quinta-feira, janeiro 27, 2011

Ah, a tal liberdade não existe...


Quando a inspiração se nega a me visitar, vou passar a republicar alguns posts do blog que eu acho maneiro. Este eu escrevi há mais de cinco anos e acho legal e tudo a ver com meu momento. Dizia assim...

Dias atrás comecei a filosofar. Mas então: o que vem a ser essa tal de liberdade? Alguém é possível ser totalmente livre? Nunca vi ninguém vestindo uma t-shirt com os dizeres: 100% FREE. Também, e se eu encontasse, iria querer saber qual a fórmula mágica para se atingir tal estado.

Nunca estamos totalmente livres. Estamos presos a relacionamentos (namoro, noivado, casamento) ou a ausência destes (separação, divórcio). Não por acaso, nos envolvemos em "laços" afetivos, o que já determina as amarras. Estamos presos a quem está aí e a quem já se foi. Estamos presos à saudade. Estamos presos à necessidade de trabalhar, produzir e labutar. Estamos presos ao cartão de crédito. Estamos presos aos impostos. Estamos presos às regras impostas para conviver em sociedade. Alguns estão presos ao fumo e à bebida. Outros estão presos ao sexo.

Um amigo doidão que eu tive uma vez me disse que, para se libertar, ele viajava, fazendo a cabeça. No entanto, ficou incorrigivelmente preso às drogas. Deve ser uma tristeza viver preso a uma cama de hospital. Deus nos livre! Ou presos às ferragens de um automóvel após um acidente. Igualmente ruim seria viver preso a correntes, gaiolas ou coleiras.

Creio que a liberdade plena é um prêmio a ser conquistado, mas que se mostra inacessível.

Publicado originalmente no 1º semestre de 2006 no Blog du Brisa.

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