bambas da Orgia 159,6 pts</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">3. Imperatriz Dona Leopoldina 158,4 pts</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">4. Estado Maior da Restinga 158,3 pts</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">5. Fidalgos e Aristocratas 157,9 pts</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">6. Império do Sol 157,8 pts</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">7. Acadêmicos de Gravataí 157,7 pts</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">8. União da Vila do IAPI 157,7 pts</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">9. Império da Zona Norte 157,6 pts (REBAIXADA PARA A SÉRIE PRATA)</span></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"><b>Série Prata</b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">1. Realeza 158,9 pts (SOBE PARA O OURO)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">2. Vila Isabel 158,8 pts (SOBE PARA O OURO)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">3. União da Tinga 157.9 pts</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">4. Praiana 157.9 pts</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">5. Copacabana 157,8 pts</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">6. Unidos de Vila Mapa 156, 9 pts</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">7. Samba Puro 156,7 pts</span></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"><b>Série Bronze</b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">1. Filhos de Maria 159,1 pts (SOBE PARA O PRATA)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">2. Protegidos da Princesa Isabel 158,1 pts (SOBE PARA O PRATA)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">3. Mocidade da Lomba do Pinheiro 156,9 pts (SOBE PARA O PRATA)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">4. Acadêmicos da Orgia 156,6 pts (SOBE PARA O PRATA)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">5. Unidos do Guajuviras 156,3 pts (a escola se licencia compulsoriamente do carnaval de Porto Alegre por 2 anos)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">6. Academia de Samba Cohab-Santa Rita 137,1 pts (a escola se licencia compulsoriamente do carnaval de Porto Alegre por 2 anos)</span></p>Gerson Brisolarahttp://www.blogger.com/profile/16679373284767977930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25497127.post-74755597471572408272022-04-08T19:48:00.007-03:002022-04-08T19:50:19.145-03:00Onde estão os negros na Argentina?<p><span face="latoregular, sans-serif" style="color: #333333; font-size: 11.2px;"><a href="https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2021/03/4910512-onde-estao-os-negros-na-argentina.html" target="_blank">Link Original</a></span></p><p><span face="latoregular, sans-serif" style="color: #333333; font-size: 11.2px;">postado no Correio Brasiliense em 06/03/2021 06:00</span></p><p> <span color="rgba(0, 0, 0, 0.87)" style="font-family: utopiaregular, serif; font-size: 1.2rem; font-weight: bolder; text-align: center;">Por GERSON BRISOLARA — Jornalista com atuação em comunicação social e organizacional, educação corporativa e assessoria na imprensa gaúcha</span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHQ5gW0j4WdCEWrH99IOvkNKwMUMy112RBoxJUl8TaubF6bLchSfLfgo7EVUCPORyA6cWFqoii18ZwmIl557XbsW0vb9v3lge6ibam-iYlOLADCht2Xu6eu6OlE4xD6EKxdeosZMHLhdgMmIuspWfU56489gw6LBp_Hh80opFSXOru2WTyRw/s1280/1280px-Afroargentinos_tocando_candombe_en_una_fogata_de_San_Juan_%E2%80%93_1938.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="829" data-original-width="1280" height="321" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHQ5gW0j4WdCEWrH99IOvkNKwMUMy112RBoxJUl8TaubF6bLchSfLfgo7EVUCPORyA6cWFqoii18ZwmIl557XbsW0vb9v3lge6ibam-iYlOLADCht2Xu6eu6OlE4xD6EKxdeosZMHLhdgMmIuspWfU56489gw6LBp_Hh80opFSXOru2WTyRw/w496-h321/1280px-Afroargentinos_tocando_candombe_en_una_fogata_de_San_Juan_%E2%80%93_1938.jpg" width="496" /></a></div><br /><p class="texto" style="box-sizing: border-box; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 1.8rem; text-align: right;"><span color="rgba(0, 0, 0, 0.870588235294118)" style="font-family: utopiaregular, serif; font-size: x-small;"><i>Afroargentinos tocando candombe en una fogata de San Juan – 1938.</i></span></p><p class="texto" style="box-sizing: border-box; color: rgba(0, 0, 0, 0.87); font-family: utopiaregular, serif; font-size: 1.2rem; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 1.8rem;"><span style="font-size: 1.2rem;">Um assunto sempre me deixou intrigado ao acompanhar as competições esportivas nos meios de comunicação: o fato de eu nunca ter visto um negro atuando em qualquer seleção esportiva argentina, seja em copa do mundo seja em jogos pan-americanos ou olímpicos. Houve escravidão em toda a América Latina. Basta ver atletas e artistas brasileiros, uruguaios, colombianos, equatorianos, venezuelanos, peruanos etc. O que, afinal, aconteceu com os negros da Argentina?</span></p><p class="texto" style="box-sizing: border-box; color: rgba(0, 0, 0, 0.87); font-family: utopiaregular, serif; font-size: 1.2rem; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 1.8rem;">Jorge Lanata é um importante jornalista argentino, fundador do diário Página/12 e autor de Argentinos (Ed. Argentina), belíssima história do país em dois volumes, lançada em 2002. Na obra, ele refere-se aos negros como “los primeiros desaparecidos”, referência aos mortos pela ditadura militar dos idos de 1970 e 1980. E traz dados mais antigos: no censo de 1778, 30% da população tinha origem africana. A proporção se mantém no censo de 1810, cai para 25% em 1838. Em 1887, repentinamente, compõe menos de 2%. Mas bem no início, há depoimentos de que a proporção de negros e brancos em Buenos Aires chegou a ser de 5 para 1. Segundo recente estudo genético autossômico de 2012, a composição da Argentina tem ascendência europeia (65%), indígena (31%) e africana (4%).<br /></p><p class="texto" style="box-sizing: border-box; color: rgba(0, 0, 0, 0.87); font-family: utopiaregular, serif; font-size: 1.2rem; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 1.8rem;">Durante seu primeiro século, a capital argentina sobreviveu à custa do comércio negreiro. Do século 16 até a primeira metade do 17, a coroa espanhola drenava o ouro e a prata na região do Potosí, na atual Bolívia. Foi esse negócio que deu nome ao rio da Prata — foram principalmente as mãos negras que tiraram das minas subterrâneas os metais que sustentaram a Europa. Os negros escravizados de Potosí vinham, principalmente, de Angola. Eram negociados pelos peruleiros (comerciantes do Brasil que tratavam com os espanhóis do Peru, no século 18), que faziam a rota Potosí-Buenos Aires-Rio-Luanda.<br /></p><p class="texto" style="box-sizing: border-box; color: rgba(0, 0, 0, 0.87); font-family: utopiaregular, serif; font-size: 1.2rem; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 1.8rem;">O Rio de Janeiro, de modo semelhante, era dependente do tráfico. No Cais do Valongo chegavam os escravizados, pagos, em geral, não com dinheiro, mas com açúcar, cachaça, mandioca e tabaco, que serviam de moeda de troca na África. Muitos eram então transportados para Buenos Aires. E enviados rio Prata acima até as minas. A relação na rota de tráfico entre Rio e Buenos Aires era tão próxima que, quando veio a separação da União Ibérica, os cariocas chegaram a sugerir aos “hermanos” que se bandeassem para o lado português.<br /></p><p class="texto" style="box-sizing: border-box; color: rgba(0, 0, 0, 0.87); font-family: utopiaregular, serif; font-size: 1.2rem; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 1.8rem;">Como no Brasil, todo o serviço, doméstico ou não, nos séculos 17 e 18 na Argentina era feito por mão de obra negra escravizada. Então desapareceram, e a história local ensinada nas escolas se cala sobre o tema. Francisco Morrone, autor de Los negros en el ejército: declinación demográfica e disolución, é um dos historiadores que tenta recuperar o que houve. Segundo Morrone, uma das explicações é a prática de casamentos mistos que, lentamente, clarearam a pele dos descendentes.<br /></p><p class="texto" style="box-sizing: border-box; color: rgba(0, 0, 0, 0.87); font-family: utopiaregular, serif; font-size: 1.2rem; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 1.8rem;">A abolição da escravatura na Argentina começou em 1813, sendo confirmada pela Constituição de 1853 — bem antes da brasileira. Ao longo do século 19 todo, o país se meteu em guerras, uma após a outra. Por todo esse período belicista, a Argentina pôs seus negros na linha de frente dos exércitos, eram os primeiros a levar tiros, às vezes de espingardas — muitas vezes servindo de isca para o inimigo.<br /></p><p class="texto" style="box-sizing: border-box; color: rgba(0, 0, 0, 0.87); font-family: utopiaregular, serif; font-size: 1.2rem; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 1.8rem;">O golpe final foi a grande epidemia de febre amarela de 1871, que se abateu sobre bairros afastados e de extrema pobreza de Buenos Aires (guetos), para onde os negros que sobraram foram transferidos.<br />Depois, no começo do século 20, assim como no Brasil, houve uma enorme imigração europeia, principalmente de italianos, que marcaram o sotaque portenho como marcaram cá o paulistano. Devido a essa imigração em massa, há um ditado que diz que “os argentinos são italianos que falam espanhol e que pensam que são ingleses”. A diferença é que, a essa altura, faltou melanina para escurecer a pele da população restante.<br /></p><p class="texto" style="box-sizing: border-box; color: rgba(0, 0, 0, 0.87); font-family: utopiaregular, serif; font-size: 1.2rem; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 1.8rem;">De acordo com alguns historiadores, o efeito mais duradouro da influência africana na Argentina aconteceu na cultura artística musical, o tango, que fazia parte das cerimônias religiosas dos cativos conhecidas como tangós. Eram mestiços os primeiros compositores de tangos.<br /></p><p class="texto" style="box-sizing: border-box; color: rgba(0, 0, 0, 0.87); font-family: utopiaregular, serif; font-size: 1.2rem; line-height: 1.5; margin: 0px 0px 1.8rem;">A Argentina teve, sim, presença negra, assim como o Brasil e, em certo momento, na mesma proporção. Logo após a independência, aboliu o regime escravista e pôr em marcha uma política de branqueamento da população. Algo equivalente a genocídio. Diga-se de passagem, na República Velha, isto foi motivo de inveja por parte do governo brasileiro. Nessa história, não há inocentes.</p>Gerson Brisolarahttp://www.blogger.com/profile/16679373284767977930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25497127.post-19849351215483146882019-03-08T10:32:00.007-03:002023-09-14T20:22:40.359-03:00CV Gerson<br />
<div align="right" class="MsoTitle" style="text-align: right;">
<u><span style="font-size: 14pt;">GERSON DE LIMA BRISOLARA______________<o:p></o:p></span></u></div>
<div class="MsoTitle">
<br /></div>
<div class="MsoTitle">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbDnxsy30R2nUjIi_ti_WBngXv_510Wl7mEpBuhL4FVY6TCYRw2Q9URMpLTxgkIojCaoTPm9yintglVsFOLKz9tn_1_anW71jPGF2IaC3oYt5AjZxntJv2P4HwdleJEMq1cDB0/s1600/eu2.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="534" data-original-width="534" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbDnxsy30R2nUjIi_ti_WBngXv_510Wl7mEpBuhL4FVY6TCYRw2Q9URMpLTxgkIojCaoTPm9yintglVsFOLKz9tn_1_anW71jPGF2IaC3oYt5AjZxntJv2P4HwdleJEMq1cDB0/s200/eu2.jpg" width="200" /></a><span style="font-size: 14pt;"><o:p> </o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="MsoTitle" style="margin-left: 354pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-size: 14pt; mso-no-proof: yes;"><!--[if gte vml 1]><v:shapetype id="_x0000_t75"
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<div class="MsoTitle">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoTitle" style="text-align: right;">
<u><span style="font-size: 14pt;">Curriculum Vitae________________________<o:p></o:p></span></u></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt;">Data Nascimento: 05/01/1970 (49 anos)<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt;">Rua Nove de Junho, 107 aptº 202 – Partenon – Porto Alegre
– RS<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt;">(51) 99122-3272<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt;">gersonbrisolara@gmail.com<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 14pt;">Fenaj MTb 7.966<o:p></o:p></span></b></div>
<h1>
<span style="font-size: 14pt;"><o:p> </o:p></span></h1>
<h1>
<u><span face=""bitstream vera sans" , "sans-serif"" style="font-size: 14pt; font-weight: normal;"><o:p><span style="text-decoration: none;"> </span></o:p></span></u></h1>
<h1>
<u><span face=""bitstream vera sans" , "sans-serif"" style="font-size: 14pt; font-weight: normal;">SOBRE MIM:<o:p></o:p></span></u></h1>
<h1>
<u><span face=""bitstream vera sans" , "sans-serif"" style="font-size: 14pt; font-weight: normal;"><o:p><span style="text-decoration: none;"> </span></o:p></span></u></h1>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14pt;">Profissional responsável, criativo,
experiente, com 24 anos de atuação na área de Comunicação Social e
Organizacional, Educação Corporativa e Assessoria no Governo do Estado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<h1>
<u><span face=""bitstream vera sans" , "sans-serif"" style="font-size: 14pt; font-weight: normal;">EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL:<o:p></o:p></span></u></h1>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">RÁDIO<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">*
2017 a 2020 – RÁDIO REAÇÃO FM – Apresentação e produção do programa
radiofônico “Bandeira do Samba”, voltado ao carnaval e manifestações populares;
Comentarista do Carnaval de Porto Alegre no ano de 2019.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">*
2010 a 2021 – ULBRA TV: apresentação, produção e roteirização de videoaulas
para os cursos de Educação a Distância, gravação em estúdio, locução de offs,
reportagem, produção de conteúdo para o telejornal da emissora.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">*
2017 ~ 2019 – RÁDIO SALDANHA Apresentação e produção do programa radiofônico “Bandeira
do Samba”, voltado ao carnaval e manifestações populares; Comentarista do
Carnaval de Porto Alegre nos anos de 2017 e 2018.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText"><br /></div>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">*
2007 ~ 2010 – REDE METODISTA DE EDUCAÇÃO DO SUL (assessoria de imprensa): pautas
e assuntos referentes ao Centro Universitário Metodista IPA, acompanhamento de
entrevistas, elaboração de releases, supervisão de estagiários, produção de
textos para os veículos impressos e para o portal online da Instituição.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText">
* <span style="font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">2009 ~ 2010 – TV PAMPA: p</span><span style="font-weight: normal;">rodutor
executivo, auxiliar de produção e locutor/apresentador/animador nos programas
jornalísticos da emissora.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">*
2003 ~ 2007 – GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (assessoria de imprensa): coordenador
do Estúdio de Rádio do Palácio Piratini, gravação de boletins, redação e
produção de programas, transmissões externas, redação de releases.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">*
2000 ~ 2003 – JORNAL DO COMÉRCIO: reportagem editoria de Geral e Política.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">*
1994 ~ 2001 – REDE BANDEIRANTES DE RÁDIO (Rádios Bandeirantes AM, Bandeirantes
FM e Ipanema FM): redação, reportagem, apresentação e produção de programas jornalísticos;
apresentação, reportagem e comentarista nas transmissões do Carnaval de Porto
Alegre feitas pela emissora; reportagem e produção na cobertura das eleições
municipais feitas pela emissora; apoio à Rede Bandeirantes de Rádio, em nível
nacional.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">*
1996 ~ 1997 – RÁDIO GUAÍBA AM: redação de programas noticiosos; cobertura das
eleições municipais como repórter.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14pt;">* 1991 ~ 1994 – RÁDIO DA
UNIVERSIDADE (estágio): nas funções de redator, produtor e repórter.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal"><br /></div>
<h1>
<u><span face=""bitstream vera sans" , "sans-serif"" style="font-size: 14pt; font-weight: normal;">OUTROS:<o:p></o:p></span></u></h1>
<div class="MsoNormal"><br /></div>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">*
2011: elaboração de textos para os encartes dos feirões de carros do Liquida
Porto Alegre, Batalha de Gigantes e Duelo de Titãs, promovidos pela empresa
Love Car, que circulou no jornal Zero Hora no ano de 2011.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="margin-left: 36pt;">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">*
2010: assessoria de imprensa durante campanha eleitoral prestada através da
Uffizi. Produção de releases, captação de imagens (fotos), acompanhamento em
debates de rádio e tevê; apoio na elaboração da agenda dos candidatos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">*
2010: AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS (www.agenciaaids.com.br) – repórter
freelance, cobertura do 1º Encontro Nacional de Assessorias Jurídicas e
Controle Social da Saúde.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">*
2010: REVISTA ANÁLISE REGIONAL – repórter freelance.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">*
2010: FIEMA BRASIL – FEIRA INTERNACIONAL DE TECNOLOGIA PARA O MEIO AMBIENTE –
BENTO GONÇALVES: Assessoria de imprensa, cobertura do evento, produção de
releases, elaboração de textos para o site da Feira, assessoramento aos
jornalistas que acompanharam o evento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">*
2007 ~ 2008: INFORMATIVO AGCO FINANCE, jornalista responsável pela publicação
da unidade de negócios do Banco De Lage Landen Brasil, especializada em
agronegócios na rede de concessionárias da Massey Ferguson e da Valtra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">*
2003 – REVISTA CONEXÃO NEGRA, publicação da ONG Centro Ecumênico de Cultura
Negra (Cecune). Função: jornalista responsável.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">*
1994 – REVISTA GOOOL: edição, pautas e reportagem.</span></div>
<h1>
<u><span face=""bitstream vera sans" , "sans-serif"" style="font-size: 14pt; font-weight: normal;">FORMAÇÃO ACADÊMICA:<o:p></o:p></span></u></h1>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14pt;">Comunicação Social –
Habilitação em Jornalismo<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14pt;">Universidade Federal do Rio
Grande do Sul UFRGS <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14pt;">Faculdade de Bibliotecnomia e
Comunicação <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14pt;">Formado em agosto de 1994.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<h1>
<u><span face=""bitstream vera sans" , "sans-serif"" style="font-size: 14pt; font-weight: normal;">HABILIDADES:<o:p></o:p></span></u></h1>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14pt;">→ Redes Sociais<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14pt;">→ Redação<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14pt;">→ Fotografia<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14pt;">→ Locução<o:p></o:p></span></div>
<br />Gerson Brisolarahttp://www.blogger.com/profile/16679373284767977930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25497127.post-7622911761926157092018-09-04T10:14:00.002-03:002018-09-04T10:14:26.956-03:00A "sutil arte"...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
Estou bem propenso a ler esse livro*...<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhF-VigZUoRoy5EKS8O0ZCYKVzH3YuWA8jAlhSI-9PFr-dgFNTqws6QQAWJPtwCmrOi5KvNK7KbU_RHfo4x8lkPHPMvzjafEI1CQME0HyjPmo3UV0nPYTpfQgRgaLBYHTtx2kMa/s1600/arte-3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="627" data-original-width="940" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhF-VigZUoRoy5EKS8O0ZCYKVzH3YuWA8jAlhSI-9PFr-dgFNTqws6QQAWJPtwCmrOi5KvNK7KbU_RHfo4x8lkPHPMvzjafEI1CQME0HyjPmo3UV0nPYTpfQgRgaLBYHTtx2kMa/s320/arte-3.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
* O segundo livro mais vendido no Brasil nos meses de abril, maio e junho de 2018, de acordo com o ranking mensal do portal Publishnews.Gerson Brisolarahttp://www.blogger.com/profile/16679373284767977930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25497127.post-33997911950181166532018-09-03T00:30:00.000-03:002018-09-04T10:30:51.756-03:00Crônica de uma tragédia anunciada<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEga8ID8s30UVIKT-4x-hkncbXM1bEglCWAbawB8_JPlo_oBznM2X_oyzlT-0itvRSJ2ZYfMhMwxvQ6RNANdi5D9zNv4fy5srmzVFOFp1n5I55tV5m3iETg49-CrAUa4SyDxPetn/s1600/museu.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="385" data-original-width="640" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEga8ID8s30UVIKT-4x-hkncbXM1bEglCWAbawB8_JPlo_oBznM2X_oyzlT-0itvRSJ2ZYfMhMwxvQ6RNANdi5D9zNv4fy5srmzVFOFp1n5I55tV5m3iETg49-CrAUa4SyDxPetn/s400/museu.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 14pt; line-height: 115%;">Um país que queima literalmente a sua história.
Triste demais: sem educação, sem democracia e sem história. O gráfico do
orçamento para o <b>Museu Nacional</b>, no Rio de Janeiro,<b> </b> nos últimos anos (já fartamente
divulgado pela imprensa desde ontem), mostra claramente que o conhecimento não é
prioridade para o governo federal.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 14pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 14pt; line-height: 115%;">Todo aquele patrimônio adquirido desde os
tempos de D.Pedro II, destruído, incluindo as únicas múmias egípcias em um
museu na América Latina. Nem no Egito, havia tamanha relíquia egípcia. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Agora
vão ser só lembranças. O fogo que arrasou com o Museu Nacional e 200 anos da
nossa história é mais um reflexo do nosso descaso com a cultura. Nem os
partidos que se dizem “novidade” são diferentes nessa área. A cultura neste
país sempre foi considerada algo "menor", supérfluo, algo que não é
prioridade. O descaso destrói o patrimônio e a história de um povo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 14pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 14pt; line-height: 115%;">E nesse caso do Museu Nacional, onde o fogo
lambeu todo um relicário da nossa história, infelizmente, temos que parafrasear
um samba antigo, dos compositores Bide e Marçal, cujos versos diziam: “agora é
cinza, tudo acabado e nada mais”.<i><o:p></o:p></i></span></div>
<br /><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtG_Cvr6tvwWBKR-qLQHtDpL9KDES79UOSYf8d4YHMcP89o7LF6k0zJf2KWm6wQv7EN4DNmYvI1X1t4srK-seaWp8QbN7F3MdqGsznSB43B4wAGz1RIyVXCxIRUFOpgX93ZcJ-/s1600/museu2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="576" data-original-width="1024" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtG_Cvr6tvwWBKR-qLQHtDpL9KDES79UOSYf8d4YHMcP89o7LF6k0zJf2KWm6wQv7EN4DNmYvI1X1t4srK-seaWp8QbN7F3MdqGsznSB43B4wAGz1RIyVXCxIRUFOpgX93ZcJ-/s400/museu2.jpg" width="400" /></a></div>
<br />Gerson Brisolarahttp://www.blogger.com/profile/16679373284767977930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25497127.post-58459685417310086012015-11-20T20:08:00.000-02:002015-11-21T20:09:34.972-02:00Dia da Consciência Negra<span data-ft="{"tn":"K"}">Se
existe um <b>dia da consciência negra</b>, um dia da mulher ou um dia do
índio, é porque, como diria Caetano, "alguma coisa está fora da ordem",
algo está muito errado.</span><br />
<span data-ft="{"tn":"K"}"><br /></span>
<span data-ft="{"tn":"K"}">Acho impressionante quando vejo pessoas quererem ainda desqualificar o dia 20 de novembro, data escolhida pelos movimentos negros para exaltarmos a afrodescendência e referendarmos a unidade de luta pela liberdade de informação, manifestação religiosa e cultural. Consciência negra é buscar maior participação e cidadania para os afro-brasileiros e dizer não ao racismo, à discriminação e ao preconceito racial.</span><br />
<span data-ft="{"tn":"K"}"><br /></span>
<span data-ft="{"tn":"K"}">Muitos racistas tentam se opor ao 20 de novembro e todo esse ativismo por uma consciência dos afro-brasileiros. São muito bonitas frases como "alma não tem cor" ou "todos somos
iguais" ou, ainda, "precisamos de uma consciência humana". Isso qualquer um sabe ou
deveria saber. </span>No entanto, esse discurso é muito cômodo para quem não é atingido por
overdoses maciças e cotidianas de preconceito, discriminação, ódio e intolerância.<br />
<br />
E
dê-lhe exigir boa aparência para o candidato a uma vaga de emprego, ser
contra as cotas, destruir terreiros, escorraçar imigrantes e refugiados
africanos e caribenhos, perseguir candidatas negras em concursos de
beleza, chamar desportistas de macacos, postar comentários raivosos sobre famosos nas redes sociais, se recusar a ser atendido por comerciantes negros, expulsar crianças negras de lojas de grife, exterminar jovens negros, dar tiros durante uma passeata de mulheres negras, entre outras situações injuriosas.<br />
<br />
Se existe um dia de consciência
negra não é porque queremos, e sim, porque se faz necessário.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbViIT5WkIwar_EIgWp_hJQ23-QQ1AQObsKP1eeG4dgBTtOwG9kjclOmi84hVN6b3RajN2yGX71mlJKRp5mknvlhk4yOM-0fdSRNeuOc8omt8-IOPVgpHYEoiyRF-MoCPu3bT4/s1600/Black_Conscience_Day_by_Latuff2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="284" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbViIT5WkIwar_EIgWp_hJQ23-QQ1AQObsKP1eeG4dgBTtOwG9kjclOmi84hVN6b3RajN2yGX71mlJKRp5mknvlhk4yOM-0fdSRNeuOc8omt8-IOPVgpHYEoiyRF-MoCPu3bT4/s320/Black_Conscience_Day_by_Latuff2.jpg" width="320" /></a></div>
<br />Gerson Brisolarahttp://www.blogger.com/profile/16679373284767977930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25497127.post-47876573193723095782015-06-03T13:22:00.000-03:002015-06-13T01:42:14.965-03:00Cotas...já deu!!!E o programa Encontro, da Fátima Bernardes, volta a discutir o manjado e batido tema das "cotas"...<br />
<br />
Sério, não aguento mais esses papinhos. Esse debate sobre cota já "deu". As cotas - ou políticas de ações afirmativas - existem, quer se gostem delas ou não, e continuarão a ser implementadas (afinal, como dizia um samba da Beija-Flor, "a liberdade já raiou, mas a igualdade não") e não há mais possibilidade de retrocesso. Ponto.<br />
<br />
Aí fala-se na questão do mérito. Mérito? É um discurso bonito e até comovente, mas... no Brasil, ninguém ascende socialmente sozinho, somente pelos próprios méritos. Se não tiver uma estrutura econômica básica, família organizada, relacionamentos, o máximo que se chega é até o meio do caminho. Quer estudar medicina mas só chega a auxiliar de enfermagem; quer ser economista mas acaba sendo técnico de contabilidade... Aqui é assim.<br />
<br />
E o mais engraçado é que tem cota pra tanta coisa (vaga para mulheres em partido político para concorrer em eleição; vaga para deficiente em concurso público e transporte coletivo; vaga para filho de militar em escola militar), mas quando se quer promover a igualdade de oportunidade para afrodescendentes, aí as cotas passam a ser "sociais", que até podem resolver o problema do POBRE, mas não resolvem a questão do NEGRO. Impressionante como o negro no Brasil ainda é visto como um "problema".<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1noQJLyUPjVe-immY9cSCtrZrhe9jTg_jlgnic1Fil89Bda7N6YBkNkKrpbjuC2Q4HtHnyNlzDt17aYuzJlx6BovLikQDNqC6Q-3FNML2Ioh2e_TPV9hNQ6YfIsi11BjSUhIq/s1600/Lei-Estadual-de-Cotas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="183" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1noQJLyUPjVe-immY9cSCtrZrhe9jTg_jlgnic1Fil89Bda7N6YBkNkKrpbjuC2Q4HtHnyNlzDt17aYuzJlx6BovLikQDNqC6Q-3FNML2Ioh2e_TPV9hNQ6YfIsi11BjSUhIq/s320/Lei-Estadual-de-Cotas.jpg" width="320" /></a>Gerson Brisolarahttp://www.blogger.com/profile/16679373284767977930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25497127.post-52479064637585091012014-09-05T01:54:00.000-03:002014-09-13T02:58:04.585-03:00Momento errado<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7X8V0pKnhyftUXDNsfoPe4NZl-HaHeisi25DA4R40Wy5Aa_dmIaL0_2u7gKqPrcytPtD2i59R9QX2dKiTJ0UFjQtT-FT4699OWTrrxi1XAHFgD6p1zVBPprSs1EDJlb3s4XwR/s1600/patricia_moreira.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7X8V0pKnhyftUXDNsfoPe4NZl-HaHeisi25DA4R40Wy5Aa_dmIaL0_2u7gKqPrcytPtD2i59R9QX2dKiTJ0UFjQtT-FT4699OWTrrxi1XAHFgD6p1zVBPprSs1EDJlb3s4XwR/s1600/patricia_moreira.jpg" height="238" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
O episódio da torcedora Patrícia Moreira, que foi flagrada pelas câmeras de televisão nas arquibancadas da Arena do Grêmio, proferindo ofensas racistas contra o goleiro Aranha, durante o jogo entre Grêmio e Santos, no dia 28 de agosto, válido pela Copa do Brasil, me lembra aqueles casos dos tempos de colégio em bancar o maria-vai-com-as-outras.<br />
<br />
O que aconteceu com a guria é bem o que ocorre diariamente nas salas de aula do país inteiro: se o Fulano está fazendo, vou fazer também... A turma está uma tremenda bagunça, o professor aparentemente perdeu o controle, os aluninhos fazendo a maior laúza, com gritos, assobios, lançamento de aviõezinhos e bolinhas de papel. Aí, um aluno que tira notas medianas e que não é do mal e nem bagunceiro, inventa de "ir na onda", dá um berro ou solta uma gracinha infeliz, pensando que seu ato ficaria encoberto naquele furdunço. Eis que magicamente o barulho cessa, o professor se vira e surpreende o bagunceiro pouca-prática, que é punido exemplarmente com a expulsão da sala ou até uma suspensão, e é avisado que só retornará à escola se estiver acompanhado do pai ou responsável.<br />
<br />
Não sou psicólogo, mas isso talvez algum profissional do ramo possa explicar melhor do que eu. A atitude de pessoas pacíficas muitas vezes são regidas pelo grupo no qual está inserido do que pelo indivíduo em si. Patricia xingou o goleiro de "macaco" porque “entrou na onda” da torcida, que já gritava a palavra depreciativa. Isso por si só não justifica as ofensas ditas pela moça durante a partida.<br />
<br />
O pecado dessa azarada torcedora, assim como o do estudante aprendiz de bagunceiro, foi "ter ido na onda" e abrir a boca no momento errado.Gerson Brisolarahttp://www.blogger.com/profile/16679373284767977930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25497127.post-34689307052981266972014-02-28T11:49:00.002-03:002014-02-28T16:18:08.060-03:00DICAS PARA QUEM DETESTA CARNAVAL<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKAf70TR00JdjrTxA66gpq8NKLs8sxEuIM4RxIKsVfoCAzOpeHR0tp7dyN2wauTNrMr9zHxSmxZQST0nhiF5mo_njnlteUbCu50hbXILPhyygXTZ8-fnPnHn3iOIMI4DAXIJcJ/s1600/nao_curto_carnaval.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKAf70TR00JdjrTxA66gpq8NKLs8sxEuIM4RxIKsVfoCAzOpeHR0tp7dyN2wauTNrMr9zHxSmxZQST0nhiF5mo_njnlteUbCu50hbXILPhyygXTZ8-fnPnHn3iOIMI4DAXIJcJ/s1600/nao_curto_carnaval.jpg" height="186" width="320" /></a><br />
<br />
Êba, é carnaval! Mas para mostrar que sou tolerante com os que detestam os dias de folia, consultei sites, jornais, rede de amigos e me inspirei em um texto de Luiz Antônio Simas e preparei uma lista de programas de índi...(ops!) dicas para quem quer “fugir do agito” (copiei a expressão de um conhecido jornal alegre-portense). Vejam como pode também ser divertido ficar alheio ao evento. Eis aí a lista com “ótemas” opções para quem não é chegado no ziriguidum:<br />
<br />
1- <b>Rebanhão</b>. Ah, uns com fé demais e outros com fé de menos... Neguim passa o ano inteiro maldizendo, malfalando, praguejando, xingando a esposa, traindo o marido e batendo nos filhos e aproveita justamente o carnaval para expiar os pecados no retiro espiritual. Mas já que é assim, que se aproveite o tríduo momesco para orar, entoar cânticos de louvor e ouvir a Palavra. E na quarta-feira de Cinzas, volta tudo como era antes no quartel de Abrantes: maldizer, praguejar, xingar a esposa, trair o marido, bater nas crianças...<br />
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2- <b>Maratona em mostra cinematográfica</b>. O nome dessas mostras geralmente é muito criativo: Fugindo do Carnaval (genial!). Enquanto eu estiver me preparando para assistir meus Imperadores do Samba e entoar o bonito samba dos Acadêmicos de Gravataí, o sujeito pode assistir a filmes dos mais conhecidos diretores da vanguarda cinematográfica sul-coreana, responsáveis por obras altamente experimentais, privilegiando o ritmo pausado, o forte conteúdo visual muitas vezes sangrento, o parcimonioso uso do diálogo e a ênfase em elementos criminais ou marginais da sociedade.<br />
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3 – Se você for amante das <b>artes</b>, vale a pena conferir a exposição A Bela Morte – Confrontos com a Natureza-Morta no Século XXI, no Margs. A ideia é mostrar um olhar atualizado sobre a natureza-morta, a arte de representar frutas e outros objetos inanimados. Tão emocionante quanto o grito de guerra do puxador Alexandre Belo.<br />
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4- Quer paz, sossego, e ficar longe de gente suada se esfregando no salão? Seus problemas acabaram, amigão/amigona! Passe o tríduo momesco na Cidade dos Pés Juntos, o famoso cemitério! E curta o melhor da <b>arte cemiterial</b> da nossa cidade. Você pode visitar o túmulo do Teixeirinha no Cemitério da Santa Casa. Indico também ir ao São Miguel e Almas, visitar o mausoléu da família Mathias Velho, onde anjos abrem o túmulo de Cristo diante de um romano espantado. O monumento é um dos melhores exemplos de arte funerária de Porto Alegre. O Jardim da Paz, na Lomba do Pinheiro, é considerado o mais belo “cemitério-parque” do Brasil, tem clima bucólico e não se escuta qualquer baticum.<br />
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5- <b>Maratona do descarrego nas unidades da Igreja Universal do Reino de Deus</b>. Durante quatro dias pastores realizarão exorcismos e descarregos em tempo integral. A igreja promete encerrar o evento com a realização do ritual da fogueira santa de Israel, onde os bilhetes com pedidos dos devotos arderão na pira do Leão de Judá. Promete ser mais animado que o desfile da Imperatriz Leopoldense sobre a China.<br />
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6- <b>Apreciar as belezas naturais da nossa cidade</b>. Eis um programa tremendamente interessante para os que detestam o tríduo. Levantar às cinco horas da manhã para fazer caminhadas ecológicas, trilhas e trekkings, com oportunidade de integração entre os colegas e a realização de um piquenique comunitário. Deve ser tremendamente divertido, sobretudo se chover.<br />
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7- <b>Festas, raves, bailinhos, baladas ou o raio-que-o-parta</b>. Em plena sexta-feira, véspera de carnaval, uma “baita festa” vai acontecer em boate na Cidade Baixa, programa ideal para os descolados de plantão, com direito a muito som indie, funk, soul. Tem outra festa, no mesmo bairro, cujo nome já diz tudo: <i>I Hate Carnaval</i>. É o programa mais indicado para rapazes frescos e jovens lésbicas intelectualizadas.<br />
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8- <b>Camarotes </b>vip no Complexo Cultural Porto Seco e das cervejarias na Marquês de Sapucaí; sempre repletos de subcelebridades, gente bem e personalidades (oi?) do meio político. É, sem a menor dúvida, o melhor programa para quem de fato detesta carnaval.<br />
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Depois dessas dicas que provam, repito, minha compreensão em relação aos não carnavalescos, abrirei a primeira gelada do dia, pedirei axé aos meus guias, licença ao povo da rua (que não sou besta), e declararei aberto o meu Carnaval.<br />
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Evoé!Gerson Brisolarahttp://www.blogger.com/profile/16679373284767977930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25497127.post-67798337080051289822014-01-03T14:49:00.003-02:002014-01-03T14:49:32.534-02:00As sociedades negras, por Antônio Carlos Côrtes<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Fui citado pelo eminente advogado e radialista Dr. <b>Antônio Carlos Côrtes</b> em seu artigo "<b>As sociedades negras</b>", publicado no Jornal do Comércio, no dia 30.12.2013, o que muito me honra. O Dr. Côrtes só exagerou ao falar que eu ensino. Na verdade, só repassei um conhecimento que me foi fornecido pelos nossos Mais Velhos. Quem tiver o desejo de conferir, aí vai <a href="http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=150295" target="_blank">o link do artigo</a>. Obrigado, Dr Côrtes.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfw_wwshGNXY0pdkMEtfOLWTOHBqNVxdkmzjJJK72iXvl2IIedCVKOy-sKO6Y_YB8KX8PEEZJlCfJcNI4vpJXu9FliimEJ7ltOzY5SYtxIrKLwxwZa5OF0QfGv40EtqB9KHKBC/s1600/cortes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfw_wwshGNXY0pdkMEtfOLWTOHBqNVxdkmzjJJK72iXvl2IIedCVKOy-sKO6Y_YB8KX8PEEZJlCfJcNI4vpJXu9FliimEJ7ltOzY5SYtxIrKLwxwZa5OF0QfGv40EtqB9KHKBC/s320/cortes.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"><br /></span>
<h1 style="color: #293e93; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 24px; margin: 0px 0px 6px;">
As sociedades negras</h1>
<div class="txt_descricao" style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif !important; font-size: 12px; line-height: 16px !important;">
<br /></div>
<div class="txt_descricao" style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif !important; font-size: 12px; line-height: 16px !important;">
Antônio Carlos Côrtes</div>
<div id="texto_noticias" style="color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 19px; margin-bottom: 15px; padding-right: 10px; text-align: justify;">
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“O 13 de maio nada representa para a raça negra” (Alceu Collares, no livro Nós, os afro-gaúchos). A Sociedade Floresta Aurora foi fundada em 31 de dezembro de 1872 por negros que lutaram e conquistaram alforria, daí a expressão “forros”. Seu caráter beneficente foi causa primeira. Ajudar famílias negras a pagar enterros dos parentes bem como prestar assistência material, moral e espiritual. Os sócios, na maioria operários, eram moradores nos bairros Menino Deus, Bom Fim e Rio Branco. O jornal A Federação registra que em 1918 o nome oficial era Sociedade de Dança e Beneficência Floresta Aurora. Em 25 de setembro de 1961, alterou o nome para Sociedade Beneficente Cultural Floresta Aurora. Presentemente, ao completar 141 anos, é proprietária de aprazível sede na estrada Afonso Lourenço Mariante, 437/489, no bairro Belém Velho em Porto Alegre. É a sociedade negra mais antiga do Estado. É exemplo que os clubes sociais negros são lugares de memória, resistência na preservação, apreciação e valorização da cultura. </div>
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Espaços culturais no compasso dos sons, na métrica dos saberes para as sociedades negras. Lembrando Gilberto Gil: a Bahia já me deu régua e compasso. Logo, posso medir meus passos em laços que abraçam todas as sociedades negras. Se o RS possui mais de 50 clubes sociais negros, ninguém tem dúvida. Lugares, memórias, resistências são patrimônio imaterial comportando desde logo análise, eis que, via de regra, estão ativos e presentes. A existência da Floresta Aurora é o reconhecimento do valor cultural do bem, que transforma em patrimônio imaterial a cultura negra. </div>
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O jornalista Gerson Brisolara ensina: os índios do Xingu dizem que nos troncos de árvores moram, encantados e perpetuados, os espíritos de seus ancestrais. Quando o terreiro de batuque ou candomblé é criado, planta-se no solo o axé da casa, que perpetuará naquele local o acúmulo de saberes que a ancestralidade proporciona à comunidade. Negros e índios sabem que a experiência está fincada em certos locais, sacralizados pelo que foi vivido ali. </div>
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Abater clubes negros, sociedades e escolas de samba é, portanto, matar o axé, derrubar os troncos das árvores sagradas, é quebrar o elo de ancestralidade que faz a vida em comunidade ser possível. A longevidade da Sociedade Floresta Aurora é a prova de que a luta para preservar sociedades negras é possível.</div>
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<i>Advogado</i></div>
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Gerson Brisolarahttp://www.blogger.com/profile/16679373284767977930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25497127.post-81968100156268394512012-12-13T11:04:00.001-02:002012-12-13T11:05:22.631-02:00Rir, assim falou Patch Adams<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 17px; text-align: start;">"Rir não é o melhor remédio. A amizade é. O riso é apenas uma graxa que lubrifica as relações." (Hunter Doherty 'Patch' Adams, em palestra no Hospital da PUC, em Porto Algre (12.12.2012).</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAD9kgwNnDSQM2C8G70t2NQuDi387r-ryq5kaHqZpHh4edV8tMkz7GwkP0B3M1IrxUAG5Pl7XATyKu5qHOfU4Ml04BQb-7MhpxQCacyuW01-nslgBWq2yqVSWh1Pl3FpbrsUFV/s1600/patch_adams_100.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="230" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAD9kgwNnDSQM2C8G70t2NQuDi387r-ryq5kaHqZpHh4edV8tMkz7GwkP0B3M1IrxUAG5Pl7XATyKu5qHOfU4Ml04BQb-7MhpxQCacyuW01-nslgBWq2yqVSWh1Pl3FpbrsUFV/s320/patch_adams_100.jpg" width="320" /></a></div>
<br />Gerson Brisolarahttp://www.blogger.com/profile/16679373284767977930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25497127.post-50933785691675181722012-11-20T21:31:00.000-02:002012-11-20T21:35:56.537-02:00A tal da "Consciência Negra"...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQv2Tf7CS1ILROX-kYkFupz4zW7TB3E9lMz3wtDAMr5sF2Mp2XeVbmV_RolWUCDAcWs3Fe4mhkd_0qCXVE7oFe3BBJpcqfHn6IYpxFg7HLVhSGDB6u4kZ4kLEEztocqHj0SfZP/s1600/consciencia_negra_zumbi.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="111" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQv2Tf7CS1ILROX-kYkFupz4zW7TB3E9lMz3wtDAMr5sF2Mp2XeVbmV_RolWUCDAcWs3Fe4mhkd_0qCXVE7oFe3BBJpcqfHn6IYpxFg7HLVhSGDB6u4kZ4kLEEztocqHj0SfZP/s320/consciencia_negra_zumbi.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px;"><br /></span>
<span style="color: #333333; font-family: inherit;"><span style="line-height: 14px;">Quando te disserem que você quer dividir o Brasil em “pretos” e “brancos”, mostre que essa divisão sempre existiu. Se insistirem na acusação, mostre que, neste país, 124 anos após a Abolição, em todas as instâncias, o Poder é sempre branco. Até mesmo como técnicos de futebol ou carnavalescos de escolas de samba, os negros só aparecem como exceção. </span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: inherit;"><span style="line-height: 14px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: inherit;"><span style="line-height: 14px;">Quando te disserem que o Brasil é um país mestiço, concorde. Mas ressalve que essa mestiçagem só ocorre, com naturalidade, na base da pirâmide social, e nunca nas altas esferas do Poder.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: inherit;"><span style="line-height: 14px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: inherit;"><span style="line-height: 14px;">Quando te jogarem na cara a afirmação de que a África também teve escravidão, ensine a eles a diferença entre “servidão” e “cativeiro”. Mostre que a escravidão tradicional africana tinha as mesmas características da instituição em outras partes do mundo, principalmente numa época em que essa era a forma usual de exploração da força de trabalho. O bom escravo podia casar na família do seu senhor, e até tornar-se herdeiro. E assim, se, por exemplo, no século XVII, Zumbi dos Palmares teve escravos, como parece certo, foi exatamente dentro desse contexto histórico e social.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: inherit;"><span style="line-height: 14px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: inherit;"><span style="line-height: 14px;">Se ainda insistirem, responda que embora africanos também tenham vendido africanos como escravos, a África não ganhou nada com o escravismo, muito pelo contrário. Mas a Europa, esta sim, deu o seu grande salto, assumindo o protagonismo mundial, graças ao capital que acumulou com a escravidão africana.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: inherit;"><span style="line-height: 14px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: inherit;"><span style="line-height: 14px;">Quando, de dedo em riste, te disserem que cotas raciais são uma forma de preconceito e que o certo seriam "cotas sociais", responda que praticamente todos os segmentos sociais já foram beneficiados com cotas: filhos de fazendeiros, militares, mulheres, idosos, deficientes físicos, etc. Depois questione ao seu interlocutor a razão pela qual quando o afro-descendente reivindica a sua ação afirmativa esta lhes é negada.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: inherit;"><span style="line-height: 14px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: inherit;"><span style="line-height: 14px;">Quando te questionarem por que consciência negra, "se não há uma consciência branca, judia, nipônica, selenita, helênica, marciana", tenha a pachorra de responder que - parafraseando Leopold Senghor – não é racismo ou complexo de inferioridade e, sim, um anseio legitimo de expansão e crescimento. Não é separatismo, segregacionismo, ressentimento, ódio ou desprezo pelos outros grupos que constituem a Nação brasileira.</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: inherit;"><span style="line-height: 14px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: inherit;"><span style="line-height: 14px;">Consciência Negra somos nós, em nossa real dimensão de seres humanos, sabendo claramente o que somos, de onde viemos e para onde vamos, interagindo, de igual pra igual, com todos os outros seres humanos, em busca de um futuro de força, paz, estabilidade e desenvolvimento. Fui claro?</span></span><br />
<span style="color: #333333; font-family: inherit;"><span style="line-height: 14px;"><br /></span></span>
<span style="color: #333333; font-family: inherit;"><span style="line-height: 14px;"><i>Meu muito obrigado a Nei Lopes e ao Comitê Científico Internacional da UNESCO para Redação da História Geral da África.</i></span></span><br />
Gerson Brisolarahttp://www.blogger.com/profile/16679373284767977930noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-25497127.post-68844630046090428392012-09-17T14:17:00.002-03:002012-09-17T14:19:15.888-03:00Lanceiros Negros<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgH-c_wE3SdmTEjMyYIy6a5zUZqQGs982SiMjFB9tP-L-6dhRlx429ZrEhyphenhyphennWHqYHHf2WVjmZ0rQEJR2SaACYN3HzlNGlehhZ68peQPesnXtyffidXRRFOv_yeKkNIOdsG9gni-/s1600/lanceiros_negros.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgH-c_wE3SdmTEjMyYIy6a5zUZqQGs982SiMjFB9tP-L-6dhRlx429ZrEhyphenhyphennWHqYHHf2WVjmZ0rQEJR2SaACYN3HzlNGlehhZ68peQPesnXtyffidXRRFOv_yeKkNIOdsG9gni-/s320/lanceiros_negros.jpg" width="257" /></a></div>
<br />
Nesta semana em que se comemora a "epopéia farrapa", na verdade, uma guerra que foi perdida, uma homenagem a heróis anônimos da história: os lanceiros negros, escravos que lutaram como leões na Guerra dos Farrapos e que tiveram a esperança de conquistarem a liberdade.<br />
<br />
Com o término da guerra, os militares nas suas respectivas patentes não tinham mais o que fazer com os negros. Davi Canabarro deu ordem de desarmar os lanceiros, que foram atacados, desarmados e chacinados no chamado Massacre de Porongos, localidade próxima ao município de Pinheiro Machado (RS). Vítimas desta terrível traição, passaram a ser também Mártires do Brasil .<br />
<br />
E agora, deixo com vocês este comovente poema de Azuir Filho.<br />
<br />
<b>LANCEIROS NEGROS</b><br />
<br />
<br />
Um mundo todo Cristão, Negro e Índio escravizados.<br />
Cristão que não é irmão, dos humanos expropriados.<br />
Contra modos tranqueiros, impedindo a felicidade.<br />
Os Heróis Negros Lanceiros, e o preço da liberdade.<br />
<br />
O Império explorador, costume racista e escravista.<br />
Das relações sem amor, só pelo lucro desumanista.<br />
Mais juntam companheiros, a combater a iniqüidade.<br />
Os Heróis Negros Lanceiros, e o preço da liberdade.<br />
<br />
Piratini transformação, Corpo da Guarda Nacional.<br />
Em tão importante atuação, na Vitória de Seival.<br />
Farroupilha o bom cavaleiro, elevado na probidade.<br />
Os Heróis Negros Lanceiros, e o preço da liberdade.<br />
<br />
Do herói destemido, o Corpo de Lanceiros Negros.<br />
Pra Piratini constituido, os combatentes sem medo.<br />
Nossos dignos Brasileiros, lutando pela igualdade.<br />
Os Heróis Negros Lanceiros, e o preço da liberdade.<br />
<br />
Negros Livres e libertados, de guerra e revolução.<br />
Tão valorosos e preparados, capazes para a decisão.<br />
Corajosos e altaneiros, pro bem de toda Sociedade.<br />
Os Heróis Negros Lanceiros, e o preço da liberdade.<br />
<br />
Corpo Negro recrutado, Herval, Pelotas até o Pirai.<br />
Bagé, e Pinheiro Machado, Pedro Osório e Piratini.<br />
Era o povo Brasileiro, na construção da igualdade.<br />
Os Heróis Negros Lanceiros, e o preço da liberdade.<br />
<br />
Combatentes de Cavalaria, toda garra e disposição.<br />
Consciência e cidadania, pra todos a emancipação.<br />
Nos ideais verdadeiros, com Cristo em irmandade.<br />
Os Heróis Negros Lanceiros, e o preço da liberdade.<br />
<br />
Lutadores da Liberdade, por sí e a cada um de cor.<br />
Com grande habilidade, o peito aberto ao destemor.<br />
Haviam os Super Traçoeiros, contra a Africanidade.<br />
Os Heróis Negros Lanceiros, e o preço da liberdade.<br />
<br />
Em Laguna na Expedição, Davi Canabarro chefiando.<br />
Garibaldi e Anita na ação, lanças longas asseguarndo.<br />
Como Anjos e companheiros, honrando a irmandade.<br />
Os Heróis Negros Lanceiros, e o preço da liberdade.<br />
<br />
Vanguarda do que avança, e retaguarda da retirada.<br />
Uma tropa de esperança, verdadeiramente sagrada.<br />
Sempre dedicado e ordeiro, na total confiabilidade.<br />
Os Heróis Negros Lanceiros, e o preço da liberdade.<br />
<br />
Farrapos foi diferente, de toda revolta e insurreição.<br />
Tinha o Negro e toda gente, e prometeram abolição.<br />
Honra de Cavalheiros, diante de Deus e eternidade.<br />
Os Heróis Negros Lanceiros, e o preço da liberdade.<br />
<br />
Decisivo papel na Vitória, contra a força Imperial.<br />
Lanceiros estão na glória, Juntos na luta de Seival.<br />
O Lutar mais derradeiro, o tempo todo honestidade.<br />
Os Heróis Negros Lanceiros, e o preço da liberdade.<br />
<br />
É Contribuição de fato, na vitória e proclamação.<br />
O Gaúcho Negro e Mulato, construindo a abolição.<br />
Lutadores companheiros, com alforria de finalidade.<br />
Os Heróis Negros Lanceiros, e o preço da liberdade.<br />
<br />
Lanceiros negros memorial, pra orgulho e reflexão.<br />
O Povo e sua paixão divinal, atingindo a comunhão.<br />
Maravilhosos e obreiros, são heróis da humanidade.<br />
Os Heróis Negros Lanceiros, e o preço da liberdade.<br />
<br />
O maior nojo e vil escarro, tem a infame maldição.<br />
Caxias e Davi Canabarro, responsáveis da traição.<br />
Pos Cristo nos Cruzeiros, tal Judas da venalidade.<br />
Os Heróis Negros Lanceiros, e o preço da liberdade.<br />
<br />
A Mente humana dá medo, sua capacidade de traição.<br />
O que fazer com negro, num Império de escravidão.<br />
O acordo foi lameiro, e enlameou a nacionalidade.<br />
Os Heróis Negros Lanceiros, e o preço da liberdade.<br />
<br />
E Canabarro ordenou, lanceiros foram desarmados.<br />
14 de novembro chegou, com Lanceiros Chacinados.<br />
Deus e Jesus de olheiros, a ver a falsa Cristandade.<br />
Os Heróis Negros Lanceiros, e o preço da liberdade.<br />
<br />
<br />
<br />Gerson Brisolarahttp://www.blogger.com/profile/16679373284767977930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25497127.post-34378597858724337482011-11-20T22:56:00.006-02:002011-11-22T13:33:50.849-02:00Dom Gílio recebe o Troféu Zumbi/2011<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJLxZwOklc_68Dh2DJddHRhe2nNXl6aIQ8-6uQD29C9rjLRnwBLAtRFKHvDN7MrJkCqNGje19KSApxmmEOItlZgoodCXuO3w0rJiPO-G1IWBQ-fHk88C6tmT2ZDZkiGd7xXrS7/s1600/Dom__Gilio_001.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 214px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5677589402967148322" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJLxZwOklc_68Dh2DJddHRhe2nNXl6aIQ8-6uQD29C9rjLRnwBLAtRFKHvDN7MrJkCqNGje19KSApxmmEOItlZgoodCXuO3w0rJiPO-G1IWBQ-fHk88C6tmT2ZDZkiGd7xXrS7/s320/Dom__Gilio_001.jpg" /></a><em>Dom Gílio Felício (dir) recebendo o Troféu Zumbi do presidente da Associação Satélite-Prontidão, Nilo Feijó. </em><br /><em>Foto: Divulgação/ASP</em><br /><br /><br /><br /><div>O amigo e confrade Antonio Carlos Côrtes enviou este texto em função da cerimônia de entrega do Troféu Zumbi ao bispo <strong>Dom Gílio Felício</strong>, na Associação Satélite-Prontidão, em Porto Alegre, no dia 20 de novembro, quando se celebra o Dia da Consciência Negra. Estive envolvido em dois concursos e infelizmente não pude participar, mas coloco à disposição o Blog du Brisa para fazer o registro da merecidíssima homenagem.</div><br />.............................................................<br /><br />O bispo Dom Gílio Felício, da Diocese de Bagé, recebeu na noite deste domingo, 20, o Troféu Zumbi. Promovida pela Associação Satélite-Prontidão, a homenagem tem o objetivo de reverenciar as pessoas que têm lutado pela valorização da cultura dos negros na sociedade brasileira.<br /><br />Conforme a professora Vera Triumpho, na saudação ao homenageado, “Dom Gílio tem sido um herói para o povo negro, pois, com o poder que possui como uma autoridade religiosa, consegue realizar ações para qualificar a comunidade negra.”<br /><br /><strong>O homenageado</strong><br /><br />Nascido no município de Sério (RS), Dom Gílio é o único bispo negro do Estado do Rio Grande do Sul. Sua ordenação como padre ocorreu em 1978, e a indicação como bispo foi em 1998, pelo então Papa João Paulo II. Ganhou notoriedade na cidade de Santa Cruz do Sul por celebrar missas usando coloridos trajes africanos e por dançar com os fiéis. No ofertório, incluía pipoca, frutas, pão caseiro e instrumentos de trabalho que lembravam a época da escravidão. “O povo precisa, quer e merece ser respeitado por seus valores culturais, sociais e religiosos, pois enriquece a Igreja e o mundo”, ressaltou ele.<br /><br />Dom Gílio ressaltou, também, a necessidade de se dar atenção ao Continente Africano. “A África grita por ajuda, e temos que cooperar para que haja vida em abundância para cada um e todos, pois este é o objetivo da Igreja”, salientou Dom Gílio. Ainda segundo ele, “a maioria dos negros está à margem do festim da vida”, e precisamos mudar essa situação. Na mesma noite, a Associação prestou homenagem póstuma ao maestro Manoel Luiz Mota Dias, cidadão emérito de Porto Alegre (2004).<br /><br />Participaram do evento na nova sede da Associação, na Rua Alberto Rangel, 528, Parque dos Maias, o presidente da entidade, Nilo Alberto Feijó, a coordenação do Gabinete de Políticas Públicas para o Povo Negro de Porto Alegre, representantes dos clubes Farrapos e Teresópolis Tênis Clube e demais convidados.Gerson Brisolarahttp://www.blogger.com/profile/16679373284767977930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25497127.post-90156915721341710942011-10-27T21:50:00.004-02:002011-10-27T21:56:06.741-02:00Trick or treat?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi182-mTP1O9MrUhKh6c5vqjYK1bktFcAJ5-yQ_b2BNpweB6O84aL8o0YZjsh8yK8pfvN3wXAnfl5dNa3suvpZ7w2fbtXIKff70xynb1m-hWF-G9hEekCOIxCxOExYc7nz8EhWb/s1600/cosme-damiao.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 266px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5668324494195216594" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi182-mTP1O9MrUhKh6c5vqjYK1bktFcAJ5-yQ_b2BNpweB6O84aL8o0YZjsh8yK8pfvN3wXAnfl5dNa3suvpZ7w2fbtXIKff70xynb1m-hWF-G9hEekCOIxCxOExYc7nz8EhWb/s320/cosme-damiao.jpg" /></a> <br /><div></div><br /><br /><div>Hoje observei que o nosso país segue não fazendo nada para deixar de ser um arremedo de quinta categoria dos irmãos do Norte. As crianças do meu condomínio passaram o dia brincando de <strong>Halloween</strong> e batendo nas portas dos apartamentos gritando "DOCES OU TRAVESSURAS?". Eu, que tenho o coração mole que nem manteiga, doei minha barra de Alpino àqueles erezinhos.</div><br />Mas, depois, o Brisa lembrou dos tempos de sua tenra idade quando as crianças se divertiam recebendo balas e guloseimas no dia 27 de setembro, dia de <strong>São Cosme e São Damião</strong>, festa brazuca que é mto mais legal do que a tal celebração aculturada de bruxinhas e abóboras demoníacas.<br /><br /><br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHlLhjYlwA-QuDu9QRP8uz4YqWN5AA80Dg4WnrVMGmzenYDQsk5yjKrql-9CbKZhvM0XFZ97ZEoSZNUk5SNze3Lbo2DAN6aEwMU0YcQwGF49gqer9VkXHV1pRXGqGb_l9YDJ7O/s1600/halloween.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5668324268427949458" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHlLhjYlwA-QuDu9QRP8uz4YqWN5AA80Dg4WnrVMGmzenYDQsk5yjKrql-9CbKZhvM0XFZ97ZEoSZNUk5SNze3Lbo2DAN6aEwMU0YcQwGF49gqer9VkXHV1pRXGqGb_l9YDJ7O/s320/halloween.jpg" /></a>Gerson Brisolarahttp://www.blogger.com/profile/16679373284767977930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25497127.post-62342754285862348612011-10-02T14:30:00.006-03:002011-10-05T16:12:01.670-03:00O barulho do Seu Cláudio<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZSJl-7ls6FehD2SQ-Ws2yQ3tLMqYjesohr5hD94GEuC3g9wbPCTgcmV3Os1FaY6V7aSLaYLr1qb2mPRMb1RZrO0VSxkgeXsiCu-N7b4uEXskC0NzCcEwWwlydCaROillY1AkF/s1600/CARTAZ+CD.gif"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5660061789226563794" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZSJl-7ls6FehD2SQ-Ws2yQ3tLMqYjesohr5hD94GEuC3g9wbPCTgcmV3Os1FaY6V7aSLaYLr1qb2mPRMb1RZrO0VSxkgeXsiCu-N7b4uEXskC0NzCcEwWwlydCaROillY1AkF/s320/CARTAZ+CD.gif" /></a><br />Cláudio Custódio dos Santos é um dos nomes seminais do samba porto-alegrense. Dono de uma voz de timbre agradável caracterizado por uma maciez vocal, o popular <strong>Cláudio Barulho</strong> fez história cantando na noite e no carnaval da Capital.<br /><br />Na noite, cantou em todos os bares famosos da cidade: Gente da Noite, Pandeiro de Prata, Casa de Samba Evolução, Carinhoso, etc. No carnaval, nos últimos 30 anos, deteve o microfone número 1 de várias agremiações: Restinga, Imperadores do Samba, Império da Zona Norte, Figueira, Praiana, Embaixadores do Ritmo, só para citar algumas. Antes disso, no início da década de 1970, o talentoso negãozinho e praça do Exército exercitava seus dotes artísticos e instrumentais na banda de música do antigo 18º Regimento de Infantaria Motorizada (na avenida Bento Gonçalves, onde hoje está o TecnoPuc).<br /><br />E agora, finalmente, o músico lança seu primeiro CD, <em>Cantar samba é...</em>, cujo show de lançamento acontece na terça-feira, dia 4, no Teatro da Cia das Artes. Ainda não escutei o disco, mas com certeza, o repertório deve estar recheado de pagodes pegados e sambas dolentes, daqueles que só o Barulho sabe cantar. O show será gravado por uma equipe da TVE/Canal 7 e será exibido no programa Palcos da Vida a partir do dia 15 de outubro.<br /><br />Ah, e para quem for ao show e adquirir o CD, fica a dica: o que o Cláudio faz, é música de qualidade. Não tem nada a ver com uns "barulhos" que se ouvem por aí.Gerson Brisolarahttp://www.blogger.com/profile/16679373284767977930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25497127.post-91828396096830349972011-02-16T00:04:00.004-02:002011-02-16T01:22:10.496-02:00O pierrô está de volta<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKvfT60MrFTjENU4EWXaLot8N_4T2W_qhjo9Wq732tWrOBtGby4Az12bJGyfRMJ4G8skC3vNG3_usDmIiEpd8HN4tM9mGvQ9y8mAY4IQVnes0CuGfHVFqElkR3Q-kETg1UrHZY/s1600/pierrot.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 247px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5574102760962440434" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKvfT60MrFTjENU4EWXaLot8N_4T2W_qhjo9Wq732tWrOBtGby4Az12bJGyfRMJ4G8skC3vNG3_usDmIiEpd8HN4tM9mGvQ9y8mAY4IQVnes0CuGfHVFqElkR3Q-kETg1UrHZY/s320/pierrot.jpg" /></a> O Pierrô está de volta. É que ele andou bancando o cafa por uns tempos. Novamente solteiro, o pierrô resolveu deixar de lado o alaúde e parou de cantar para sua amada lua. Achou que aquela lágrima pintada que escorria-lhe pelo olhos era muito baixo astral e que não combinava com a sua nova postura. Não quero ser Robert Smith, porra! Qual mulher iria prestar atenção num cara desses? Ainda mais a Colombina? Sem chance...<br /><br />E o pierrô resolveu cafajestear, afinal, a situação faz o cafajeste. Nunca viu tanta mulher solteira e "dando banda" na night. Marcou encontro com solteiras em sites de relacionamentos. Adicionou gente pra dedéu nas redes sociais. Foi apresentado às amigas encalhadas de outras amigas igualmente encalhadas. Contou muitas verdades e meias-verdades. Mas também mentiu muito, afinal, uma boa conversa entre amigos e/ou pretensoso amantes só é boa se regada a boas doses de risadas e de mentiras. Nem que seja de mentiras sinceras. E estas, me interessam...<br /><br />O pierrô estava que era um poço de romantismo. Distribuía carinhos despudoradamente em todos os cantos por que passava. Atiçou a curiosidade de mulheres mais velhas, despertou o interesse por mulheres de sua geração, era admirado pelas gatinhas e patricinhas dos shoppings. O pierrô esbanjava verve e inspiração. Palavras românticas jorravam aos borbotões. O pierrô estava no auge da carreira. Praticamente um Ronaldinho Gaúcho dos tempos do Barcelona ou um Zidane na época em que perturbava o sono dos brasileiros. Só fazia gol de placa e se dava bem. Ô, se davam.<br /><br />Mas o pierrô também sabe que não dá para ficar nessas aí por muito tempo. Sabe que é bom voltar para o ninho de quando em vez. O alaúde não pode ficar de lado. A amada lua precisa dos seus acordes. E após breve período de diversão, eis o pierrô novamente.Gerson Brisolarahttp://www.blogger.com/profile/16679373284767977930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25497127.post-56263714795270198892011-02-15T21:16:00.000-02:002011-02-16T00:21:36.453-02:00Bah, desisti!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgY1HlT2saKYciTFXpw-pWLUWwd2ZMSyBfmjD2FeoviRGtduMG21Qwpc8gDDGU2UNqyGkwvoZg331TOVcX5r39c7PJf0qz66Gnm6xtnOXuRY1YHauT4LuQF7dP4ic_AS4XkD4H/s1600-h/barriga-tanquinho-fitness.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 102px; DISPLAY: block; HEIGHT: 150px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5282835425207404962" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgY1HlT2saKYciTFXpw-pWLUWwd2ZMSyBfmjD2FeoviRGtduMG21Qwpc8gDDGU2UNqyGkwvoZg331TOVcX5r39c7PJf0qz66Gnm6xtnOXuRY1YHauT4LuQF7dP4ic_AS4XkD4H/s320/barriga-tanquinho-fitness.jpg" /></a><br /><div>Ok, confesso que já sonhei em ter a chamada <strong>barriga tanquinho</strong>. Aliás, até já tive um abdômen definido, musculatura fortalecida, estilo "tábua" e quase zero de taxa de gordura.</div><br /><div></div><div>Na época do Colégio Militar, durante o 2º grau, malhar era a palavra de ordem. Não no sentido de "ordem", de ser obrigado, mas é que com 16, 17, 18 anos, é natural que um rapaz adolescente queira ter um corpo legal. E além disso, nós fazíamos educação física três vezes por semana, englobando corridas ao redor da Redenção, ginástica, práticas desportivas, testes de aptidão, musculação, fora as ordens unidas e os tradicionais "marcha-soldado".</div><br /><div></div><div>Passada a fase escolar, houve um natural relaxamento. As atividades físicas começam a rarear: vem a faculdade, o trabalho (às vezes até com jornada dupla), vêm as festas, e pronto! Tudo aquilo que foi plantado na pós-adolescência afunda nas profundezas do sedentarismo e da preguiça. E aí, bye-bye, barriga sarada.</div><br /><div></div><div>Eu já desisti de voltar a ter um abdômen cheio de gominhos, tipo os caras que fazem comercial de cueca. Até porque a minha profissão não requer um corpo perfeito. Se eu fosse modelo, aí sim, teria que caprichar, porque o meu corpo seria meu instrumento de trabalho. Mas não é nada fácil manter uma barriga tanquinho. Além da questão genética, não se pode descartar a atividade física e (tchan-tchan-tchan) alimentação! Nada de doces, refris, gorduras. Vícios, tais como cigarro, álcool ou drogas, nem pensar! Ou seja, o preço é altíssimo.</div><br /><div></div><div>E, lógico, tem o detalhe da danada da preguiça. Com certeza, a aparência de “tanquinho” pode atrair a mulherada, mas é um preço alto a ser pago, em nome da vaidade ou do narcisismo. Mas ao menos tenho o cuidado de não deixar criar pança, nem a tal da barriguinha de chope, porque aí é decadência total. Pena que a ginástica que eu faço em pensamento não refletiu o resultado necessário de uma barriga sarada. Mas juro que vou pensar no assunto e tomar vergonha na cara, já que com o avanço da idade, a tendência é piorar e é muito caro e arriscado fazer uma lipo.</div>Gerson Brisolarahttp://www.blogger.com/profile/16679373284767977930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25497127.post-65881704266637893932011-02-07T14:28:00.002-02:002011-02-08T09:10:03.031-02:00Renascer das cinzas<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqD89KiJ5XLfyR_t6cWWRnRHTrrJJVJDiBjQ1uFOEdA_VG692pdtkICZRhUyzNQlbfZWMLDE42GF5lwZKxjANDGJe_g71dZo55-_Ti822sWY2SlD-an0x38Ajgli89__6NNs9m/s1600/foto.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 220px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5571274122200359138" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqD89KiJ5XLfyR_t6cWWRnRHTrrJJVJDiBjQ1uFOEdA_VG692pdtkICZRhUyzNQlbfZWMLDE42GF5lwZKxjANDGJe_g71dZo55-_Ti822sWY2SlD-an0x38Ajgli89__6NNs9m/s320/foto.jpg" /></a><br />Vamos renascer das cinzas<br />Plantar de novo o arvoredo<br />Bom calor nas mãos unidas<br />Na cabeça de um grande enredo<br />Ala de compositores<br />Mandando o samba no terreiro<br />Cabrocha sambando<br />Cuíca roncando<br />Viola e pandeiro<br />No meio da quadra<br />Pela madrugada<br />Um senhor partideiro<br /><br />(Renascer das cinzas - Zé Catimba, Martinho da Vila)<br /><br />Um incêndio de grandes proporções atingiu a Cidade do Samba nesta segunda-feira. O fogo destruiu os barracões da Liesa, da Ilha, da Grande Rio e da Portela. A escola com maior prejuízo foi a Grande Rio. Apesar dos danos, o desfile vai acontecer com todas as agremiações no Carnaval. Não haverá rebaixamento.Gerson Brisolarahttp://www.blogger.com/profile/16679373284767977930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25497127.post-54545417154455994022011-02-07T00:13:00.003-02:002011-02-07T00:27:22.957-02:00Beijos de arame farpado<iframe title="YouTube video player" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/-xfg-xUY1Qs" frameborder="0" width="480"></iframe><br /><br />Naqueles dias<br />Todo dia eu renascia<br />Na pele dos teus lábios<br />E trazia comigo uma oração<br />Pros tumultos da paz<br />Porque naqueles dias<br />Eu te amava demais<br /><br />Eram dias de pura luz<br />Refletindo nos metais<br />E pelos nossos beijos<br />Caravelas e língua passeavam<br />Em delírios fluviais<br />Amor à luz de velas<br />Mensagem na garrafa perdida<br />Vinda na saliva de outros carnavais<br /><br /><strong>Mas hoje em dia meu amor<br />Nossos beijos tem sabor enferrujado<br />E nos machucam a boca<br />Feito arame farpado<br /></strong><br />Meus cabelos já cresceram<br />E eu não vi passar<br />Nem pétala, nem rastro<br />Daqueles dias<br />Sobre os nossos ombros, nunca mais pousaram os anjos<br /><br />Apenas os escombros<br />Sobre os nossos ombros<br />Nunca mais pousaram os anjos<br />Apenas os escombros<br /><br />Beijos de arame farpado (Dé, Sérgio Serra e Ezequiel Neves)Gerson Brisolarahttp://www.blogger.com/profile/16679373284767977930noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-25497127.post-55418049515177966892011-02-02T13:44:00.007-02:002011-02-03T18:02:14.705-02:00Louvações à Rainha do Aiuká<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiC9j23iynnuWHcIQ26YRoEmkXxBltnPRu3p7IhGALgRmd9dxztmMVM5Tc5m3WSEzKqlhqCTpACrlMqhVURJHCQOpwJHsl3-SbBcF5MXnQEJUoVhnTkOBHS9d0yDAilkBCq0Sjw/s1600/iemanja.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 214px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5569553871435709090" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiC9j23iynnuWHcIQ26YRoEmkXxBltnPRu3p7IhGALgRmd9dxztmMVM5Tc5m3WSEzKqlhqCTpACrlMqhVURJHCQOpwJHsl3-SbBcF5MXnQEJUoVhnTkOBHS9d0yDAilkBCq0Sjw/s320/iemanja.jpg" /></a><br /><br /><div>Uma pedra, uma concha, pedra e concha tem areia</div><div>Quem mora no fundo do mar é sereia.´</div><div>Louvando a Rainha do Aiuká</div><div>Saravá, mamãe sereia</div><div>Odoyá minha mãe</div><div>Iemanjá.</div><br /><div></div><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_hL6ZYlTI65q2NB2I1b6Tv3rMMSfkvwZ9joDgGodxEWP5TzaeviN8BKeeIZ37zS4X_i_vPYY4vyZ9-hCQyHRx5cir92F8CP7FakCBuBKXvE1_UhN9FFRanM7PeRKTPPSKVrIk/s1600/iemanja2.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 232px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5569555531983136386" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_hL6ZYlTI65q2NB2I1b6Tv3rMMSfkvwZ9joDgGodxEWP5TzaeviN8BKeeIZ37zS4X_i_vPYY4vyZ9-hCQyHRx5cir92F8CP7FakCBuBKXvE1_UhN9FFRanM7PeRKTPPSKVrIk/s320/iemanja2.jpg" /></a>Gerson Brisolarahttp://www.blogger.com/profile/16679373284767977930noreply@blogger.com0