Na próxima segunda-feira, dia 26, nossa "leal e valerosa" Porto Alegre completa 235 anos de fundação. Já há alguns dias é possível escutar nas propagandas de rádio e tevê a voz doce e delicada da primeira-dama da Capital, a cantora Isabela Fogaça entoando a canção "Porto Alegre é demais", de autoria do marido, o jornalista, professor e prefeito José Fogaça.
Mas será que realmente a nossa Porto Alegre é demais? Que impressão que um visitante vindo de fora do Estado tem da cidade? Poa é atrativa em termos de turismo? Eu tenho lá minhas dúvidas...
Se um amigo ou parente de fora do Rio Grande do Sul desembarca em Porto Alegre para onde o levamos? Essa pergunta eu me faço todos os dias... Uma ocasião, durante uma corrida de táxi, o motorista me confidenciou que tinha dificuldades de sugerir a um turista lugares legais para se visitar.
Para onde vamos levar o forasteiro? Para ver o pôr-do-sol do Guaíba? Se estiver nublado ou chovendo, danou-se o programa... Quem se arrisca levar alguém para apreciar a vista de Poa nos altos do Morro Santa Tereza?
Ver o Laçador? Levar ao Brique da Redenção? Caminhar na Usina do Gasômetro? Bah, que programas de índio! Que falta faz uma praia, um mar...
O que nos resta? Um rolê cultural? O Theatro São Pedro está em obras. A Casa de Cultura Mario Quintana já teve dias melhores. Museus e bibliotecas fecham nos finais de semana. Os prédios públicos também.
Vamos ao shopping? A um bingo? Ou um culto da Igreja Universal?
Ao contrário de um Rio de Janeiro, por exemplo, Porto Alegre carece das belezas naturais de um Rio de Janeiro, da magia e da musicalidade de uma Salvador ou até mesmo da night de uma São Paulo.
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