
Verdades, algumas meias-verdades e outras nem tão verdadeiras assim... O que importa é o que interessa e o que não interessa não importa. It's all true!!!
terça-feira, dezembro 30, 2008
quarta-feira, dezembro 24, 2008
segunda-feira, dezembro 15, 2008
Fina flor da chinelagem
Reportagem flagra mulher saindo do pavilhão com um carrinho de supermercado cheio de doações. Voluntários e militares também aparecem nas imagens escolhendo roupas para levar.
domingo, dezembro 14, 2008
Que pena que não acertou...
Nota: Muntazer Al-Zeidi é o nome do jornalista que arremessou o sapato contra George W. Bush. Para muita gente, virou o herói deste final de ano.
quarta-feira, novembro 26, 2008
Começa a Semana do Samba

Na quinta-feira, 27, no mesmo horário, a programação da Semana do Samba vai à Usina do Gasômetro. Como parte das comemorações pelos 80 anos da Usina, haverá apresentação da Banda Itinerante.
Sábado à noite, 29, as demonstrações começam na quadra da Saldanha, com apresentação da Banda, de Tobias da Vai-Vai, Elisete Rosa, e Império da Zona Norte. Na madrugada, às 3h, um caldo verde será servido no Bar do Ricardo, na Rua Caldre Fião.
Confira aqui a programação "24 Horas de Samba"
Também está previsto café da manhã na Usina do Gasômetro, às 8h30, seguido do evento intitulado Passeio de Trem, com saída às 10h30, na Estação Mercado do Trensurb. Haverá almoço na quadra da Escola de Samba Império do Sol, em São Leopoldo, e retorno a Porto Alegre para passeio no barco Noiva do Cai (apresentação da Banda Itinerante). No retorno do passeio, haverá desfile da Banda Saldanha, saindo da Usina até o Anfiteatro Pôr-do-Sol.
quarta-feira, novembro 05, 2008
Meu encontro com Nei Lopes

segunda-feira, novembro 03, 2008
Good luck, Barry!

segunda-feira, outubro 13, 2008
STF pode derrubar diploma para jornalista
Em 2006, uma medida cautelar relatada por Mendes, na 2ª Turma do Supremo, permitiu que pessoas sem diploma continuassem a exercer o jornalismo. Os ministros Cezar Peluso, Celso de Mello e Joaquim Barbosa referendaram a posição de Gilmar. Eros Grau e Ricardo Lewandowski não participaram da análise do recurso, mas declararam que não se deveria exigir formação específica para jornalistas, já que, na opinião deles, o exercício profissional não dependeria de conhecimentos específicos.
A matéria lembra que a possibilidade de derrubada da obrigatoriedade do diploma de jornalista não se restringe à ação do Judiciário. Propostas vindas do Executivo e do Legislativo também apresentam mecanismos de flexibilização da exigência de graduação específica para a área. O recurso está pronto para entrar na pauta.
Pesquisa de opinião realizada pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj)/Sensus revelou que 74,3% dos dois mil entrevistados em território nacional disseram ser a favor do diploma, contra 13,9% que defendem a atuação jornalística sem o documento. O presidente da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murillo, prometeu entregar cópias da pesquisa aos 11 ministros do STF.
sexta-feira, outubro 03, 2008
CQC sabatina os prefeituráveis de POA
Muito legal. Confira!!
terça-feira, setembro 30, 2008
Horário eleitoral
Até que enfim está terminando a torturante propaganda eleitoral gratuita, tanto no rádio quanto na tv. Confesso que, ao contrário de eleições passadas, não estou tão interessado neste tipo de programação.
Até porque é sempre aqueles papinhos, promessas e a amídia bombardeia os espectadores com overdoses cavalares de entrevistas "exclusivas" e debates. Cada emissora de rádio, cada emissora de tevê, cada jornal e cada site querem faser "a sua" entrevista com cada candidato, o que acarreta repetição e enfado.
E alguns candidatos a vereadores? Nossa, dá vontade jogar a tevê ou o rádio pela janela, com tanta criatividade.
Enquanto isso, sou mais o horário eleitoral do Pânico na TV. Humor tem que ser para profissional.
quinta-feira, setembro 25, 2008
Que mico!

sábado, setembro 20, 2008
Parabéns!
Seu aniversário
(Lulu Santos)
Canta: Lulu Santos
Hoje é seu dia
É muito justo
Que seja tão especial
Toda a sua tribo
Também concorda
E acha supernatural
A gente quer tanto bem a você
Sua alegria contagia a todos nós
A gente quer é lhe devolver
Parte do que você
Traz pra gente
Parabéns! Parabéns!
Hoje é o seu aniversário
Parabéns! Parabéns!
Mais uma volta no calendário
Que você sorria
É o que importa
Baby! todo dia
Ter você presente
É nossa sorte
É o que nos faz potentes
A gente quer tanto bem a você
Sua inocência purifica todos nós
A gente quer é lhe devolver
Parte do que você
Faz pra gente
Parabéns! Parabéns!
Hoje é o seu aniversário
Parabéns! Parabéns!
Mais uma volta no calendário
A gente quer tanto bem a você
Sua energia modifica todos nós
E quer é lhe devolver
Parte do que você
É pra gente!
Parabéns! Parabéns!
Hoje é o seu aniversário
Parabéns! Parabéns!
Mais uma volta no calendário
E essa é pra você tocar
Na sua festa...
domingo, setembro 07, 2008
Não vi
terça-feira, setembro 02, 2008
Um convite
Está aí mais uma obra deste artista "performático, poliédrico e hiperativo", como se define.

sábado, agosto 30, 2008
Hoje, preciso de você...
Só Hoje
(Fernanda Mello e Rogério Flausino)
Jota Quest
Hoje eu preciso te encontrar de qualquer jeito
Nem que seja só pra te levar pra casa
Depois de um dia normal
Olhar teus olhos de promessas fáceis
E te beijar a boca de um jeito que te faça rir
(que te faça rir)
Hoje eu preciso te abraçar
Sentir teu cheiro de roupa limpa
Pra esquecer os meus anseios e dormir em paz!
Hoje eu preciso ouvir qualquer palavra tua
Qualquer frase exagerada que me faça sentir alegria
Em estar vivo
Hoje eu preciso tomar um café, ouvindo você suspirar
Me dizendo que eu sou o causador da tua insônia
Que eu faço tudo errado sempre, sempre.
Hoje preciso de você
Com qualquer humor, com qualquer sorriso
Hoje só tua presença
Vai me deixar feliz
Só hoje
(solo)
Hoje eu preciso ouvir qualquer palavra tua
Qualquer frase exagerada que me faça sentir alegria
Em estar vivo
Hoje eu preciso tomar um café, ouvindo você suspirar
Me dizendo que eu sou o causador da tua insônia
Que eu faço tudo errado sempre, sempre
Hoje preciso de você
Com qualquer humor, com qualquer sorriso!
Hoje só tua presença
Vai me deixar feliz
Só hoje (repete 2x)
quarta-feira, agosto 20, 2008
Da série "Teu passado te condena"...
Abaixo, Eduardo "Zé" Garcya (bass), eu (drums), Ricardo "Steve" Boeira (lead guitar) e Márcio Allegretti (keyboards), em 1989. Banda INVASÃO A DOMICÍLIO, aquela que poderia ter sido...

Aqui, uma banda "paralela", comigo (sentado em cima da mesa, detalhe para a meia branca com o sapato preto), Marcio, Zé e o saudoso Nêgo Sílvio (de óculos). O ano era 1988.

segunda-feira, agosto 18, 2008
Por fora do Festival de Gramado
Festival de cinema de filmes brasileiros é assim que funciona. É tipo festa privê, fechada, feita e direcionada para os seus pares. E o povo? O povo fica se acotovelando atrás do cordão de isolamento para ver os astros e estrelas caminharem no tapete vermelho em direção ao Palácio dos Festivais.
sábado, agosto 02, 2008
terça-feira, julho 22, 2008
Solano, cem anos

Trem sujo da Leopoldina
Piiiiii
Vigário Geral
CONTARAM-ME QUE MEUS AVÓS
sexta-feira, julho 04, 2008
Respirando água
quarta-feira, junho 25, 2008
Obrigado, Dudu
Eu costumo dizer que, como jornalista, eu gosto muito do que faço. No entanto, nem sempre eu faço o que quero.
Mas, ontem foi um dia especial. Motivador. Um aluno do IPA, portador de paralisia cerebral, mostrando determinação e superação dos obstáculos naturais, defendeu sua monografia no curso de Jornalismo. Mandamos releases para a imprensa e a notícia bombou, com repercussão no país inteiro através dos telejornais, sites noticiosos (Terra, G1, UOL)e também foi capa da Zero Hora do dia de hoje. Foi até matéria que encerrou a edição do Jornal Nacional (o sonho de quem é assessorado por jornalistas). Com direito até a lágrimas e voz embargada da Fátima Bernardes.
A cada aparição do jovem Eduardo Purper na tevê ou na internet, nós, a equipe da Assessoria, comemorávamos como se tivéssemos feito um gol. E, na verdade, foi. Um gol de placa. Principalmente do Dudu, que nos fez trabalhar no pré e no pós evento de maneira apaixonada e felizes por vermos concretizado o fruto do nosso trabalho.
Sem dúvida, um golaço. É isso aí, Dudu. Muito obrigado.
terça-feira, junho 17, 2008
Jamelão, meu parente

Na primeira, lá pelos idos de 1997, eu apresentava um programa de carnaval na Band AM, aos sábados, e o Jamelão estaria em Porto Alegre naquele dia. Rolou o boato de que o Jamelão poderia visitar os estúdios da rádio, pois um dos outros apresentadores do programa garantiu que o velho intérprete apareceria. Que nada! Fiquei quatro horas no ar e nada do Seu José Bispo aparecer.

segunda-feira, junho 16, 2008
Coisa estranha

sábado, maio 31, 2008
Visão restrita de Santa Maria
quarta-feira, maio 07, 2008
sexta-feira, maio 02, 2008
Em memória de Aimé Césaire*

quarta-feira, abril 30, 2008
Ronaldo e o "narciso ao avesso" dos brasileiros

Ao ter escutado e lido muitas piadas de mau gosto, zoações e sacanagens que o povo está fezendo envolvendo o escândalo do jogador Ronaldo Fenômeno com as travestis, fico pensando naquela frase do Nelson Rodrigues: "o brasileiro é um Narciso ao contrário, que cospe na própria imagem..."
Que Ronaldo é um craque de bola, não se discute. Afinal, ninguém recebe gratuitamente, por parte dos espanhóis, o apelido de "Fenômeno", ganho no tempo em que o atleta jogava no Barcelona. O cara surgiu nas profundezas da miséria do subúrbio carioca de Bento Ribeiro, venceu na vida graças ao seu talento, teve uma lesão fudidaça no ano 2000, passou 1 ano se recuperando e, em 2002, presenteou os brasileiros com o pentacampeonato na Copa da Coréia/Japão. E, em troca, recebe o quê? Apelidos desairosos, como Ronaldo Gorducho, Fofucho e zoação total por causa deste lamentável episódio.
quarta-feira, abril 23, 2008
Salve, Jorge!

(Jorge Ben Jor)
Jorge sentou praça na cavalaria
Jorge BenJor - Jorge de Capadócia
sexta-feira, abril 04, 2008
Eu tenho um sonho
quarta-feira, abril 02, 2008
Flagrante na AL


segunda-feira, março 17, 2008
sexta-feira, março 14, 2008
Não ao rodízio!

Estamos em 2008, ano eleitoral e de propostas eleitoreiras. A mais nova idéia de jerico da cidade é um projeto que está sendo discutido na Câmara de Vereadores que propõe a adoção de rodízio de automóveis em Porto Alegre.
O projeto, idealizado por um vereador, até que é dotada de boa intenção: propõe um revezamento de veículos num raio de 15 quilômetros a partir do centro da Capital entre segunda e sexta-feira a fim de reduzir os engarrafamentos na cidade. Medida semelhante já existe há mais de 10 anos em São Paulo.
Sabiamente, a prefeitura afirma que não adotará revezamento.
Ora, comparar a realidade do trânsito de São Paulo com Porto Alegre com São Paulo é um desvario. Aqui não há a frota de veículos que tem a terra da garoa. A capital paulista adota o rodízio desde 1997 e tem uma frota de 6 milhões de veículos. O índice é 10 vezes maior do que os 591 mil registrados pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) em dezembro na capital gaúcha.
E de mais a mais, quem seria atingido pela medida? Nós, motoristas particulares, já que veículos de carga, transporte coletivo e escolar, táxis, motos, guinchos e ambulâncias não fariam parte do projeto, assim como acredito que os veículos oficiais também não.
Numa leitura mais aprofundada, percebe-se que o projeto lembra aquela piada de que se um paciente vai ao dentista com dor de dente, o médico prefere arrancar o dente para que não sinta mais dor, ao invés de tratá-lo.
Quais seriam as soluções, além (obviamente) de qualificar o transporte coletivo? Que tal começar por uma varredura nos milhares de carros que circulam irregulares pela cidade?Quantos automóveis circulam pela cidade sem que os documentos estejam em dia? Quantos motoristas dirigem sem estarem habilitados (sei de gente que não tem nem certidão de nascimento, o que dirá carteira de motorista)? E os DKWs, kombis, brasílias e caminhonetes detonadas que rodam por aí impunemente sem cinto de segurança, faróis queimados e com os pneus carecas oferecendo serviços de fretes e carretos na frente dos supermercados e armarinhos? E os condutores que circulam por aí com os pontos estourados na habilitação? E as carroças que atravancam as grandes avenidas a qualquer hora do dia?
Propor rodízio de carros é muito simples, afinal, é mais fácil proibir do que educar ou realmente atacar os problemas que interessam. Além do que, o projeto não resolve definitivamente o problema. Quem é dependente de automóvel e - principalmente - tem condições financeiras, é capaz até de comprar outro carro para fugir do rodízio.
quinta-feira, março 13, 2008
Obrigado, gente!
sexta-feira, março 07, 2008
A estrela mais linda é ela

Portanto, para aqueles que a conheceram (e para os que não a conheceram também) quando olharem para o céu e virem uma estrela bem brilhante, abanem para ela e digam "Oi, dona Maria". Com um pouco de atenção, vocês poderão reparar que a estrela irá sorrir e retribuir o aceno também.
sexta-feira, fevereiro 29, 2008
Bissexto

quinta-feira, fevereiro 28, 2008
BBBrrrr...


quarta-feira, fevereiro 27, 2008
MSN fora do ar

Bem que eu notei que algo estava diferente. Eu clicava, clicava, tentava acessar e não conseguia. E eu pensava que era só comigo. Uma pane mundial tirou o messenger MSN do ar ontem. As causas do problema não foram divulgadas pela Microsoft. O Brasil é um dos países com mais contas desse serviço: são 34 milhões de usuários...
segunda-feira, fevereiro 18, 2008
Bah, 2ª feira é f...

Eu evito a segunda-feira. No trabalho, quando eu saio de férias, eu sempre retorno numa terça, nunca em uma segunda.
segunda-feira, fevereiro 11, 2008
Mais de 50 horas de folia. Até que foi bom...

terça-feira, janeiro 29, 2008
As escolas de samba vêm do tempo de Dom João Charuto
Os historiadores do carnaval brasileiro costumam ver suas origens remotas na Roma antiga, como contou a Beija-Flor, há alguns anos. Mas o fato é que os festejos, embora atrelados ao calendário católico, têm também, sob alguns aspectos, raízes na África negra, encontrando similares em várias culturas africanas. Em Gana, por exemplo, entre os povos Akan (fantis e axantis) é comum a realização de um grande festival anual, o odwira, seguido de um longo período de recolhimento e abstinência, como na quaresma. Certamente devido a essa similitude, as celebrações carnavalescas nas Américas devem sua alegria e seu brilho, fundamentalmente, à música dos afro-descendentes. Assim foi e é nos ranchos carnavalescos, escolas de samba, afoxés, blocos-afro etc, no Brasil; no candombe platino; nas comparsas cubanas; no mardigras, nas Antilhas e em New Orleans.
Nas Antilhas, o carnaval foi introduzido pelos católicos franceses, que costumavam estendê-lo por um bom tempo antes de enfrentarem os rigores da quaresma, sendo que, na Martinica, o costume foi adotado por volta de 1640. Isolados pela sociedade dominante, os escravos uniram-se para celebrar o carnaval à sua moda, com a música e a dança de sua tradição, introduzindo, na festa européia, além de seus instrumentos, suas crenças e seu modo de ser. As festividades do carnaval martiniquenho, o kannaval, expressam-se em um peculiar estado de espírito, transmitido de geração a geração. A cidade de Saint Pierre foi, durante muito tempo, o ponto culminante da festa na ilha, tendo sua fama se estendido por todo o Caribe, atraindo a cada ano milhares de visitantes de todo o mundo.
Depois da devastadora erupção vulcânica de 1808, a tradição carnavalesca reviveu em Fort-de-France, a nova capital, onde, hoje, os preparativos têm início na epifania, em meados de janeiro, quando o povo começa a se animar, e se estendem até a quarta-feira de cinzas. Durante esse período e no carnaval propriamente dito, a cada domingo, grupos fantasiados saem às ruas, em trajes variados: casacos velhos, trajes fora de moda, chapéus rasgados, bem como fantasias brilhantes e coloridas de arlequim, pierrôs e diabos. As máscaras também têm lugar destacado na festa. E além das que homenageiam ou criticam personalidades do momento, como artistas, políticos etc, há as relacionadas à morte, cheias de simbologias africanas -- das quais Aimé Césaire encontrou o significado em rituais da região de Casamance, no norte do Senegal (cf. Alain Eloise). No Haiti, de um modo geral, o carnaval é celebrado dentro desse mesmo espírito e com traços semelhantes aos carnavais do Brasil, de Trinidad e da Louisiana. Em Port-au-Prince, o visitante vai encontrar os mesmos desfiles, festas e fantasias criativas que se vêem nesses lugares.
No Brasil, desde pelo menos o início do Século XIX, a participação do povo negro nos folguedos carnavalescos sempre foi marcada por uma atitude de resistência, passiva ou ativa, à opressão das classes dominantes. Proibidos por lei de, no entrudo, revidarem aos ataques dos brancos, africanos e crioulos procuravam outras maneiras de brincar. Tanto assim que Debret, entre 1816 e 1831, flagrava uma interessante cena de carnaval em que um grupo de negros, fantasiados de velhos europeus e caricaturando-lhes os gestos, fazia sua festa, zombando dos opressores e criando, sem o saber, os cordões de velhos, de tanto sucesso no início do século XX.
Entre 1892 e 1900 surgem no carnaval baiano, pela ordem, a “Embaixada Africana”, os “Pândegos D’África”, a “Chegada Africana” e os “Guerreiros D’África”, apresentando-se em forma de préstitos constituídos única e exclusivamente de negros. Essa modalidade carnavalesca (“a exibição de costumes africanos com batuques”) é proibida em 1905 na Bahia. Exatos dois anos depois, surge no Rio de Janeiro o rancho carnavalesco “Ameno Resedá” que, pretendendo “sair do africanismo orientador dos cordões” (cf. Jota Efegê) conquista, com seus enredos operísticos, um espaço importante para os negros no carnaval carioca, cimentando a estrada por onde, mais tarde, viriam as escolas de samba.
Mas a gênese do carnaval negro brasileiro, o dos cortejos que gerararam as escolas de samba, talvez esteja mesmo é em 1808, no Rio, quando das festas em homenagem à família real que aqui chegava. Vejamos esta descrição dos viajantes John e William Robertson, transcrita no precioso livro de, Mary C. Karasch “A vida dos escravos no Rio de Janeiro; 1808-1850” ( Companhia das Letras, 2000):
“Em frente avançavam os grupos das várias nações africanas, para o campo de Sant’Anna, o teatro de destino da festança e da algazarra. Ali estavam os nativos de Moçambique e Quilumana, de Cabinda, Luanda, Benguela e Angola [...]
“A densa população do campo de Sant’Anna estava subdividida em círculos amplos, formados cada um por trezentos a quatrocentos negros, homens e mulheres.
“Dentro desses círculos, os dançarinos moviam-se ao som da música que também estava ali estacionada; e não sei qual a mais admirável, se a energia dos dançarinos, ou a dos músicos. Podiam-se ver as bochechas de um atleta de Angola prontas a arrebentar pelo esforço de produzir um som hediondo de uma cabaça, enquanto outro executante dava golpes tão abundantes e pesados no tímpano que somente a natureza impenetrável do couro de um boi poderia resistir-lhes. Um mestre-de-cerimônias, vestido como um curandeiro, dirigia a dança; mas era para estimular, não para refrear, a alegria turbulenta que prevalecia com supremo domínio. Oito ou dez figurantes iam e vinham no meio do círculo, de forma a exibir a divina compleição humana em todas as variedades concebíveis de contorções e gesticulações. Logo, dois ou três que estavam no meio da multidão pareciam achar que a animação não era suficiente, e com um grito agudo ou uma canção, corriam para entro do círculo e entravam na dança. Os músicos tocavam uma música mais alta e mais destoante; os dançarinos, reforçados pelos auxiliares mencionados, ganhavam nova animação; os auxiliares pareciam envoltos em todo o furor de demônios; os gritos de aprovação e as palmas redobravam; cada observador participava do espírito sibilino que animava os dançarinos e os músicos; o firmamento ressoava com o entusiasmo selvagem das clãs negras [...]”
Que tal? Digam se não parece que foi aí que nasceram o diretor-de-harmonia, a bateria, as pastoras. Hein?

domingo, janeiro 27, 2008
E vamos novamente para mais um carnaval

Ah, o casaco é porque apesar dos 25 graus que fazia lá no Porto Seco, o vento que sopra por lá é bem rigoroso e quem não se agasalhar acaba batendo queixo de frio. Eu, já bastante cancheiro, pus uma jaquetinha jeans...hehehehe
sábado, janeiro 05, 2008
Envelheço na cidade, feliz aniversário
E, em homenagem a mim (hehehe), vamos relembrar esse clássico do Ira, - uma das minhas bandas favoritas - composto pelo guitarrista Edgard Scandurra, lá no longínquo ano de 1985.
Mais um ano que se passa
Mais um ano sem você
Já não tenho a mesma idade
Envelheço na cidade
Essa vida é jogo rápido
Para mim ou pra você
Mais um ano que se passa
Eu não sei o que fazer
Juventude se abraça
Se une pra esquecer
Um feliz aniversário
Para mim ou pra você
Feliz aniversário
Envelheço na cidade (3x)
Feliz aniversário!...
Meus amigos, minha rua
As garotas da minha rua
Não os sinto, não os tenho
Mais um ano sem você
As garotas desfilando
Os rapazes a beber
Já não tenho a mesma idade
Não pertenço a ninguém
Juventude se abraça
Se une pra esquecer
Um feliz aniversário
Para mim ou pra você
Feliz aniversário
Envelheço na cidade (3x)
Feliz aniversário!
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá...
Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá Lá...
Juventude se abraça
Se une pra esquecer
Um feliz aniversário
Para mim ou pra você
Feliz aniversário
Envelheço na cidade (4x)
quinta-feira, janeiro 03, 2008
Tudo é tudo e nada é nada

Estou lendo e recomendo o livro "Vale tudo - O som e a fúria de Tim Maia", de Nelson Motta, pela Editora Objetiva. Com um texto talentoso e fluente, Motta parece que esteve sempre ao lado de Tim durante os 55 anos (1942-1998) que o síndico doidão da MPB viveu. Estou devorando o livro e me divertindo com as passagens da vida do Sebastião Rodrigues Maia, um dos artistas mais magníficos que o Brasil já teve. Mas nem só de glamour vivia Tim. A biografia revela os problemas com drogas, a deportação dos Estados Unidos, as neurosas, o gênio difícil, o envolvimento com a seita Universo em Desencanto (que gerou os discos Tim Maia Racional Vol. 1 e Vol. 2) e a inclinação que o cantor tinha para aplicar o "171", já que pagava músicos e comprava carros, instrumentos musicais e imóveis com monumentais cheques sem fundo.

Abaixo, recolhido do You Tube, uma síntese do pensamento Maia, pelo próprio.