quinta-feira, março 26, 2009

Porto Alegre 237 anos


No dia em que Porto Alegre completa 237 anos de fundação (apesar de que há controvérsias quanto à data), a trilha sonora predominante - praticamente a única nesta época do ano - é a música "Porto Alegre é demais", de autoria do prefeito José Fogaça e executada exaustivamente há, no mínimo, 10 anos.

No entanto, o grande puxador de samba Jajá (Paulo da Silva Dias) compôs, ainda na década de 1970, um sambão em homenagem à capital gaúcha, gravada por Antônio Lemos. A música não teve tanta repercussão quanto à composição do prefeito, mas é muito mais bonita e inspirada do que a canção que diz que "é lá que as gurias etc e tal". Uma pena que o samba do Jajá, tão bonito, e praticamente desconhecido e esquecido, não sirva também para o povo parabenizar Porto Alegre.

Nas reportagens que vejo e ouço sobre Porto Alegre, as personalidades/lugares da cidade sempre tem um viés burguês: Eva Sopher, Luis Fernando Verissimo, Tânia Carvalho, Moacyr Scliar, Bom Fim, Calçada da Fama, Moinhos de Vento, Theatro São Pedro... Por que quase nunca se cita a Porto Alegre da "perifa"? Por que não Vila Jardim, Campo da Tuca, Partenon, Floresta Aurora, Bedeu, Wilson Ney, Bataclã F.C., Pagode do Dorinho, Satélite Prontidão, Vera Daisy Barcellos?

A foto que ilustra este tópico retrata o pôr do sol visto da Sociedade Floresta Aurora, na zona sul de POA.

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