segunda-feira, setembro 03, 2018

Crônica de uma tragédia anunciada





Um país que queima literalmente a sua história. Triste demais: sem educação, sem democracia e sem história. O gráfico do orçamento para o Museu Nacional, no Rio de Janeiro,  nos últimos anos (já fartamente divulgado pela imprensa desde ontem), mostra claramente que o conhecimento não é prioridade para o governo federal.

Todo aquele patrimônio adquirido desde os tempos de D.Pedro II, destruído, incluindo as únicas múmias egípcias em um museu na América Latina. Nem no Egito, havia tamanha relíquia egípcia.

Agora vão ser só lembranças. O fogo que arrasou com o Museu Nacional e 200 anos da nossa história é mais um reflexo do nosso descaso com a cultura. Nem os partidos que se dizem “novidade” são diferentes nessa área. A cultura neste país sempre foi considerada algo "menor", supérfluo, algo que não é prioridade. O descaso destrói o patrimônio e a história de um povo.

E nesse caso do Museu Nacional, onde o fogo lambeu todo um relicário da nossa história, infelizmente, temos que parafrasear um samba antigo, dos compositores Bide e Marçal, cujos versos diziam: “agora é cinza, tudo acabado e nada mais”.



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