quarta-feira, dezembro 01, 2010

Dia Mundial de Combate à Aids


A escolha da data de ‎1º de dezembro em Dia Mundial de Luta Contra a Aids foi uma decisão da Assembleia Mundial de Saúde, em outubro de 1987, com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU). A data serve para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com as pessoas infectadas pelo HIV/aids.


O laço vermelho foi escolhido por causa de sua ligação ao sangue e à ideia de paixão, afirma Frank Moore, do grupo Visual Aids, e foi inspirado no laço amarelo que honrava os soldados norte-americanos na Guerra do Golfo. As atividades desenvolvidas nesse dia visam divulgar mensagens de esperança, solidariedade, prevenção e incentivar novos compromissos com essa luta.


Para esta semana, a MTV Brasil preparou uma programação especial para marcar o Dia de Prevenção à Aids. Vale a pena conferir (clique aqui).

Solidão (Alceu Valença)

Essa música do Alceu Valença é uma verdadeira obra-prima.





Solidão

A solidão é fera, a solidão devora.
É amiga das horas prima irmã do tempo,
E faz nossos relógios caminharem lentos,
Causando um descompasso no meu coração.

A solidão é fera, a solidão devora.
É amiga das horas prima irmã do tempo,
E faz nossos relógios caminharem lentos,
Causando um descompasso no meu coração.

A solidão é fera,
É amiga das horas,
É prima-irmã do tempo,
E faz nossos relógios caminharem lentos
Causando um descompasso no meu coração.

A solidão dos astros;
A solidão da lua;
A solidão da noite;
A solidão da rua.

A solidão é fera, a solidão devora.
É amiga das horas prima irmã do tempo,
E faz nossos relógios caminharem lentos,
Causando um descompasso no meu coração.

A solidão é fera,
É amiga das horas,
É prima-irmã do tempo,
E faz nossos relógios caminharem lentos
Causando um descompasso no meu coração.

A solidão dos astros;
A solidão da lua;
A solidão da noite;
A solidão da rua.

sexta-feira, novembro 19, 2010

Que tal música africana?

Dia desses, em um momento de descontração no trabalho, um colega comentou que estava cansado de ouvir as musiquinhas que tocam nas FMs e nas emissoras musicais que pululam por aí. O amigo disse que não tinha mais paciência para letrinhas e melodias toscas e visuais coloridinhos. E falou em alto e bom tom: não há mais criatividade na música.

Cai o pano.

Depois disso, comecei a pensar que a indústria cultural realmente massifica. O jabaculê se espalha nas emissoras de rádio e tevê feito tumor em metástase. Resta a quem tem um gosto mais apurado ou que não aceita qualquer coisa, ir atrás da informação, ir atrás da boa música e da boa arte. Sim, pessoal, isso é possível.

Lógico que há um preço pelo refino e pelo bom gosto. Mas, filé mignon custa caro não é?

Os set lists das programações musicais das rádios são sempre o que vem ditado pelas majors norte-americanas e inglesas, respaldados pelas revistas ditas especializadas. Se a gravadora lançou e a revista carimbou que é legal, então, o brasileiro que engula o sucesso de popezinhos descartáveis e pouco inventivos. As rádios só consideram 3 tipos de música: a que vem dos EUA, a que vem da Inglaterra e a MPB. Os verdadeiros e bons artistas estão alijados do cenário. Nos EUA e na Inglaterra, os hit parades estão tomados por grupelhos teenagers, rappers com cara de gangsters e físico de lutadores de box e bandas de rock barulhentas e deseafinadas. Aqui no Brasil... bem, só citar o exemplo de "créus" e "rebolations" são suficientes.

Apesar da vizinhança territorial com dez países da América do Sul (Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela), muito pouco ou quase nada se conhece, se sabe ou se escuta da riquíssima música dessas nações.

Eu, por exemplo, sou um fã declarado da música latino americana e caribenha. Passei também a procurar e pesquisar na fonte a música popular africana, que é vasta e variada. Muitos gêneros de música popular como blues, jazz, salsa, rumba, reggae e o samba (ou seja, praticamente tudo que inclua ritmos) derivam em diversos graus das musicais tradicionais da África, levadas para as Américas por escravos africanos. Alguns, por puro preconceito, classificam a música que não é feita nos EUA ou Inglaterra com o ridículo rótulo de "world music".

Portanto, para quem se interessa em pesquisar ou simplesmente para atiçar a curiosidade musical, indico nomes como: Ali Farka Touré (guitarrista do Mali), soukous (estilo do Congo), Fela Kuti (artista fudamental da Nigéria), afro-beat, juju music (Nigéria), jive (África do Sul), Salif Keita (cantor do Senegal), Youssou N'Dour (Senegal), Tubarões (Angola), Papa Wemba (Congo), Tartit (norte da África-Tuaregs), Angelique Kidjo (Benin), makossa (Camarões), Ebenezer Obey (Nigéria), King Sunny Ade (Nigéria), Lura (Cabo Verde), Richard Bonna (Camarões).










quarta-feira, novembro 03, 2010

Novas mandingas do Nei


O escritor, compositor, carioca, suburbano e amigo Nei Lopes - e um dos ídolos do Brisa - retorna ao Alegre Porto, para novamente uma sessão de autógrafos na Feira do Livro. O Velho do Lote (como o próprio se autointitula) estará aqui no próximo dia 05 de novembro, sexta-feira, às 14h30, na Praça de Autógrafos, na Praça da Alfândega, onde lançará seu primeiro romance, Mandingas da mulata velha na Cidade Nova, pela Editora Língua Nova.

Com 23 livros no currículo, Nei também joga nas posições de lexicógrafo, etimologista, enciclopedista e compositor. Mandingas... é uma ficção inspirada na vida de Tia Ciata, personagem fundamental da cultura afro-brasileira.

Compositor consagrado da MPB, teve sucessos gravados por ícones da música brasileira do quilate de Roberto Ribeiro, Zeca Pagodinho, Alcione, Grupo Fundo de Quintal, Clara Nunes, Gilberto Gil, Beth Carvalho, João Nogueira, Jair Rodrigues, Zezé Mota, Dudu Nobre, entre muitos outros. É autor de clássicos como Judia de mim, Gostoso veneno, Goiabada Cascão, Coisa da antiga, Raio de luar, Gotas de veneno, Senhora Liberdade, só para citar alguns.

Estive com Nei quando da sua vinda à feira em 2008. Naquela oportunidade, e com zero de divulgação, o carioca lançou Kofi e o menino do fogo, livro no qual se aventurou pela literatura infanto-juvenil. Durante quase 1 hora conversamos com muito bom humor sobre os mais diversos assuntos, mas confesso que fiquei um pouco envergonhado de tão pouquíssima gente ter sido avisada sobre a presença do cara por aqui. Enquanto isso, um sem-número de queridinhos da mídia (alguns sem um pingo de talento literário, é verdade) ocupavam listas dos mais vendidos e tinham filas formadas com analfabetos funcionais à procura de uma rubrica. Acredito que um intelectual do porte de Nei Lopes merece a atenção da nossa comunidade afrodescendente porto-alegrense e gaúcha.

Aos que puderem multiplicar a divulgação, comparecer e prestigiar o evento, fica o meu agradecimento. E o do Nei também

terça-feira, outubro 26, 2010

Pierrô indomável


* "Sentado na lua pra te ver passar
Um Pierrot a dedilhar nossa canção
"

Meu amigo Manfredinho é um cara romântico. Mais. É um cara ultrarromântico. Tivesse nascido no século 18 seria um poeta ao estilo Álvares de Azevedo, um Casemiro de Abreu. É do tipo que sofre por mulher. Praticamente um pierrô. Daqueles que dedilha suaves melodias em um alaúde olhando para o luar.

Manfredinho não estava feliz no seu relacionamento. Rapaz trabalhador, porém, de origem humilde, batalhava na agrura do dia a dia. Porém, os pais de sua namorada não o consideravam "à altura" de desposar sua filha. Sabe como é, família de posses, poderiam achar que o cara queria dar um golpe do baú, ser sustentado, sogro e cunhada não lhe viam com bons olhos, etc. Ao saber e perceber isso, Manfredinho ficou bem mal, tal qual um palhaço melancólico saído da Commedia dell'arte. Nunca antes na história deste país sentiu esse tipo de desgosto. Pensou até em terminar com a namorada. Sacrificaria seu relacionamento, mas manteria sua dignidade. Quem é que não quer ser feliz?, já perguntava Edivaldo Santana.

Nesse tempo de carência, Manfredinho se reaproximou de Lenara, uma ex-colega de trabalho. Os dois nutriam há tempos uma bela amizade um pelo outro, mas, até então era tão somente amizade. Falante, bem humorada e extrovertida. E bonita. Sim, bonita, com atitude e sex-appeal. Assim era Lenara, que divertia bastante Manfredinho. Uma verdadeira colombina. Trocaram papos. Trocaram ideias. Trocaram confidências. Trocaram carícias. Até beijos trocaram. Mas, assim ó, sem compromisso, visse?

- Que legal. Achei uma nova razão para viver!, exultava Manfredinho, enquanto seu relacionamento com a namo descia ladeira abaixo. O fato de passar a gostar de Lenara rendeu vários encontros, boas risadas, alguns beijos e a agradável sensação de novamente ser bem-quisto e amado por alguém.

Tava tudo muito bom, tava tudo muito bem, mas... sempre tem que ter um "mas", não é mesmo? Alegando ter reencontrado um ex-grande amor que jazia inerte nas profundezas do passado, Lenara resolve dar uma segunda chance ao hellraiser. E, novamente, nosso pierrô fica sem a paixão de uma colombina.

Manfredinho aceitou que Lenara fosse atrás de seu antigo amor, mas gostaria de continuar tendo acesso àquelas conversas sempre regadas de bom humor, inteligência e amizade, tão bem alicerçadas num momento delicado. O fato de Manfredinho ter aceitado numa boa parece que até rendeu comentários elogiosos junto às miguxas da moça, frisando a maturidade do dito cujo. Mas em seguida, Lenara afastou-se. Foi embora da vida de Manfredinho que nem chuva de verão. E isso não estava previsto no script, Mr. Hitchcock!

- Por que você sumiu?, indagou nosso tolo personagem em alguns caracteres redigidos às pressas em uma beócia e ingênua mensagem SMS. Perguntou na boa, sempre nenhum tipo de cobrança, afinal, eram apenas bons amigos e isso tinha ficado bem claro. Ou melhor, tinha ficado tácito. Ninguém quer sofrer a perda de uma amizade.

A menina parece que não curtiu muito essa "cobrança". Dizem até que a moça comentou o assunto com as miguxas, salientando a imaturidade do dito cujo. "Ah, se fosse eu que tivesse feito isso", pensou o clown. "Se é um homem que faz isso - acender a paixão de uma mulher e depois se afastar - o cara é um insensível, um oportunista que deixa os corações femininos em frangalhos e é classificado com toda uma série de impropérios sob a óptica das indefesas damas". Mas como é uma dama a fazer isso, entonces, let it be.

Mas Manfredinho é um pierrô indomável. Voltou a dedilhar seu alaúde, olhando para o céu, mirando a lua, entoando uma cantiga dolente para sua colombina imaginária e perdoando as amebas do mal.
Mais romântico, impossível.

* Meu agradecimento aos compositores Rodrigo Raposa, James Bernardes, Leandro Kfé, Júnior Santana e Thiago Meiners, autores dos versos que ilustraram e inspiraram este miniconto.

segunda-feira, outubro 25, 2010

Eu voltei, pras coisas que eu deixei...




Uau! Tá fazendo 2 meses que não me digno a postar nada por aqui. Mas não foi por falta de assunto, não! Foi um misto de falta de tempo com preguiça (ah, essa danada!).

Mas vamos recapitular...desde a última postagem no Blog até hoje, aconteceram várias coisas boas! Primeiro, durante todo o mês de setembro e até o dia 3 de outubro, participei da campanha eleitoral, como assessor de imprensa de um candidato ao governo do Estado. Trinta dias que pareceram três meses, de tão intensos que foram. Viagens para o interior do Rio Grande do Sul, produção de releases, idas a entrevistas a emissoras de rádio e tevê, jornais, acompanhamento a debates, panfletagens e muitas (mas muitas mesmo!) noites mal-dormidas e sono atrasado. Por estar em um partido com pequena estrutura em nível estadual e até nacional, o candidato que assessorei obviamente não venceu a eleição, mas foi uma experiência superboa, apesar de ter dormido, em média, 4 horas por noite durante exatos 30 dias.

Mas considero que foi uma espécie de prova dos nove pra mim para perceber que é preciso ser casca-grossa para trabalhar em campanha política em época de eleição. Primeiro, porque todos - e eu disse TODOS - os candidatos a cargos eletivos querem sempre os espaços mais nobres de rádio, tevê e jornal e acham sempre que a imprensa não os estão favorecendo, e estão sempre favorecendo "os outros". Depois, porque os candidatos, na verdade, querem que os assessores sejam meros executores de tarefas, e não pessoas que podem contribuir com ideias e contrapor com iniciativas que podem não dar resultados. Tudo isso porque os candidatos deixam de lado o know-how de quem conhece em função de se deixar levar por suas respectivas "intuições políticas" - que eu, particularmente, chamo de achismo, chutologia ou biduzagem. Quem se elegeu por intuição política, que eu saiba, foi o Tiririca.

Mas, enfim, o trabalho foi feito e a grana do cachê está na minha conta bancária (graças a Deus!). Aliás, para o nível de trabalho, estresse e fatos muitas vezes sem-noção que temos que enfrentar, a remuneração é bem aquém do que se merece. No meio deste turbilhão, ainda arranjei tempo para fazer um freela acompanhando o dia do voluntariado dos funcionários de uma grande empresa de telefonia. Também rendeu um dindim extra (uêba!).

Por fim, mas não menos importante, a boa notícia para as pessoas que sempre torcem e torceram por mim. Estou novamente empregado!!! No dia seguinte à realização do primeiro turno das eleições, fui contratado pela Ulbra TV para atuar no setor de EAD (Educação a Distância), onde sou apresentador e repórter. Como diria aquela música do Cidade Negra: você não sabe o quanto eu caminhei para chegar até aqui. Outra hora eu conto.

Bueno, estas são as novidades, que narrei muito au passant. Mas o importante é que eu voltei pras coisas que eu deixei!

sexta-feira, agosto 27, 2010

Quem vive de promessa é santo...e eu não sou santo, meu senhor!

Estamos em plena campanha política, horário eleitoral gratuito - e obrigatório - invadindo os espaços nobres das emissoras de rádio e TV e um sem-número de candidatos (muitos deles completamente despreparados) querendo vagas e cadeiras para se locupletarem nas assembléias legislativas, no Congresso e nas sedes dos governos estadual e federal.

Saúde, educação, cidadania e inclusão social são os temos mais pronunciados - e desgastados - na propaganda de suas excelências. É muito papo furado, bla-bla-blá e conversa para boi dormir.

Com isso, me lembrei de um antigo samba enredo que a simpática escola carioca Caprichosos de Pilares desfilou no carnaval de 1987, chamado "Eu prometo". A agremiação chamava a atenção do folião-eleitor contra os políticos oportunistas e corruptos que queriam uma vaga na assembléia Constituite daquele ano e que não desperdiçassem seu voto. O samba traz na letra alguns termos datados - "Constituinte", "cruzados" - mas o conceito permanece atual.

Segue a letra do samba, composto por Evandro Bóia, Naldo do Cavaco e Toninho 70, e cantado pelo inesquecível Carlinhos de Pilares, nessa vinheta do carnaval Globeleza. Ajoelhou, tem que rezar.




G.R.E.S. CAPRICHOSOS DE PILARES
Samba-Enredo 1987

Eu prometo (Ajoelhou, tem que rezar...)

autores: Evandro Boia, Naldo do Cavaco, Toninho 70

Estou cansado de ser enganado
Papo furado e demagogia
Não vão encher (o quê)
A minha barriga vazia
Espero da constituinte
Em minha mesa muito pão
Uma poupança cheia de Cruzados
E um Carnaval com muita paz no coração

Vou deitar, rolar
Pular feliz (bis)
Essa é a vida
Que eu sempre quis

Vamos, meu povo
Democracia é participar
Vote, canta, grite
É tempo de mudar
Quem vive de promessa é Santo
E eu não sou Santo, meu senhor

Seu deputado, eu votei
Agora posso exigir
Quero ver você cumprir
Seu lero-lero, blá, blá, blá
Conversa mole isso aí
É papo pra boi dormir

Ajoelhou tem que rezar
Não quero mais viver de ilusão (de ilusão) (bis)
Você prometeu
Agora vai ter que pagar
Não vai me deixar na mão

sábado, agosto 14, 2010

Mulheres cabeças, desequilibradas, confusas...


Muitas vezes é difícil entendê-las, complicado compreendê-las, mas, realmente não dá para viver sem elas.


Já tive mulheres
De todas as cores
De várias idades
De muitos amores
Com umas até
Certo tempo fiquei
Prá outras apenas
Um pouco me dei...

Já tive mulheres
Do tipo atrevida
Do tipo acanhada
Do tipo vivida
Casada carente
Solteira feliz
Já tive donzela
E até meretriz...

Mulheres cabeça
E desequilibradas
Mulheres confusas
De guerra e de paz
Mas nenhuma delas
Me fez tão feliz
Como você me faz...

Procurei
Em todas as mulheres
A felicidade
Mas eu não encontrei
E fiquei na saudade
Foi começando bem
Mas tudo teve um fim...

Você é
O sol da minha vida
A minha vontade
Você não é mentira
Você é verdade
É tudo o que um dia
Eu sonhei prá mim...

(Mulheres - autor: Toninho Geraes)

sexta-feira, agosto 13, 2010

Jornalista sofre atentado em São Gabriel


O jornalista e pastor Cláudio Moreira, irmão dos meus colegas e diletos amigos jornalistas Carlos Ismael e Carlos André, foi vítima de agressão quando retornava para sua residência. O lamentável fato aconteceu na noite de quarta-feira (11), em São Gabriel, cidade onde Cláudio mora.

Moreira conta que foi agredido a golpes de relho por um indivíduo chamado Iderli Souza, em plena rua. “O fato se deu pela fútil razão de eu ter esquecido de citar o nome de sua esposa em um evento de campanha da candidata Yeda Crusius, em São Gabriel”, ressaltou a vítima. O jornalista afirma que após cair no chão devido a golpes com o cabo do relho, seguiu sendo açoitado continuamente na cabeça, nos braços e pelas costas.

Um amigo do jornalista, que passava de carro pelo local, viu o amigo caído e sob golpes do rebenque e interveio e impediu que as agressões continuassem. Sentindo que mais pessoas ou mesmo a polícia pudessem chegar ao local, o agressor, de forma covarde, fugiu.

A vítima foi conduzida primeiramente à delegacia para prestar depoimento e, em seguida, ao Pronto Socorro. Claudio Moreira ficou com hematomas no rosto e na região craniana.

foto: site Coluna Ponto de Vista

domingo, agosto 08, 2010

Espelho

Neste Dia dos Pais, deixo com vocês esta lindíssima música chamada "Espelho", composta por João Nogueira e Paulo César Pinheiro, e lançada em disco, por João, em 1977, em homenagem ao seu pai.

Trinta anos depois, Diogo Nogueira, filho de João, homenageia seu pai, fazendo uma releitura desse clássico. E é uma maneira, também, de eu prestar uma homenagem à memória do Seu Paris. De filho para pai.



Espelho

Composição: João Nogueira e Paulo César Pinheiro

Nascido no subúrbio nos melhores dias
Com votos da família de vida feliz
Andar e pilotar um pássaro de aço
Sonhava ao fim do dia ao me descer cansaço
Com as fardas mais bonitas desse meu país
O pai de anel no dedo e dedo na viola
Sorria e parecia mesmo ser feliz

Eh, vida boa
Quanto tempo faz
Que felicidade!
E que vontade de tocar viola de verdade
E de fazer canções como as que fez meu pai (Bis)

Num dia de tristeza me faltou o velho
E falta lhe confesso que ainda hoje faz
E me abracei na bola e pensei ser um dia
Um craque da pelota ao me tornar rapaz
Um dia chutei mal e machuquei o dedo
E sem ter mais o velho pra tirar o medo
Foi mais uma vontade que ficou pra trás

Eh, vida à toa
Vai no tempo vai
E eu sem ter maldade
Na inocência de criança de tão pouca idade
Troquei de mal com Deus por me levar meu pai (Bis)

E assim crescendo eu fui me criando sozinho
Aprendendo na rua, na escola e no lar
Um dia eu me tornei o bambambã da esquina
Em toda brincadeira, em briga, em namorar
Até que um dia eu tive que largar o estudo
E trabalhar na rua sustentando tudo
Assim sem perceber eu era adulto já

Eh, vida voa
Vai no tempo, vai
Ai, mas que saudade
Mas eu sei que lá no céu o velho tem vaidade
E orgulho de seu filho ser igual seu pai
Pois me beijaram a boca e me tornei poeta
Mas tão habituado com o adverso
Eu temo se um dia me machuca o verso
E o meu medo maior é o espelho se quebrar

quarta-feira, agosto 04, 2010

Historia de un letrero

"Historia de un letrero" (2007) é um curta-metragem mexicano, de Alonso Álvarez Barreda, que narra a história de um mendigo, cego, que, sem muito sucesso, pede esmola em uma praça, exibindo um cartaz, até que um homem se aproxima e muda totalmente o dia do mendigo.

A película ganhou o prêmio de melhor curta em Cannes 2008, mas envolveu-se em uma polêmica: o filme está sendo acusado de plágio. O original seria “Una limosna por favor” (Uma esmola por favor), do espanhol Francisco Cuenca, lançado em 2006, um ano antes do mexicano.

Confira a obra mexicana:



E agora, a espanhola:



E você, qual prefere?

sábado, julho 31, 2010

Networking pós-ocupação




Estava pesquisando alguns sites na internet sobre contatos profissionais, redes de relacionamento e networking pós-ocupação e me deparei com o interessante Blog do Gottschall, de onde retirei um texto sobre o NetWorking pós-ocupação. Vale a pena ler.


Depois de um mês ou dois se recompondo emocionalmente, onde seus colegas não lembram mais quem você é, ou foi, que aquele fornecedor que enviava e-mails diariamente e que acabou ficando seu colega sumiu e os que entram em contato foram para dizer que você é um cara capaz e que tem certeza que logo você achará coisa melhor do que a última empresa que você trabalhou, por onde re-começar?

Enquanto você está na ativa, o NetWorking cai no seu colo e não aproveitamos, isso é um ponto crucial para o pós-ocupação, pois é natural que enquanto você tem para dar, as pessoas estão a sua volta e essa relação precisa mudar, rapidamente, do grau interesse comercial para o relação de amizade concreta. Mas como fazer? Quando fazer?

No meu ponto de vista, o importante nesses momentos é sair do comum, da sua área de atuação e procurar nas pessoas que tem relação com você, algo pessoal que seja comum, como um Hobby, um local, um bar, uma peça. Tudo que promova a criação da relação de amizade que não fique presa a carreira, profissão e tudo mais voltada ao corporativismo.

Procuro analisar a situação do ponto de vista daquele colega que está empregado e que vive ocupado, não responde seus e-mails, diz que não pode te receber para conversar e que sempre ‘só poderá a semana que vem’, mas que lembrará imediatamente de você, já que você está ali, quente na lista de e-mails não lidos, quando for a sua vez de dar tchau e o e-mail que outrora você enviara para todos seus colegas, receber também um, informando que acabara de sair da empresa X e que gostaria de falar com você.....

Qual será a sua resposta? Que agora é tarde? Que se dane? Que fará o possível? Ou que esperasse uns minutinhos que você vai escolher uma resposta adequada na sua lista de respostas de desculpas recebidas nos últimos meses?

No meu ponto de vista, vejo que se não é por questão humana e social, que seja por inteligência e saber que o mundo gira e que tudo muda, todos devem fazer o melhor possível para deixar o próximo mais confortável, dentro do sincero possível, claro. Quer respondendo o e-mail e realmente procurar dar uma força, um conselho, uma dica. Quer o recebendo para tomar um café, conhecer o interlocutor muito além de um currículo estampado em algumas folhas de papel, como se isso resumisse três, quatro ou quantas décadas representar de vida.


* Texto publicado em 17/03/2010, com o título de "Networking (Relacionamento Profissional X Relacionamento Pessoal)".

terça-feira, julho 20, 2010

Aos meus amigos

A todos, um feliz Dia do Amigo.




A amizade
(Cleber Augusto / Djalma Falcão / Bicudo)
Grupo Fundo de Quintal

La laiá, la laiá, la laiá, la laiá
La laiá, la laiá, la laiá, la laiá

Meu amigo
Amigo, hoje a minha inspiração
Se ligou em você
E em forma de samba
Mandou lhe dizer
Tâo outro argumento
Qual nesse nomento
Me faz penetrar
Por toda nossa amizade
Esclarescendo a verdade
Sem medo de agir
Em nossa intimidade
Você vai me ouvir

Foi bem cedo na vida que eu procurei
Encontrar novos rumos num mundo melhor
Com você fique certo que jamais falhei
Pois ganhei muita força tornando maior
A amizade...
Nem mesmo a força do tempo irá destruir
Somos verdade...
Nem mesmo este samba de amor pode nos resumir

Quero chorar o seu choro
Quero sorrir seu sorriso
Valeu por você existir amigo

Quero chorar o seu choro
Quero sorrir seu sorriso
Valeu por você existir amigo

quinta-feira, julho 15, 2010

O (quase) desconhecido Dia do Homem


Nesta quinta-feira, dia 15 de julho, é comemorado, no Brasil, o Dia Internacional do Homem. Tá aí uma efeméride que eu desconhecia. Fiquei sabendo que tal dia existia porque vi em um anúncio colado na vitrine de uma das lojas O Boticário, semanas atrás.

Curioso, resolvi pesquisar um pouco do tema. Geralmente, são conferidas datas às chamadas "minorias": Dia da Consciência Negra, Dia do Índio, Dia da Mulher, Dia da Criança e por aí vai. Por que um dia logo para o homem? Descobri que a data foi criada há 10 anos, pelo ex-presidente russo, Mikhail Gorbachev e é apoiada pelas Nações Unidas. O dia consagrado ao homem é o 19 de novembro. No entanto, no Brasil, a data é festejada em 15 de julho (com destaque para Manaus e São Paulo) e é oficialmente celebrada em Trinidad e Tobago, Jamaica, Austrália, Índia, Estados Unidos, Cingapura, Reino Unido e Malta, mas o apoio global à data é amplo.

A criação da data tem motivos nobres, como a saúde masculina, por exemplo. Os objetivos principais do Dia Internacional do Homem é melhorar a saúde dos homens (especialmente dos mais jovens), melhorar a relação entre gêneros, promover a igualdade entre gêneros e destacar papéis positivos de homens. É uma ocasião em que homens se reúnem para combater o sexismo e, ao mesmo tempo, celebrar suas conquistas e contribuições na comunidade, na família e no casamento, e na criação dos filhos.

Existe até um website oficial que explica a intenção institucional do International Men's Day (IMD). Os homens devem denunciar a discriminação que sofrem em áreas como educação e saúde públicas, família, direito, mídia, entre outras, projetando uma imagem positiva de si mesmos na sociedade, destacando suas contribuições.

Segundo uma entidade ativista masculina, a Mens Activism News Network (Rede de Notícias do Ativismo Masculino), o Dia Internacional do Homem se interliga com o "Movembro" - um evento mundial que acontece em novembro de cada ano (no dia 19, conforme dito anteriormente), no qual homens deixam a barba crescer para alertar para problemas de saúde masculinos, como o câncer de próstata.

segunda-feira, julho 12, 2010

Logo da Copa 2014 já causa polêmica


Bueno, caladas as vuvuzelas sul-africanas e paradas as jabulanis, todas as atenções futebolísitcas se voltam agora para a organização da controversa copa do mundo a ser realizada no Brasil em 2014.

O país precisa apenas de tudo: aeroportos, obras de infraestrutura e, sobretudo, estádios de futebol modernizados. Atualmente, NENHUM encontra-se nas condições exigidas pela Fifa. Isso que o Brasil se diz o país do futebol! Realmente, temos os melhores craques do mundo, mas fora das "quatro linhas", somos de um amadorismo abissal. O que me preocupa é que muita grana estará em jogo na organização da copa. Lembram do Pan realizado no Rio de Janeiro em 2007?

Com suspeita de superfaturamento em contratos e licitações e gastos totais estimados em cerca de 3,7 bilhões de reais, segundo o Tribunal de Contas da União, sendo R$ 1,2 bi vindos da Prefeitura do Rio, os jogos panamericanos da Cidade Maravilhosa quase foram alvos de uma CPI. Imagino o que pode acontecer em um megaevento como uma Copa do Mundo. O que vai ter de politicagem e políticos se aproveitando para "se fazerem" com o campeonato mundial em terras brasileiras não vai estar no gibi.

Enquanto isso, a polêmica inicial sobra para o logotipo oficial da Copa do Mundo do Brasil. Alguns designers gráficos ficaram insatisfeitos com a marca da Copa de 2014."A logo não representa o país. É uma porcaria", sentencia o designer gráfico Alexandre Wollner, autor de alguns logotipos bem familiares, como o do Itaú ou da Papaiz. A piada que ficou famosa no Twitter depois da divulgação do logo no dia 8 de julho, comparou a marca com a silhueta do líder espírita Chico Xavier.

O objetivo da logo é representar a taça da Copa usando mãos que se entrelaçam. A escolha, porém, foi cercada de polêmica. A Associação dos Designers Gráficos do Brasil (ADGB) publicou uma nota em que disse que foi excluída do processo pela Fifa. Além disso, o júri que elegeu o vencedor não foi composto por especialistas, mas tinha a modelo Gisele Bündchen, o escritor Paulo Coelho e a cantora Ivete Sangalo.

domingo, julho 11, 2010

Fim de carnaval...ops, de Copa!


Terminou a copa do mundo da África do Sul 2010. Após um mês com jogos quase todos os dias (às vezes, com três partidas por dia), o torneio chegou ao final com a seleção espanhola sagrando-se campeã do torneio, Holanda vice, Alemanha em 3º lugar e Uruguai em quarto.

O Brasil ficou entre as 8 melhores seleções do mundo. Muito pouco para quem se define como o "país do futebol". Agora, devido ao fraquíssimo nível técnico apresentado, estava molezinho para o Brasil ganhar a copa. Fica para daqui a quatro anos então.

Por enquanto fiquem com as melhores imagens desta Copa...

Larissa Riquelme (Paraguai) - torcedora símbolo da seleção guarani e seu inseparável telefone celular.
Inês Sainz (México), jornalista e apresentadora da TV Asteca.

Sara Carbonero (Espanha), repórter da TV Telecinco e namorada do goleiro Casillas, da Fúria.

Shakira (Colômbia) - Tá certo, a seleção colombiana não foi à África do Sul, mas Shakira mandou bem como intérprete de "Waka, waka", música oficial do torneio, durante o show de abertura da copa. Aliás, essa música é muito mais maneira do que a chatésima "Wavin' flag", (e o insuportável ôôôôô do refrão) do comercial da Coca-Cola, com uma insossa participação do Skank, na versão brazuca.

Uau! Larissa, Sara, Inês, Shakira...as estrelas da Copa foram só mulheres de origem latina. Por supuesto!

sábado, junho 26, 2010

Vuvuzela, grito negro de liberdade


O Dr. Antônio Carlos Côrtes, um dos mais competentes e talentosos advogados criminalistas brasileiros e uma das minhas referências como comunicador em transmissões carnavalescas, além de amigo e confrade, escreveu um comovente artigo no jornal Zero Hora, publicado no dia 23.06.2010 sobre as controversas vuvuzelas, sopradas pelos torcedores sul-africanos que assistem os jogos da Copa do Mundo.

Em vez de ver as cornetas compridas como um incômodo, Côrtes observa que o instrumento, antes de mais nada, pode ser definido como um símbolo de resistência do povo sul-africano. Confira, na íntegra, a reprodução do texto publicado:

"VUVUZELA, GRITO NEGRO DE LIBERDADE, por Antonio Carlos Côrtes

Eu sou o mestre do meu destino.
Eu sou o comandante da minha alma.

Nelson Mandela

As polêmicas vuvuzelas, cornetas sul-africanas, causam diversas manifestações. Muito se tem escrito a respeito. Mas a maioria se posiciona de forma contrária, e pronto. Raros partem a aprofundar o respeito à cultura de um povo.

Um pouco de pesquisa e conhecimento não faz mal a ninguém. Mas o que é a vuvuzela? Isizulu é uma das 11 línguas faladas na África do Sul. Nela, encontramos a tradução de “vuvuzela”, que tem na raiz “vuvu” o significado de soprar, enquanto o sufixo “zela” é o objeto comprido, longo.

Os reclamos partiram das grandes redes de televisão europeias. Como sempre por aqui, apenas começaram a repercutir e ampliar o assunto. Aliás, nosso país sempre importou cultura europeia, desdenhando o que vinha naturalmente do nosso povo, como por exemplo o Carnaval. Júlio de Castilhos chegou a acabar com as cavalhadas porque estas vinham do povo. O que é popular não é cultura, defendem os que têm visão à altura da soleira da porta.

Voltando às vuvuzelas, o Comitê Organizador da Copa do Mundo, frente aos reclamos das emissoras de televisão e rádio, reuniu-se, estudou o assunto e bem decidiu pela manutenção: “Elas têm origem nas cornetas que nossos ancestrais usavam para convocar reuniões”. Logo, é preciso respeito à cultura de um povo, cujo líder, Nelson Mandela, passou 20 anos preso para garantir a liberdade do seu povo, por exemplo. Gente que foi assassinada, estuprada, trucidada, escravizada e espoliada.

O berço da humanidade, está comprovado, tem origem no continente africano, onde sua gente, apesar de tudo, é alegre, dançante e parece perdoar seus algozes em uma atitude de grandeza e amor ao próximo.

Um repórter brasileiro, ouvindo uma moça negra em Joanesburgo, perguntou o que significava para ela a realização da Copa do Mundo de Futebol em seu país. A resposta veio rápida, mas profunda em emoção que resume tudo:

– Me sinto em liberdade!

Ora, bem sabemos que o apartheid, tanto quanto a abolição da escravatura entre nós, acabou de direito, mas não de fato. A verdadeira liberdade ainda precisa ser palmilhada com extremo cuidado. Vejam aqui o Estatuto da Igualdade Racial, aprovado, mas... sem as cotas.

Tentar calar as vuvuzelas é atentar contra a cultura de um povo. É amordaçar o grito negro de liberdade."

quarta-feira, junho 16, 2010

Autobiografia de um ex-negro



Esta quinta-feira, dia 17 de junho, marca os 139 anos de nascimento de James Weldon Johnson (1871-1938). Professor, poeta e compositor, é autor de um livro que é hoje tido como um clássico da literatura afro-americana, A autobiografia de um ex-negro, inédito em português, é um lançamento da editora 8Inverso Editora.

O livro – publicado anonimamente em 1912 – é considerado um marco por ter sido o primeiro romance de ficção escrito por um negro nos Estados Unidos. Johnson conta a experiência sobre o que é ser um negro estadunidense no final do século 19 e início do século 20. O autor foi um respeitável como respeitável ativista dos direitos civis e um dos mais importantes escritores do movimento artístico conhecido como Harlem Reinassance.

Em seus anos finais, escreveria ainda um dos mais conhecidos livros sobre a questão racial americana, intitulado Negro Americans, What Now? (1934), no qual aponta a integração como o único caminho possível para a solução dos problemas raciais nos EUA. Morto em um acidente automobilístico em 26 de junho de 1938, seu funeral reuniu mais de duas mil pessoas no Harlem, em Nova Iorque.


domingo, junho 13, 2010

Um herói que mata


Em um relacionamento, muitas vezes nós temos que bancar os heróis. Nunca podemos demonstrar medos nem inseguranças. Temos que ser infalíveis como um Bruce Lee ou um anti-herói "cafa" estilo o pirata Jack Sparrow. Ou daqueles bucaneros dos antigos filmes de Erroll Flynn. Um herói que mata, que faz justiça com as próprias mãos, que extermina.

Muitas vezes somos idealizados por outras pessoas como seres perfeitos. Aí é que está o perigo! Como não somos perfeitos (e ninguém o é) e caso sejamos descobertos que não somos perfeitos passamos a ser tachados de fraude, embuste, ou simplesmente, causamos frustração. Nos filmes, desenhos e HQs é tão mais fácil...


UM HERÓI QUE MATA

(autor: Leoni. Canta: Heróis da Resistência - disco Heróis Três/1990)

PRA ELA EU SOU PERFEITO
EU SOU ALGUM PIRATA
PRA ROUBAR TEU SONO
UM HERÓI QUE MATA

EU SEI QUE ELA DESEJA
QUE EU SEJA ESSA AMEAÇA
A DOSE DE CORAGEM
A EMOÇÃO QUE FALTA

E EU TENHO TANTO MEDO
SERÁ QUE É TARDE OU CEDO
E EU ME SINTO DIVIDIDO
ENTRE PRINCÍPIOS E DESEJOS

E ELA TEM TANTO MEDO
E EU NÃO SOU NEM METADE
DA METADE DA METADE
DO QUE EU QUIS SER DE VERDADE

GASTEI TEMPO EM NADA
DA FORMA ERRADA
MAS DEIXEI O MELHOR PRO FIM
NEM PIRATA
NEM HERÓI QUE MATA
PRA VOCÊ O MELHOR DE MIM

ENQUANTO EU BRINCO DE PIRATA
DE BRINCO E TATUAGEM
EU QUASE VIRO ESCRAVO
DESSA PERSONAGEM

SE ELA ENCOSTA NO MEU PEITO
A CABEÇA NO MEU OMBRO
SOU EU QUE PERCO O SONO
PRA ELA EU SOU PERFEITO

E A GENTE É TÃO PEQUENO
E ACHA QUE MOVE O MUNDO
E SE PERDE EM VAIDADE
E SE ACHA SEMPRE TÃO PROFUNDO

ACHO QUE TODO MEDO
É DE NÃO TER SEGREDO
MAS O SEGREDO É NÃO TER MEDO
DE MORRER POR SEUS DESEJOS

sexta-feira, maio 28, 2010

Quer ser feliz? Adote um bichinho...


Minha grande amiga e colega jornalista Marcela Mourão criou um blog para divulgar sobre doação de animais de rua (cachorrinhos, gatinhos, etc). O nome é sugestivo: Quer ser feliz? Adote um bichinho.

Também vale a pena conferir seu belo texto no artigo publicado na Zero Hora de domingo passado (23.05.2010), que transcrevo abaixo, na íntegra. A Marcela, aliás, vem se dedicando a esse assunto: o amor, o carinho e o cuidado que devemos ter com os animais. Parabéns, garota!!

TEMA PARA DEBATE
Quer ser feliz? Adote um bichinho, por Marcela Mourão *


Moro em San Francisco, Califórnia, nos Estados Unidos, onde curso mestrado. Apesar de não estar fisicamente em Porto Alegre, ajudo constantemente pessoas que fazem de tudo para resgatar animais em situações precárias. Diariamente, recebo relatos revoltantes e fotos de doer na alma. Contribuo financeiramente com o que me é viável e repasso os pedidos de ajuda aos amigos que sei que colaboram. Mas não é o suficiente! Cidadãos como eu fazem o que podem, mas precisam de ajuda.


Vivemos em um mundo que não pertence só ao homem, mas também às plantas e aos animais. Portanto, eles precisam ser cuidados já que é por culpa nossa que se encontram em tal situação.


Porto Alegre tem várias ONGs voltadas para a causa, mas é necessário que empresas participem. Tão em moda, a responsabilidade social empresarial também envolve os animais. Aqui em San Francisco, a Society for the Prevention of Cruelty to Animals (SPCA) (Sociedade para Prevenção da Crueldade aos Animais, em português) é um exemplo. A entidade não governamental conta com parceiros como Macy’s, Bloomingdale’s, Yahoo, Purina One, BMW of San Francisco e o grupo de comunicação ABC.


A estrutura da SF/SPCA impressiona, com um centro veterinário de primeira linha e um abrigo de animais tão confortável quanto um lar. Entre as atividades voluntárias está a “Macy’s Holiday Window” (“Vitrine de Natal da Macy’s”, em português), que teve como resultado cerca de 300 adoções durante novembro e dezembro de 2009.


A Macy’s é uma das mais tradicionais lojas de departamentos dos Estados Unidos. Localizada no centro de San Francisco, é famosa por sua decoração natalina. Mas, além de luzes, o que a faz ainda mais interessante é a atividade da SF/SPCA. Cães e gatos para adoção fazem parte das vitrines, todos com o maior conforto. Grande parte de quem passa para ver os bichinhos entra e se cadastra para adoção.


Então, por que não uma atividade semelhante em Porto Alegre? Que tal se as ONGs se unissem por um bem comum através de uma única campanha – “Quer ser feliz? Adote um bichinho” –, e empresas, lojas, grupos de comunicação etc. patrocinassem a causa, dentro da responsabilidade social empresarial?


E, para quem simplesmente não liga para a questão, dois argumentos: quanto menos animais estiverem abandonados nas ruas, mais limpa fica a cidade e menos riscos correm os motoristas de acidentes causados por cães e gatos circulando no trânsito.


*Jornalista e mestranda em Administração Esportiva na University of San Francisco

sexta-feira, maio 21, 2010

Quase um segundo

Hoje eu acordei pensando nesta música linda de autoria de Herbert Vianna, dos Paralamas, com uma interpretação carregada de emoção de Cazuza.





Quase um Segundo

(Autor: Herbert Vianna - Canta: Cazuza)

Eu queria ver no escuro do mundo
Aonde está o que você quer
Pra me transformar no que te agrada
No que me faça ver
Quais são as cores e as coisas pra te prender
Eu tive um sonho ruim e acordei chorando
Por isso eu te liguei

Será que você ainda pensa em mim?
Será que você ainda pensa?

Às vezes te odeio por quase um segundo
Depois te amo mais
Teus pêlos, teu gosto, teu rosto, tudo
Tudo que não me deixa em paz

Quais são as cores e as coisas pra te prender?
Eu tive um sonho ruim e acordei chorando
Por isso eu te liguei

Será que você ainda pensa em mim?
Será que você ainda pensa?

sexta-feira, maio 07, 2010

Câmara rejeita proposta de "indenização" aos descendentes de proprietários de escravos

Pasmem, sras e srs!!! Às vésperas das comemorações dos 122 anos da abolição da escravatura no Brasil, uma proposta de Lei, realizada pelo jornalista carioca Eduardo Banks visa restaurar parte do sistema escravocrata brasileiro.

A proposta, criada em nome da Associação Eduardo Banks, busca a garantia de indenização aos descendentes de proprietários de escravos, por terem sido, segundo a proposta, "lesados" quanto ao seu direito de posse.

Segundo o jornal O Globo, uma das justificativas estapafúrdias dadas pela Associação e seu dirigente para o pedido de indenização foi uma comparação entre a Lei, que garantiu a liberdade a mais de 700 mil pessoas que ainda viviam sob o regime da escravidão e os animais, ao afirmar que a maneira que a Lei Áurea foi aprovada sem nenhum direito aos proprietários, pode se comparar a possibilidade de nos dias de hoje, fosse aprovada uma lei para a "libertação" de todo o gado, sem indenização aos donos (sic).

Considerada inconstitucional, a proposta, lógico, foi rejeitada pelo presidente da Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados, deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS). De acordo com a matéria, Pimenta, além de arquivar o processo, afirmou ainda que “a escravidão foi um imenso erro cometido pela humanidade e que reconhecer o direito à indenização seria um retrocesso à legislação vigente e um ataque à dignidade humana”.

O arquivamento do processo gerou polêmica na Câmara por ter acontecido, sem que a proposta fosse posta em votação. Alguns deputados, mesmo discordando dos argumentos da proposta, acreditaram que o projeto deveria ter sido submetido à comissão antes de ser vetado, já que a comissão visa à participação popular da sociedade.

A possibilidade de pedidos de indenização por parte de proprietários de escravos, não é novidade. Ainda no dia 14 de dezembro de 1890, o então ministro da Fazenda, Ruy Barbosa, ordenou a queima dos registros de matrículas do escravos, que existiam em cartórios brasileiros, para evitar pedidos de indenizações feitos pelos antigos senhores .

Eduardo Banks afirma que não tem nada contra os direitos dos negros, mas que quer o reconhecimento dos direitos dos proprietários, já que alguns estados, como São Paulo, por exemplo, foram arruinados pela Lei Áurea. Essa não é a primeira vez, entretanto, que Banks entra em pauta na mídia brasileira. O jornalista, que já foi candidato a deputado federal e vereador e se classifica como membro da extrema direita, se coloca contra a união civil de homossexuais, o direito ao aborto para mulheres e já defendeu a permanência de um nazista renomado no Brasil.



segunda-feira, maio 03, 2010

De volta!

Voltei! Mas, ao contrário da música do Molejo, não foi para a sacanagem, nem para a casa de massagem. Voltei para Porto Alegre, mais precisamente para a minha casinha, no querido e aconchegante bairro do Partenon.

Mas valeu a experiência em Bento Gonçalves. Uma cidade muito cordial, excelente qualidade de vida, bom índice de empregabilidade e gastronomia maravilhosa. E vinhos e espumantes de sofisticadíssimos.

Ah, o que estou segurando é o troféu Fiema de Jornalismo Ambiental, entregue durante o evento aos colegas de imprensa que se destacaram com reportagens sobre o tema. Mas bem que poderia ser um troféu para cada membro da equipe que se esmerou na organização e viabilidade da feira.

Bueno, vida que segue...



sábado, abril 10, 2010

Tô na Serra!!

Pois é, pessoal. Estou agora atuando na Serra Gaúcha. Desde ontem (09) estou em Bento Gonçalves, trabalhando na assessoria de imprensa da Fiema Brasil 2010.

Como a maioria dos meus amigos e conhecidos devem saber, saí do IPA (ou melhor, fui saído) ainda na primeira quinzena de março. Mas, graças a Deus e a alguns preciosos contatos (e, claro, graças a um pouquinho do meu talento hehehe) não fiquei parado por muito tempo. Já comecei a fazer frilas para a Revista Análise Regional (muito obrigado, Helinho Gama e Lê), pintou este da Fiema e outras coisas também estão pintando.

Taí uma boa oportunidade que está me motivando. Novos ares, novos trabalhos, novos contatos... É bom dar uma mexida, já que eu me sentia um pouco "parado" nos últimos tempos. Me desejem boa sorte e vamos que vamos!!

sábado, março 20, 2010

Presente!

O ontem é história, o amanhã é um mistério, mas o hoje é uma dádiva. É por isso que se chama presente...



sexta-feira, março 19, 2010

Será que eu sou medieval???

Você me pede
Pra ser mais moderno
Que culpa que eu tenho
É só você que eu quero

Às vezes eu amo
E construo castelos
Às vezes eu amo tanto
Que tiro férias
E embarco num tour pro inferno

Será que eu sou medieval?
Baby, eu me acho um cara tão atual
Na moda da nova Idade Média
Na mídia da novidade média


Olha pra mim, me dê a mão
Depois um beijo
Em homenagem a toda
Distância e desejo
Mora em mim
Que eu deixo as portas sempre abertas
Onde ninguém vai te atirar
As mãos vazias nem pedras

Eu acredito nas besteiras
Que eu leio no jornal
Eu acredito no meu lado
Português, sentimental
Eu acredito em paixão e moinhos lindos
Mas a minha vida sempre brinca comigo
De porre em porre, vai me desmentindo

Será que eu sou medieval?
Baby, eu me acho um cara tão atual
Na moda da nova Idade Média
Na mídia da novidade média


MEDIEVAL II (Meanda - Cazuza)

VIVA CAZUZA!

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

Desmaio do Batista

Batista, ex-jogador e comentarista esportivo da RBSTV, desmaia ao vivo na TVCom antes da transmissão do jogo do Grêmio, em tarde de 37ºC.

quinta-feira, janeiro 21, 2010

Pisada na bola diplomática

Despertei da minha hibernação em função de uma declaração infeliz do cônsul do Haiti em São Paulo, Sr. George Samuel Antoine. Antes de conceder uma entrevista para uma equipe de jornalismo do SBT, o diplomata perdeu a democracia ao ofender o povo africano (“O africano em si tem maldição. Todo lugar que tem africano tá foda”), e também ao declarar que a tragédia "está sendo boa para o país se tornar conhecido". Demonstrações infelizes de racismo, arrogância e falta de sensibilidade.